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Transplante capilar de última geração: Dr. Stanley Bessa revela como os novos métodos garantem resultados cada vez mais naturais

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Com mais de 25 anos de experiência, dermatologista explica como técnicas modernas, como o long hair e o non shaving capilar, elevam o padrão do transplante capilar

A busca por soluções eficazes contra a calvície tem crescido no Brasil e no mundo. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar (ISHRS) indicam que, nos últimos dez anos, o número de transplantes capilares aumentou mais de 60%, impulsionado pelos avanços tecnológicos e pelo desejo de resultados cada vez mais discretos.

O dermatologista Dr. Stanley Bessa, referência em cirurgia dermatológica e transplante capilar, explica que as técnicas atuais revolucionaram a forma como os procedimentos são realizados. “Hoje, conseguimos oferecer resultados que se confundem com a natureza dos fios originais do paciente. A ideia é que ninguém perceba que houve transplante, apenas que a pessoa recuperou sua densidade capilar”, afirma.

FUE: a técnica que mudou o padrão do transplante capilar

Uma das principais evoluções é o método FUE (Follicular Unit Extraction), que substituiu procedimentos mais invasivos. Nesse método, as unidades foliculares são retiradas individualmente da área doadora, geralmente a parte posterior da cabeça, e implantadas nas regiões com menor densidade de cabelo.

“Diferente das técnicas antigas, que deixavam cicatrizes lineares, o FUE garante uma recuperação mais rápida e praticamente imperceptível. O paciente retorna às suas atividades habituais em poucos dias, com um resultado mais natural”, explica Dr. Stanley.

De acordo com a ISHRS, cerca de 67% dos transplantes realizados no mundo já utilizam o FUE, confirmando sua popularidade e eficácia.

Microimplantes e a busca pelo detalhe perfeito

Além do FUE, os microimplantes capilares são outra inovação que tem elevado o padrão dos procedimentos. Essa técnica consiste em inserir fios em microincisões planejadas milimetricamente, respeitando a direção e o ângulo do cabelo original.

“O segredo está no detalhe. A naturalidade do transplante depende da precisão no posicionamento de cada fio. Hoje temos instrumentos que permitem uma inserção delicada, sem danificar os folículos, e isso garante um resultado muito próximo do natural”, destaca o especialista.

Novidades que não param de surgir

Os avanços em transplante capilar também chegaram a áreas mais específicas e a procedimentos que preservam a estética do paciente durante a recuperação. Entre eles, destacam-se três métodos cada vez mais procurados: o transplante de sobrancelha, o long hair transplant e o no shaving FUE.

Essas técnicas ampliaram as possibilidades de quem busca resultados naturais sem abrir mão do conforto estético. “Hoje conseguimos oferecer alternativas que respeitam a individualidade de cada paciente, seja para corrigir falhas nas sobrancelhas, seja para realizar o transplante sem a necessidade de raspar o cabelo. A ideia é que o paciente se sinta bem desde o primeiro momento”, explica.

Transplante de sobrancelha

Muito procurado por pacientes que perderam densidade na região devido a traumas, excesso de depilação ou simplesmente por características genéticas, o transplante de sobrancelha exige extremo cuidado técnico.

“O trabalho é artesanal. Cada folículo precisa ser implantado no ângulo e na direção corretos, respeitando o desenho natural da sobrancelha. Isso garante harmonia facial e naturalidade no olhar”, observa o dermatologista.

Long Hair Transplant

O Long Hair Transplant, uma derivação da técnica FUE, consiste em implantar fios já longos, em vez de cortados, o que permite visualizar de imediato como será o resultado final.

“Esse método tem um impacto emocional muito positivo. O paciente deixa o consultório já percebendo a mudança, sem precisar esperar meses para ver o cabelo crescer”, destaca.

No Shaving FUE

Já o No Shaving FUE se tornou uma das alternativas mais buscadas por quem deseja discrição. Nesse procedimento, não é necessário raspar toda a cabeça, apenas pequenas áreas estratégicas da região doadora, que ficam ocultas entre os fios existentes.

“Muitos pacientes têm receio de raspar o cabelo por questões estéticas ou profissionais. O No Shaving permite que o transplante seja realizado sem alterar a aparência no dia a dia”, explica o especialista.

