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ULTRARAM: tecnologia pode revolucionar seu PC

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ULTRARAM une RAM e SSD, uma memória revolucionária em uma única estrutura

Atualmente, os computadores trabalham com dois tipos principais de memórias: as do tipo flash, geralmente usadas nos SSDs; e a memória DRAM, popularmente chamada de RAM. Entretanto, um grupo de pesquisa criou a ULTRARAM, uma memória revolucionária que une a tecnologia flash e DRAM em uma única estrutura. Basicamente, ela permite que os dados sejam guardados e acessados rapidamente em um laptop ocioso daqui a 1.000 anos.

ULTRARAM – tecnologia

O anúncio da tecnologia ULTRARAM foi feito pela Quinas Technology durante a Flash Memory Summit. A companhia tem sua sede na Universidade de Lancaster, na Inglaterra, e é uma criação do professor Manus Hayne, do departamento de física da instituição.

Memória DRAM

A memória DRAM é um tipo de memória volátil que não armazena. Porém, acessa dados rapidamente para ajudar o processador a receber informações essenciais. Em contrapartida, esse componente precisa de muita energia para funcionar. E assim que você desliga o computador, a memória apaga todos os dados e começa a repetir o processo quando a aparelho é inicializado novamente.

Memória flash

Por outro lado, as memórias do tipo flash foram projetadas para armazenar grandes volumes de dados. São nessas estruturas que você guarda seus games, fotos, vídeo, softwares, etc. Todavia, o problema dessa memória é que ela é bem mais lenta e toda vez que o computador liga, o sistema precisa carregar todos esses dados e há aquela demora de alguns segundos até a máquina ser realmente utilizável. Com isso, também é fundamental ter uma boa conexão à internet.

Revolução

Portanto, a ULTRARAM simplesmente combina essas duas tecnologias em uma só para resolver o problema de uma vez por todas. Esse componente ainda é uma memória volátil de acesso rápido, mas também funciona como uma unidade de armazenamento. O melhor de tudo é que o consumo energético dessas estruturas consegue ser menor que a DRAM e a flash combinadas, de acordo com a Quinas Technology.

Armazenamento de dados por um milênio

O exemplo utilizado pela empresa diz que um usuário poderia colocar o notebook em modo ocioso e, daqui a 1.000 anos, continuar suas tarefas diretamente de onde parou. Claro, essa é apenas uma “brincadeira” feita pela Quinas, porém, sugere o potencial enorme da tecnologia.

Conceito

Por fim, vale destacar que a tecnologia poderosa, até o momento, é mais um conceito do que um produto. E ainda não se sabe quais são os custos para fabricação em massa nem como esse tipo de peça se integraria com dispositivos reais, como smartphones, notebooks e outros aparelhos que precisam consumir pouca energia.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/close-da-placa-de-circuito-com-diferentes-componentes_20282423

Terapia CAR-T: Pacientes em remissão relatam esperança

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Terapia CAR-T inclui estudos que buscam ampliar o tratamento inovador contra câncer

Um dos pacientes com câncer em remissão que participou de um tratamento inovador, o publicitário Paulo Peregrino, 61, agora consegue cogitar sair para dar uma volta com sua cadela Aretha, em Niterói, onde reside.

Paulo foi incluído em um estudo do Centro de Terapia Celular, do HC, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e o Instituto Butantan. Além do publicitário, outros 12 pacientes já foram tratados no Nutera (Núcleo de Terapia Avançada). De acordo com o médico que lidera a pesquisa, Vanderson Rocha: “Os resultados são muito promissores. São pacientes com a saúde muito debilitada e estágio avançado de câncer”.

Vale lembrar que há outros novos procedimentos e também bem-sucedidos como este. É o caso do método de Indução de Proteínas de Choque Térmico, desenvolvido pelo médico brasileiro e radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu que, recentemente, permitiu que um paciente com câncer terminal conquistasse a remissão total da doença.

Terapia CAR-T

O estudo abrange a terapia CAR-T, que utiliza células do sistema imune (conhecidas como linfócitos T), extraídas do paciente e geneticamente modificadas para reconhecer e atacar as células tumorais.

Além disso, a terapia tem obtido sucesso no tratamento de alguns tipos de câncer do sistema sanguíneo, linfomas e leucemias. No entanto, ainda não há comprovação de eficácia contra tumores sólidos. Nesses casos, as quimioterapias, radioterapias ou tratamentos como imunoterapia tendem a surtir mais efeito.

Autorização da Anvisa

Contudo, a técnica possui autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2021 para o chamado uso compassivo no Brasil. Essa prática é adotada quando não há nenhuma outra abordagem possível e são utilizadas terapias ainda em estudo para tentar salvar a vida do paciente.

A agência aprovou em julho de 2022 o primeiro ensaio clínico para desenvolvimento nacional de células CAR-T para tratamento de câncer no Hospital Israelita Albert Einstein.

Vale destacar que todos os pacientes incluídos no estudo são todos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), e a pesquisa recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde.

Como a técnica foi descoberta

Os pesquisadores buscavam alternativas para o tratamento de pacientes com alguns tipos de câncer, como linfoma não Hodgkin, câncer que afeta células do sangue, que não tiveram sucesso com as terapias tradicionais, como quimioterapia e transplante de medula óssea. Um dos pacientes já tinha passado por quatro tratamentos diferentes desde setembro de 2017, sem resultados.

Evidências de sucesso

Os médicos verificam o sucesso da terapia com o fim de sintomas típicos da doença, como suores noturnos, presença de nódulos palpáveis pelo corpo e dor intensa, além de presença de células T no sangue.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/medico-falando-com-vista-lateral-do-paciente_33752789

Grande mudança no PIX: Banco Central confirma novidade

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Grande mudança no PIX deixa brasileiros contando os dias para saber o que virá por aí

Com mais uma novidade chegando, é preciso lembrar que o Banco Central do Brasil é uma autarquia federal autônoma, integrante do Sistema Financeiro Nacional. Portanto, a instituição não possui vinculação a Ministério.

Grande mudança no PIX

Sendo assim, a população brasileira precisa tomar conhecimento em relação à confirmação do Banco Central sobre uma grande mudança no PIX. E tudo isso já deixou todos os brasileiros contando os dias para poder aproveitar essa novidade.

Além disso, vale destacar que o PIX, assim como previu recentemente o ex-VP de TI e digital da Caixa Econômica Federal, Cláudio Salituro, é um divisor de águas para o sistema financeiro.

Por se tratar de um modo de transferência monetária instantânea e de pagamento eletrônico instantâneo em real brasileiro, oferecido pelo Banco Central, o PIX é uma transação permitida aos clientes 24h por dia, sendo o mais usado recente meio de pagamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

Compras com crédito via PIX

De acordo com notícia já divulgada pelo portal Agência Brasil, o consumidor agora poderá fazer compras com crédito via PIX. Além disso, o Banco Central também promete um aplicativo para centralizar produtos bancários.

Declaração de Roberto Campos Neto

Por fim, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, explicou melhor sobre a mudança, durante um evento em Curitiba promovido pela Associação Comercial do Paraná:

“Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix.”

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/fechar-pessoas-usando-smartphones_23494079

O que pessoas teclam: IA descobre com 95% de precisão

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O que pessoas teclam é possível descobrir a partir de uma nova inteligência artificial britânica; entenda melhor

Um time de pesquisadores britânicos que trabalham em diferentes universidades criou uma nova inteligência artificial que deve acender alertas entre quem se preocupa com sua privacidade. Isso porque, segundo eles, a tecnologia é capaz de usar um microfone para descobrir com 95% de precisão o que pessoas teclam — e pode ser usada para criar ataques feitos por meios digitais.