Com essas técnicas, o transplante capilar amplia seu alcance, oferecendo soluções personalizadas e ainda mais alinhadas às expectativas estéticas dos pacientes.

Quem pode se beneficiar do transplante capilar?

De acordo com o dermatologista, homens e mulheres com alopecia androgenética (calvície hereditária) são os principais candidatos. Mas outras situações também podem ser tratadas com transplante, como falhas causadas por traumas, queimaduras, cicatrizes ou até mesmo excesso de procedimentos estéticos mal realizados.

“É fundamental uma avaliação médica criteriosa, porque nem todos os tipos de queda de cabelo são candidatos ao transplante. Em alguns casos, é necessário tratar primeiro a causa da perda capilar para só depois pensar no procedimento cirúrgico”, ressalta.

O preparo e a recuperação

Antes do transplante, o paciente passa por uma bateria de exames clínicos e laboratoriais. O objetivo é garantir que a saúde geral esteja adequada para o procedimento.

A cirurgia é realizada com anestesia local e pode durar de 4 a 8 horas, dependendo da área a ser preenchida. Após o procedimento, recomenda-se repouso relativo e cuidados específicos, como evitar exposição solar e traumas na região.

“A recuperação é cada vez mais tranquila. Em uma semana, o paciente já pode retomar boa parte das atividades, e os fios começam a crescer gradualmente a partir do terceiro mês. O resultado final costuma ser visível entre 9 e 12 meses”, explica o médico.

Impacto na autoestima

O impacto do transplante capilar vai além da estética. Segundo pesquisa da American Academy of Dermatology, mais de 80% dos pacientes relatam melhora significativa na autoestima e na qualidade de vida após o procedimento.

“O cabelo está diretamente ligado à identidade e à autoconfiança. Quando conseguimos devolver essa característica ao paciente, não estamos apenas tratando uma questão física, mas também fortalecendo o emocional”, ressalta.

Cuidados pós-transplante

Para garantir resultados duradouros, é essencial adotar uma rotina de cuidados. Entre as orientações mais comuns estão:

  1. Seguir rigorosamente as recomendações médicas.
  2. Evitar esforço físico intenso nas primeiras semanas.
  3. Manter uma alimentação balanceada, rica em proteínas e vitaminas.
  4. Utilizar os medicamentos tópicos ou orais prescritos.
  5. Realizar acompanhamento médico regular.

“O transplante é apenas uma etapa. O paciente precisa entender que manter a saúde dos fios exige disciplina e acompanhamento contínuo”, orienta o especialista.

Futuro dos transplantes capilares

Com a constante evolução tecnológica, novas técnicas continuarão sendo lançadas. Estudos em andamento investigam, por exemplo, o uso de células-tronco e bioengenharia capilar, que prometem ampliar ainda mais as possibilidades de tratamento.

“Estamos vivendo uma era de transformações na dermatologia capilar. O futuro aponta para métodos menos invasivos, mais rápidos e ainda mais naturais. O paciente pode esperar resultados cada vez melhores”.

Sobre o Dr. Stanley Bessa

Dr. Stanley Bessa (CRM 35165 / RQE 33407) é dermatologista com mais de 25 anos de experiência, especialista em cirurgia dermatológica e transplante capilar. É formado pela UFMG e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), possui diversas pós-graduações nas áreas de Alergia, Imunologia, Estética e Cirurgia Dermatológica.

Atua como sócio da Neofolic e parceiro do Instituto Brasileiro de Medicina Capilar (IBRAMEC), onde também ministra cursos para médicos. Hoje, divide sua atuação entre Minas Gerais e Brasília, consolidando-se como referência nacional em transplante capilar e dermatologia estética.

Foto: https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-adulto-com-problemas-de-calvicie_19966385.htm

AmericanCor inaugura novo Centro de Terapia Intensiva no Rio de Janeiro

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Com foco em casos de alta complexidade, o CTI do Hospital conta com uma estrutura moderna e amplia a capacidade de atendimento aos pacientes graves

O Hospital AmericanCor inaugurou na última semana seu novo Centro de Terapia Intensiva (CTI), projetado para ampliar a capacidade de atendimento a pacientes em estado crítico e oferecer cuidado especializado com tecnologia de ponta e equipe multidisciplinar.