O que pessoas teclam

Além disso, os pesquisadores revelam ainda que esse nível de precisão sobre o que pessoas teclam foi atingido quando um microfone de um smartphone era usado a uma distância relativamente pequena. No caso de uma ligação pelo Zoom, por exemplo, a solução conseguiu determinar com 93% de certeza o que uma pessoa no outro lado de uma conversa estava digitando — número que também é bastante intimidador.

Apesar de ser tecnicamente impressionante, o algoritmo de inteligência artificial traz consigo o poder de colocar em risco a privacidade de muitas pessoas. Criminosos que tenham acesso a ele poderiam fazer com que uma pessoa entregasse suas senhas, conversas privadas e outras informações sensíveis sem saber que isso estava ocorrendo.

IA tem várias portas de entrada

Contudo, o algoritmo também traz implicações preocupantes pelo fato de que ele tem várias “portas de entrada” para invadir a privacidade de uma pessoa. Ao mesmo tempo em que alguém pode desligar o microfone conectado a seu PC, dispositivos como speakers inteligentes e smartphones são facilmente encontrados em vários ambientes e também trazem capacidades de fazer gravações.

Como funcionou a pesquisa

Os pesquisadores treinaram a inteligência artificial ao pressionar 25 vezes cada uma das 36 teclas presentes em um MacBook Pro moderno, gravando individualmente o som de cada uma delas. A partir daí eles isolaram os espectrogramas e formatos de onda de cada gravação, identificando cada tecla de forma individual, o que permitiu que elas fossem identificadas facilmente pelo algoritmo.

Já o teste final de precisão foi realizado usando o microfone de um iPhone 13, colocado a 17 centímetros do computador utilizado, e uma ligação por Zoom. Neste caso, os pesquisadores disseram que, quem se preocupa com a segurança pode ter que se acostumar a mudar seu padrão de digitação ou a usar senhas geradas aleatoriamente por softwares especializados para evitar ser uma vítima potencial de ataques novos — o uso de som branco e filtros de áudio também são recomendados, bem como o da biometria para acessar locais que contêm informações sensíveis.

*Foto: Reprodução/Site Adrenaline

Pacientes com Parkinson: Pesquisa da USP promove tratamento com laser

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Pacientes com Parkinson terão aplicação do tratamento duas vezes na semana ao longo de três meses, na Unidade de Terapia Fotodinâmica, em São Carlos (SP); veja como participar

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está busca de 20 pacientes voluntários com a Doença de Parkinson para uma pesquisa que usa laser para tratamento das dores e tremores.

Tratamento com laser

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, que ainda não tem tratamento, apenas para os sintomas. É o que diz a pesquisadora Ana Góes:

“O que a gente propõe na pesquisa é que o laser possa regenerar as fibras nervosas que são destruídas pelo Parkinson, assim formar dopamia (pacientes com Parkinson não formam) e, consequentemente, melhorar as atividades motoras.”

Por outro lado, outros países já contam com tratamentos que tentam retardar a progressão do Parkinson. É o caso do médico brasileiro e radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu. A técnica de indução de proteínas de choque térmico por meio de hipertermia guiada pelo cérebro. Ela consiste em elevar a temperatura do paciente, de modo totalmente seguro e controlado.

Como participar do estudo da IFSC/USP

Podem participar do estudo da IFSC/USP: pessoas de ambos os sexos de qualquer faixa etária, que já estejam manifestando tremores, rigidez, porém, que não estejam em estágio muito avançado. No entanto, o disgnóstico da doença precisa ter sido feito há menos de três anos e o paciente precisa estar sendo acompanhado clinicamente.

Tratamento: aplicação do laser duas vezes na semana, de 20 a 30 minutos. São 24 sessões ao longo de três meses na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (R. Dr. Serafim Viêira de Almeida, 451).