A nova estrutura reforça a atuação do Hospital como referência no atendimento de alta complexidade no Rio de Janeiro.

O que é um CTI?

O CTI é uma área destinada ao tratamento de pacientes com condições clínicas graves, que exigem monitoramento contínuo, intervenções rápidas e suporte avançado à vida. O ambiente é altamente controlado e oferece recursos para estabilizar quadros instáveis e tratar complicações severas.

Esses centros costumam ser equipados com monitoramento vital em tempo real, ventiladores mecânicos inteligentes, bombas de infusão computadorizadas e um sistema integrado de telemedicina, que permite a comunicação imediata com especialistas à distância.

Equipe multidisciplinar especializada

A assistência intensiva é prestada por uma equipe formada por médicos intensivistas, enfermeiros especializados, fisioterapeutas respiratórios, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos clínicos e outros profissionais da saúde. Todos são preparados para atuar em situações críticas, garantindo um cuidado integral e centrado no paciente.

O CTI recebe pacientes com doenças graves ou instáveis, tais como: infarto agudo do miocárdio, AVC, insuficiência respiratória, sepse, politraumatismos e complicações cirúrgicas de alta complexidade. O encaminhamento é feito com base na necessidade de suporte avançado à vida e de vigilância intensiva.

UTI e UTI Móvel 24h complementam o atendimento

Além do novo CTI, o AmericanCor dispõe de uma Unidade de Terapia Intensiva Móvel (UTI Móvel) voltada aos atendimentos eletivo e emergencial. A UTI Móvel inclui ventiladores mecânicos modernos, monitores cardíacos de última geração e bombas de infusão, todos operados  por uma equipe altamente especializada.

O Hospital também oferece o serviço de UTI Móvel 24 horas, que garante agilidade e segurança no transporte de pacientes críticos, seja em situações de urgência ou em remoções programadas.

Panorama da Terapia Intensiva no Brasil

O Brasil possui um sistema de Terapia Intensiva em constante evolução, tanto na rede  privada quanto na pública. Segundo dados de 2025 da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), mais de 300 hospitais foram reconhecidos com o selo UTI Top Performer, que avalia o desempenho clínico e a excelência na gestão dos leitos.

A maioria dessas instituições premiadas pertence à rede privada, evidenciando o protagonismo dos hospitais particulares no investimento em tecnologia, na capacitação de equipes e em protocolos clínicos rigorosos.

Também foi observado um avanço significativo nas UTIs públicas, com o crescimento no número de unidades que atingem os critérios de excelência definidos pela AMIB. Esse reconhecimento reforça a importância da avaliação contínua de desempenho como ferramenta essencial para elevar o padrão da assistência intensiva em todo o país.

No Rio de Janeiro, a rede privada concentra cerca de 75% dos leitos de UTI disponíveis na capital. Estima-se que existam mais de vinte hospitais particulares na cidade com unidades de terapia intensiva estruturadas — entre eles, o AmericanCor, reconhecido pela qualidade no atendimento intensivo.

Referência em Terapia Intensiva

O Hospital AmericanCor está localizado em um bairro estratégico do Rio de Janeiro e oferece atendimento médico em diversas especialidades clínicas e cirúrgicas. O cuidado humanizado é um dos pilares da instituição, que se estende desde o acolhimento na recepção até o acompanhamento pós-internação.

Entre as especialidades clínicas, o Hospital oferece atendimentos em cardiologia, neurologia, gastroenterologia, clínica médica, terapia intensiva e radiologia. No campo cirúrgico, realiza procedimentos de cirurgia geral, neurocirurgia, urologia, cirurgia cardíaca, cirurgia vascular, cirurgia plástica, cirurgia de cabeça e pescoço, ortopedia, coloproctologia e cirurgia buco-maxilo-facial.

Desde sua fundação, o AmericanCor adota práticas de CTI humanizado, com foco no bem-estar emocional e psicológico dos pacientes e seus familiares. A instituição valoriza o acolhimento, permite a presença contínua dos familiares e oferece suporte psicológico especializado.

Um dos diferenciais do Hospital é o acompanhamento na fase de recuperação pós-CTI, com a coleta de feedbacks diários que contribuem para a melhoria contínua dos processos assistenciais.

Foto: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medico-de-vista-lateral-usando-estetoscopio_30555237.htm

“Empreender é sobre propósito, não só lucro”: uma conversa com Michele Bouvier Sollack

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No universo do empreendedorismo feminino no Brasil, o nome Michele Bouvier Sollack se destaca pela forma única de unir estratégia e essência. CEO e fundadora do C7Grupo Educação & Saúde, ela construiu um ecossistema que vai muito além de ensinar a criar negócios: ajuda mulheres a conquistarem saúde financeira sem abrir mão de equilíbrio, família e propósito. Com uma trajetória que começou ainda na infância e hoje inspira centenas de empreendedoras, Michele lança o livro Rica de Propósito, uma obra que traduz sua metodologia em um guia acessível para transformar inseguranças em ação e lucros consistentes. O livro está em fase de pré-venda e promete ser um sucesso.

Nossa equipe de reportagem bateu um papo com Michele, que relembra com clareza a primeira vez que sentiu o gosto do empreendedorismo: aos 10 anos, vendendo coxinhas na porta de um banco. “Naquele momento, eu não pensava em ‘ser empreendedora’, mas percebi que podia transformar esforço em resultado. Aprendi o valor da disciplina, da persistência e do contato com as pessoas. Mais do que ganhar dinheiro, percebi que havia algo poderoso em criar algo meu, com propósito”, conta. Esse início, aparentemente modesto, foi a semente que mais tarde daria origem a uma carreira focada em transformar ideias em oportunidades reais, sempre com impacto humano e social.

Do sonho ao C7Grupo Educação & Saúde

Quando decidiu criar o C7Grupo, Michele tinha em mente um objetivo claro: oferecer às mulheres empreendedoras o suporte estratégico que ela própria sentiu faltar em sua trajetória. “Muitas mulheres são extremamente competentes, mas acabam presas em ciclos de exaustão e baixa rentabilidade. Eu quis criar um ecossistema que unisse ciência comportamental, teoria de gestão e estratégias aplicadas por grandes empresas, mas com um olhar humano e empático.”

Hoje, o C7Grupo ajuda empreendedoras a estruturarem, posicionarem e escalarem seus negócios, sempre respeitando o equilíbrio de vida. Para Michele, esse é um pilar inegociável: negócios sólidos precisam refletir quem a pessoa é, não apenas gerar números no balanço.

Propósito e impacto social

Essa visão se estende ao OC7Instituto, braço social do grupo, que capta recursos para apoiar ONGs com foco em cursos e capacitação para mulheres e jovens adultos em situação de vulnerabilidade. “O empreendedorismo não pode ser apenas sobre sucesso individual; ele também é uma ferramenta poderosa para transformar realidades e criar oportunidades para quem mais precisa”, afirma.

Por que propósito vem antes do lucro

Para Michele, “empreender é sobre propósito, não só lucro” não é apenas uma frase inspiradora. É uma filosofia de negócios. Ela explica que o lucro é essencial para manter a viabilidade, mas quando é o único objetivo, o risco de desgaste é alto. “O propósito é o que mantém a chama acesa. Ele conecta você ao seu trabalho e ao seu cliente de forma genuína, e sustenta o negócio a longo prazo.”

Do método à obra Rica de Propósito

O lançamento de Rica de Propósito é resultado direto da experiência de Michele com centenas de mentoradas. Ao longo dos anos, ela identificou padrões nos desafios enfrentados pelas empreendedoras: insegurança, bloqueios emocionais, dificuldade em tomar decisões e em se organizar para lucrar. Sua metodologia ajudou muitas a superar essas barreiras e criar negócios mais rentáveis e alinhados aos seus valores. Transformar esse conhecimento em livro foi, para ela, uma forma de democratizar o acesso a essas ferramentas.

“O livro é um guia prático e inspirador. Ele combina autoconhecimento, clareza emocional e produtividade assertiva para que a leitora consiga transformar inseguranças em confiança e ações concretas. É possível prosperar financeiramente sem abrir mão daquilo que é mais importante — seja família, saúde ou propósito pessoal.”

Barreiras que ainda precisam ser superadas

Michele não ignora que o caminho do empreendedorismo feminino é cheio de obstáculos. Falta de clareza, ausência de apoio, sobrecarga de papéis e acesso restrito a crédito são, segundo ela, as barreiras mais comuns. “Existe uma crença equivocada de que para ter sucesso financeiro é preciso sacrificar a vida pessoal. Eu acredito no oposto: quando alinhamos propósito e estratégia, conseguimos resultados consistentes e uma vida equilibrada.”