Como se cadastrar: os interessados poderão obter mais informações e fazer seu cadastramento através do telefone (16) 3509-1351, com a secretária Mônica.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/fim-cima-homem-lar-lar_2013579

Golfinhos e baleias: evolução na Terra não deve ocorrer mais

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Golfinhos e baleias podem não ter mais descendentes, por mais tempo que passe, no ambiente terrestre

Segundo análises evolucionárias feitas em mamíferos aquáticos como golfinhos, orcas e baleias revelam que os animais já passaram de um ponto que não permite voltarem ao planeta Terra. Sendo assim, é praticamente impossível que seus descendentes, por mais tempo que passe, consigam viver no ambiente terrestre. Isso porque as adaptações feitas para a vida na água já ultrapassaram uma “barreira” biológica, como mostrado pelo estudo de quase 6 mil espécies mamíferas, tanto aquáticas quanto terrestres e híbridas.

Golfinhos e baleias – evolução

Os mamíferos aquáticos, como golfinhos e baleias, são o resultado de um curioso vai-e-vem evolutivo. Entre 350 milhões e 400 milhões de anos atrás, os primeiros peixes se arrastaram para fora da água, como o famoso tiktaalik, graças a membros e adaptações respiratórias que permitiam ficar fora dos rios e mares. Inicialmente desajeitados, esses vertebrados foram evoluindo até se tornarem os inteiramente adaptados tetrápodes atuais.

Tetrápodes são vertebrados com quatro membros e dedos distintos, um grupo que inclui anfíbios, mamíferos e répteis. A maioria deles ficou na terra, se adaptando perfeitamente ao ambiente. No entanto, alguns, há 250 milhões de anos, retornaram às origens aquáticas. E isso pediu novas adaptações para conseguir viver novamente no mar ou nos rios, uma vez que agora precisavam respirar por pulmões, por exemplo.

Apesar de a transição para a terra tenha ocorrido apenas uma vez, a volta para a água aconteceu em muitas ocasiões. E isso faz com que os pesquisadores se perguntassem se um novo retorno terrestre seria possível. Em caso contrário, por que? É isso que a pesquisa buscou responder.

Tarde demais para voltar atrás

Vale destacar que a ideia de que a evolução não seria reversível foi proposta pela primeira vez pelo paleontólogo belga Louis Dollo, no século XIX. Conhecida como Lei de Dollo, ela afirma que um traço complexo é perdido em uma linhagem e se passa muito, é improvável que reapareça nas gerações seguintes. Para testar a ideia em mamíferos, foram divididos milhares de espécies em quatro categorias:

  • Espécies totalmente terrestres;
  • Espécies com adaptações aquáticas, mas ainda com mobilidade terrestre possível;
  • Espécies com locomoção terrestre limitada;
  • Espécies completamente aquáticas.

Modelo montado pelos cientistas

O modelo montado pela base da ciência indicou e examinou relações evolucionárias entre as espécies com ramificações sinalizando ancestralidade comum. Ao comparar traços entre as espécies, foram calculadas as probabilidades de evoluir características específicas, montando uma variedade de adaptações entre o “totalmente terrestre” e o “completamente aquático” — e testada a irreversibilidade delas.

Além disso, foi descoberto um limite entre o semiaquático e o totalmente aquático, um limite que, depois de ultrapassado, torna as adaptações à água irreversíveis. Essas adaptações são relacionadas a múltiplas mudanças, como o aumento de massa corporal para ajudar a reter calor em ambientes mais frios, e uma dieta carnívora que ajuda a manter o metabolismo aumentado.

Por outro lado, isso torna difícil competir com espécies terrestres, segundo Bruna Farina, doutoranda brasileira da Universidade de Fribourg e autora do estudo revelou ao site Live Science.

Linha irreversível

Fim, apesar de ser possível ir do totalmente terrestre ao semiaquático em passos pequenos, há uma linha irreversível para algumas dessas adaptações. A chance de mamíferos como golfinhos e baleias voltarem à terra é praticamente 0 — basta ver como os animais, quando encalhados, não conseguem sustentar o peso do próprio corpo sem o empuxo da água. Portanto, reverter uma adaptação como essa não é apenas difícil, como pouco necessário do ponto de vista evolutivo.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/saltando-baleia-jubarte-majestosa-beleza-na-natureza-gerada-por-ia_47184711

Defesa ambiental: Tecnologia é aliança estratégica contra incêndios

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Defesa ambiental conta com imagens via satélite no auxílio contra incêndios florestais e provar a inocência dos proprietários rurais

Os incêndios florestais têm sido uma ameaça constante ao meio ambiente, provocando danos irreparáveis à fauna, flora e comunidades rurais. No entanto, quando o fogo atinge uma propriedade sem que o proprietário tenha dado causa? Como provar a inocência e, ao mesmo tempo, contar com mecanismos eficazes de defesa ambiental?

Tecnologia na defesa ambiental

A defesa ambiental é perfeitamente possívelno sentido de se defender quando o fogo adentra uma propriedade, mesmo que não tenha sido causado por seus responsáveis. Com o avanço da tecnologia, principalmente na área de sensoriamento remoto através de imagens via satélite, gera aos proprietários rurais recursos para demonstrar sua inocência e entender a origem do incêndio.

De acordo com o ecólogo Salatiel Araújo,“a tecnologia está ao nosso lado, com imagens de altíssima resolução temporal que nos permitem acompanhar o avanço do incêndio em questão de minutos, não mais dias”.

Imagens em tempo real para prova

Antigamente, a coleta de provas para defender-se em casos de incêndios florestais era um desafio. Hoje, a tecnologia oferece uma ferramenta poderosa: imagens de satélite com resolução temporal de 10 em 10 minutos. Segundo a Dra. Alessandra Panizi, “essas imagens podem ser usadas para criar sequências em formato de filmes, que servem como prova perante autoridades, como promotorias e secretarias de Meio Ambiente”.

Sendo assim, proprietários rurais têm a oportunidade de apresentar, de maneira nítida e em cores vivas, a progressão do incêndio e os esforços realizados para contê-lo.

Código Florestal

Contudo, conforme o Código Florestal, desde 2012, a penalização por incêndios deve recair apenas sobre quem deu causa a eles. Provar o nexo de causalidade tornava-se uma dificuldade. Porém, com as imagens de satélite, a tecnologia se torna uma aliada poderosa, diz Alessandra.

“Essas imagens permitem que se localize a origem do fogo, identificando se ele surgiu dentro da propriedade ou se veio de uma área externa.”

Dessa forma, é possível comprovar a inocência e direcionar a responsabilidade para o verdadeiro causador.

Fogo premeditado x fogo natural

A análise da tecnologia não se limita à prova de inocência, ao contrário, ela vai além. As imagens de satélite também podem ajudar a distinguir se o incêndio foi premeditado ou de causa natural. Salatiel indica ainda que “é possível correlacionar as imagens com registros de raios e chuvas na região afetada, identificando se o fogo teve origem em um evento natural ou em ações humanas intencionais”.

Tal análise, além de embasar defesas, é essencial para traçar estratégias de combate e prevenção.

Tecnologia como aliada

Por fim, a tecnologia, responsável por imputar pontos de fogo, pode também ser usada a favor daqueles que precisam comprovar sua inocência, ressalta ecólogo Salatiel.

“Estamos diante de uma tecnologia que, se bem aplicada, pode ser uma aliada poderosa na defesa ambiental e na busca por uma justiça efetiva.”

*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/alto-angulo-de-fogo-extinguir-e-fumar_5635077

BlackRock eleva participação na Via (VIIA3): entenda o caso

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BlackRock passou a deter 5,136% das ações da Via (VIIA3)

Na segunda-feira (24), em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Via (VIIA3) informou que a gestora BlackRock passou a deter 5,136% de suas ações ordinárias.

Controle da BlackRock

De acordo com o informe, a BlackRock agora possui um montante de 82.107.441 ações ordinárias da Via, e ainda destacou que o objetivo da participação acionária é estritamente de investimento, não tendo como fim alteração do controle ou da estrutura administrativa da companhia.

Por outro lado, não foram celebrados, pela gestora, quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Via.