Um conselho para começar

Para quem pensa em dar o primeiro passo, Michele é direta: “Tenha clareza sobre o que quer construir e por que isso é importante para você. Invista em conhecimento técnico e no desenvolvimento da sua inteligência emocional. Resultados sólidos levam tempo, mas quando estão alinhados ao seu propósito, o processo se torna muito mais prazeroso.”

Sobre Michele Bouvier Sollack

Michele Bouvier Sollack é especialista em posicionamento, estruturação e escala de negócios femininos. Graduada em gestão e marketing, psicologia e com diversas especializações, alia ciência comportamental, estratégias corporativas e sensibilidade humana. Além do C7Grupo Educação & Saúde, lidera o OC7Instituto, que apoia ONGs dedicadas à capacitação de mulheres e jovens adultos em vulnerabilidade.

Sobre o livro Rica de Propósito

Lançado pela Literare Books International, Rica de Propósito – Como impulsionar lucros reais por meio da produtividade assertiva e da inteligência emocional apresenta a metodologia desenvolvida por Michele para unir resultados financeiros, propósito e equilíbrio de vida. 

“Estou muito animada com o lançamento de Rica de Propósito. É a realização de um sonho e a oportunidade de levar minha metodologia para ainda mais mulheres, ajudando-as a prosperar com equilíbrio e propósito.”, acrescenta Michele.

Com 168 páginas, o livro está em pré-venda até 25 de agosto e terá lançamentos presenciais no Rio de Janeiro (27/08, Livraria Travessa Barra Shopping) e em São Paulo (17/09, Livraria Travessa Shopping Iguatemi). 

Fotos: Divulgação l Acervo pessoal Michele Bouvier Sollack

Rodrigo Borges Torrealba (MotoX) comenta a revolução das duas rodas no Brasil

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Segmento de motos elétricas cresce 73% nos primeiros cinco meses de 2025, mesmo representando apenas 0,5% do mercado

O mercado de motocicletas elétricas no Brasil vive um momento de transformação. Nos primeiros cinco meses de 2025, as vendas desse segmento cresceram 73% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Embora ainda represente uma fatia pequena do mercado total de veículos de duas rodas — cerca de 0,5% das vendas no primeiro quadrimestre deste ano —, o setor passa por uma mudança significativa, impulsionada pelo avanço dos modelos elétricos e híbridos.

Esse crescimento reflete um novo comportamento do consumidor brasileiro, cada vez mais atento a questões como sustentabilidade, custo-benefício e inovação tecnológica. O cenário positivo também é favorecido pela expansão da infraestrutura de recarga, incentivos fiscais regionais e pela crescente oferta de modelos por parte das montadoras.

Alta expressiva nas vendas de motos elétricas

Esse movimento é ainda mais expressivo quando se observa que as vendas de motos elétricas mais que dobraram no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior: foram 3.452 unidades licenciadas, um aumento de 104,74% sobre as 1.686 unidades registradas no início de 2024.

Entre janeiro e maio, o total de motos elétricas emplacadas no Brasil chegou a 6.153 unidades, consolidando uma tendência de alta que deve se manter nos próximos meses. Tanto marcas tradicionais quanto startups seguem apostando no segmento, ampliando seus portfólios e soluções para atender a essa demanda crescente.

A revolução silenciosa do setor

Especialistas chamam esse movimento de “revolução silenciosa”, liderada principalmente pelos grandes centros urbanos, onde as motos elétricas se mostram ideais para deslocamentos curtos e serviços de entrega. A redução dos custos operacionais é outro atrativo relevante, especialmente para profissionais que utilizam motocicletas como ferramenta de trabalho.

Apesar do preço médio ainda elevado, a expectativa é que o aumento da oferta e a redução gradual dos preços estimulem a adoção desses veículos nos próximos trimestres. A entrada de marcas tradicionais no setor, como a Yamaha — com os modelos Neo’s (100% elétrico) e Fluo Hybrid (propulsão elétrica combinada com motor a combustão) — tende a impulsionar ainda mais o mercado.