Vale lembrar que, atualmente, a comissão da Via é presidida por Renato Carvalho do Nascimento, sócio fundador da Laplace Finanças, empresa de assessoria financeira e gestão de fundos. Ele também faz parte do conselho de administração da Terra Santa (TESA3), e também foi sócio fundador do Grupo Angra Partners, hoje sob o comando do CEO Alberto Guth.

Via divulga detalhes de operação com créditos tributários de ICMS

No começo da semana passada, a Via atualizou o mercado sobre a efetivação do seu 4º Instrumento Particular de Transferência de Créditos Tributários de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Via (VIIA3) havia anunciado na semana anterior sobre a operação com os créditos tributários, da cifra de R$ 150 milhões.

Trata-se de um movimento de monetização da Via que já soma R$ 950 milhões em transações de venda de créditos fiscais. Em relação aos R$ 150 milhões de créditos tributários dizem respeito à cessão de Créditos Fiscais de ICMS Substituição Tributária (ICMS-ST) do Estado de São Paulo. O imposto é recolhido exclusivamente da empresa produtora, sem tributação dos demais agentes da cadeia.

Já o pagamento para a companhia será efetuado pela compradora apenas após a efetiva monetização do crédito. Além disso, estima-se que nos próximos 12 meses haverá um impacto no fluxo de caixa da varejista a partir dessa reestruturação.

Contudo, a Via (VIIA3) detalhou ainda que aproximadamente R$ 136 milhões correspondem ao líquido da transação, após a dedução de despesas.

Mudanças na Via (VIIA3): alto escalão e demissões

Por fim, a Via passou por trocas recentes em sua gestão no final de junho. Elcio Mitsuhiro foi aprovado como vice-presidente financeiro (CFO). O novo CFO da Via assumiu o cargo no dia 10 de julho de 2023, substituindo Orivaldo Padilha, que trabalhava desde 2019 na companhia. O executivo já foi CFO da BRF (BRFS3) e também atuou como diretor financeiro da Iochpe-Maxion (MYPK3).

*Foto: Reprodução/Flickr (Imprensa Via Varejo – flickr.com/photos/imprensaviavarejo/19779097255)

Virgin Galactic anuncia quem estará em seu 2º voo comercial

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Virgin Galactic terá sua segunda missão lançada em 10 de agosto

Nesta semana, a Virgin Galactic revelou a tripulação de seu segundo voo comercial, chamado Galactic 02. A missão deve ser lançada no dia 10 de agosto, e vai levar três pessoas ao espaço suborbital com o avião espacial VSS Unity.

Virgin Galactic 02

Além disso, a Virgin Galactic 02 vai contar com Jon Goodwin, ex-atleta olímpico. Ele vai estar acompanhado de Keisha Schahaff e sua filha Anastatia Mayers, que ganharam seus ingressos por meio de um sorteio que arrecadou fundos para a Space for Humanity, uma instituição sem fins lucrativos.

Completando a tripulação estará Beth Moses, instrutora de astronautas da empresa, que vai ao espaço suborbital pela quarta vez. A nova missão deve durar 90 minutos e vai ser lançada do Espaçoporto América, no Novo México.

Porta-aviões VMS Eve

Assim como foi feito nos voos anteriores, a missão vai ser lançada pelo porta-aviões VMS Eve, que vai levar o VSS Unity até 15 km de altitude. Depois, este é liberado e aciona seus motores, levando a tripulação para conferir uma bela visão da Terra e curtir alguns minutos da sensação de ausência de peso.

Missão Galactic 01

Contudo, vale lembrar que a missão Galactic 01, o primeiro voo comercial da empresa, foi lançado em junho e levou oficiais da Força Aérea Italiana. Por fim, diante do sucesso da missão comercial inaugural, a Virgin Galactic planeja lançar novos voos a cada mês, além de oferecer experiências para pesquisadores e astronautas privados.

*Foto: Reprodução/Unsplash (Josh Withers – unsplash.com/pt-br/fotografias/4Zptqbq6m7E)

Tratamento com CAR-T Cell: brasileiro tem remissão completa do câncer

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Tratamento com CAR-T Cell beneficiou 15 pacientes, e Paulo Peregrino, de 61 anos, foi um deles; tratamento é desenvolvido no país

Neste mês, o publicitário e escritor Paulo Peregrino pisou em casa pela primeira vez após cinco meses. Paulo tinha um linfoma não-Hodgkin que não respondia a tratamentos convencionais. No entanto, em 24 de março, ele recebeu uma infusão de células CAR-T ou CAR-T Cell, um tratamento inovador que combate a doença com as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório.

Tratamento com CAR-T Cell

O tratamento com CAR-T Cell foi muito bem-sucedido e aos 61 anos, após 13 anos de luta contra o câncer, ele está em remissão completa. Olinfoma tratado com as células CAR-T já foi o quarto câncer de Peregrino. O primeiro foi um tumor na próstata identificado em 2010. Oito anos depois, em 2018, ele descobriu o primeiro de três linfomas não-Hodgkin. Agora, ele finalmente respira aliviado e em casa.

Peregrino é um dos 15 pacientes participantes do protocolo de uso compassivo, feito de modo experimental pelo Instituto Butantan, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e o Hemocentro de Ribeirão Preto. O próximo passo é iniciar um estudo clínico no país, para que o tratamento seja aprovado pela Anvisa e possa ser oferecido pelo SUS.

Método

Até o momento, o método tem como alvo três tipos de cânceres: leucemia linfoblástica B, linfoma não Hodgkin de células B e mieloma múltiplo. Por outro lado, o protocolo contra mieloma múltiplo ainda não está disponível no país. 

Vale lembrar que atualmente a medicina está cada vez mais avançada e com isso surgem novos procedimentos e também bem-sucedidos como este. É o caso do método de Indução de Proteínas de Choque Térmico, desenvolvido pelo médico brasileiro e radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu que, recentemente, permitiu que um paciente com câncer terminal conquistasse a remissão total da doença.

Como é estar em casa novamente

A seguir, confira trechos da entrevista que Peregrino concedeu ao jornal O GLOBO. Ele conta como foi finalmente voltar para casa saudável após ter deixado Niterói (RJ), a cidade onde mora, em uma UTI móvel.

Quando foi a última vez que o senhor esteve em casa?

Eu estava fora de casa há quase cinco meses e, de Niterói, que é a cidade onde moro, há pouco mais de quatro meses. Antes de ir para São Paulo fazer o tratamento CAR-T Cell, tinha uma redução muito grave de plaquetas e fiquei internado. Então eu saí do hospital de Niterói direto para o hospital de São Paulo, em uma UTI móvel.

Como o senhor está se sentindo ao voltar para casa?

Nesse tempo me perguntavam qual era o meu maior sonho, eu sempre dizia que queria voltar para casa. Essa pergunta sempre me emocionava muito, porque era uma coisa que para mim tinha um simbolismo muito grande. Depois de passar tanto tempo internado, poder voltar para casa representava voltar para a vida, voltar para sua família, para os seus amigos, para tudo. Além disso, é uma sensação única poder voltar para casa bem e saudável depois de tantos anos. Desde que descobri meu primeiro linfoma, sempre que eu voltava de uma internação, de uma emergência ou de um procedimento, eu tinha que me preocupar com alguma coisa. Tinha vários medicamentos para tomar, tinha dor, não conseguia dormir nem andar direito e tinha várias limitações. Agora, estou saudável e pronto para retomar a minha atividade normal de lazer e de trabalho, sem maiores preocupações. A sensação é como se eu tivesse voltado no tempo, há muitos anos, quando eu não tinha câncer e voltava para casa do trabalho ou de um passeio.

Como foi o tratamento com as células CAR-T?

Eu cheguei no Hospital das Clínicas de São Paulo para receber a infusão de CAR-T cell no dia 2 de março. Mas depois de dois dias, um exame de rotina do hospital mostrou que eu estava com Covid. Eu não tinha sintomas, mas não podia receber o tratamento até ter três exames consecutivos negativos. Isso aconteceu depois de 10 dias. No dia 24 de março, eu recebi a infusão. A enfermeira trouxe uma bolsinha pequena com um líquido laranja dentro. Ali estavam os meus linfócitos T geneticamente modificados, prontos para serem infundidos. O procedimento demorou cerca de 1h e foi tão simples que me impressionou. Eu até perguntei para a enfermeira: “quer dizer uma coisa que faz 13 anos contra a qual eu estou lutando, se resolve em 1h?”.

O senhor teve algum efeito colateral do tratamento?

No dia seguinte, eu tive febre. Esse é considerado um efeito colateral normal, mas como a febre também sinaliza infecção, eu fui transferido para a UTI até estabilizar. Isso aconteceu três vezes ao longo dos 30 dias pós CAR-T Cell. Também teve um período que eu fiquei com as mãos tremendo por conta de um efeito neurológico. Eu tinha espasmos e não conseguia comer nem segurar o copo para beber algo. Eu também não conseguia me equilibrar em pé sozinho. Mas, graças a Deus, eu fui recuperando a normalidade. Eu tive todo o suporte. Além dos médicos e enfermeiros, a cada dois dias vinha a psicóloga, o que foi super importante. Eu também fazia fisioterapia diariamente e tinha acompanhamento neurológico.

Como o senhor ficou sabendo que o tratamento havia dado certo?

Um mês após a infusão, o Dr. Vanderson mandou para o grupo da minha família, através do meu irmão, a foto de um PET Scan que foi feito no dia 6 de março e outro do dia 24 de abril. São aquelas imagens que viralizaram. Até aquele momento, eu nunca tinha visto aquela primeira imagem do meu corpo tomado de tumores. Acho que era uma imagem tão chocante, que eles quiseram me poupar. O que eu considero natural, porque o médico não só tem que tentar curar o paciente, mas também levar esperança. O que iria adiantar eu saber que estava em um estado tão grave? Eu até comentei com o médico que se ele tivesse me mostrado aquela imagem antes, eu poderia não ter tido a fé e crença na ciência que eu tive.

O senhor ainda precisa fazer exames de monitoramento?

Para todos os efeitos, eu sou um paciente em tratamento. A cura é só depois de cinco de anos, então até lá eu preciso fazer hemogramas a cada duas ou três semanas e PET Scan a cada três meses.

Precisa ter algum cuidado específico em função do procedimento ou vida normal?

Nesses primeiros meses preciso ter um certo cuidado, como usar máscara n95 em ambientes fechados, evitar comer em locais públicos e comidas cruas devido ao risco de infecção. Eu também preciso fazer atividade física, mas não posso ir com muita sede ao pote. Preciso começar devagar porque perdi muita massa muscular. Mas estou me recuperando. Se Deus quiser, vou voltar a jogar vôlei em breve.

Quais são seus planos para o futuro?

Voltar para casa era o meu sonho. Ter conseguido isso, com a sensação de dever cumprido, é indescritível. Mas eu sei que ainda tenho coisas a fazer. Quando tive meu primeiro câncer, eu questionava “por que eu?”. Eu tinha 49 anos, praticava esportes, já não fumava mais há muito tempo, bebia só final de semana e era o mais novo de dez irmãos. Em 2019, a partir do meu segundo linfoma, esse pensamento mudou. Eu passei a perguntar “para quê?”. E nessa jornada de fazer quimioterapia, transplante, até chegar no CAR-T, eu descobri que esse “para quê” seria para que pudesse servir de instrumento não só para ajudar outras pessoas a terem mais esperança, como também para todos valorizarem e terem fé na ciência. E eu vejo que a minha história está conseguindo fazer isso pelas mensagens que eu recebo desde o fim de maio, quando começou toda a repercussão do meu tratamento. Também estou escrevendo meu livro sobre a minha jornada.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/moldura-em-forma-de-estrela-de-alto-angulo-com-fitas_5482038