Quem comenta: Rodrigo Borges Torrealba, CEO da MotoX

Neste artigo, o portal Feira Inovatec contou com comentários de Rodrigo Borges Torrealba, CEO da MotoX. Ele é formado em Administração, possui MBAs em Negócios Marítimos e Administração Financeira, áreas nas quais atuou na Cia Paulista de Comércio Marítimo.

O CEO iniciou a sua trajetória em cargos administrativos, alcançando posições de liderança, incluindo a de Diretor Comercial na Europa, consolidando sua experiência em comércio internacional.

À frente da MotoX, Rodrigo Borges Torrealba impulsionou o crescimento da empresa por meio de inovação, modernização de produtos e expansão no mercado. Sua gestão é pautada pela qualidade, atendimento de excelência e compromisso com a sustentabilidade, alinhando a empresa às práticas ESG e destacando-a como referência no setor de motocicletas.

Foto: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/pessoa-que-conduz-a-motocicleta-laranja-MS0q8GqjVrY

Privacidade de dados e Reputação em tempos de IAs: Qual é o cenário atual?

A nova era da inteligência artificial

O avanço acelerado das inteligências artificiais generativas, como ChatGPT, Perplexity e Gemini, está transformando a forma como acessamos, produzimos e consumimos informação. No entanto, essas tecnologias também impõem novos desafios à proteção de dados pessoais. Alimentadas por grandes volumes de informações coletadas da internet, essas IAs operam muitas vezes sem transparência suficiente sobre as fontes utilizadas ou os critérios adotados na curadoria de dados.

A LGPD e os riscos do uso indevido de dados

A reportagem do jornal O Globo publicada no início de 2025 mostrou que nenhuma das principais inteligências artificiais em operação no Brasil está em conformidade plena com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A legislação, em vigor desde 2020, estabelece princípios como finalidade, necessidade e transparência no uso de dados pessoais.

Foi realizada uma pesquisa pela FGV Direito Rio que apontou que algumas não cumprem os princípios básicos e mínimos, o que demanda atenção e responsabilidade no uso dessas ferramentas.

Entre os principais riscos associados às IAs estão:

– Ausência de mecanismos eficazes de consentimento por parte dos titulares dos dados;
– Falta de clareza sobre a origem dos dados utilizados no treinamento dos modelos;
– Dificuldade em identificar e remover informações pessoais eventualmente reproduzidas.

Esses riscos se agravam quando combinados com a velocidade e a abrangência com que as informações geradas por IA são disseminadas em mecanismos de busca e redes sociais.

O papel da sociedade e dos reguladores

Diante desse cenário, torna-se essencial o papel das autoridades reguladoras, como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), além de organizações civis, acadêmicas e da própria sociedade. O podcast da Agência Brasília destacou a urgência de se estabelecer uma governança sólida que regulamente o uso ético de dados por tecnologias emergentes.

Governança, nesse contexto, não se limita a criar regras, mas também envolve educar usuários, responsabilizar empresas e construir um ecossistema mais equilibrado entre inovação tecnológica e direitos individuais.

IA e o retrato de uma pessoa ou empresa

Além das questões legais envolvendo transparência e privacidade de dados, existe uma dimensão prática que já impacta diretamente indivíduos e empresas. Ainda não está claro como as IAs e plataformas definem os critérios para coletar, classificar e devolver informações aos usuários — esse processo segue, em grande parte, uma “caixa preta” sem explicações públicas.

Sua reputação, nesses sistemas, acaba sendo um recorte do que as Inteligências Artificiais encontraram sobre o seu nome e do resumo que conseguiram construir a partir desses dados. Muitas vezes, essas ferramentas citam pessoas, fazem associações ou apresentam respostas baseadas em informações públicas antigas, desatualizadas ou fora de contexto.

Esse cenário exige atenção redobrada dos titulares de dados, principalmente em uma era em que a reputação digital pode ser afetada por interações automatizadas. Quando a própria IA apresenta ao usuário um resumo sobre você, ela limita a exploração de outras fontes e concentra em si a decisão do que é relevante.

Reputação digital como escudo preventivo

Não é possível controlar o que as Inteligências Artificiais aprendem nem como elas processam as informações. Por isso, torna-se cada vez mais importante manter uma presença digital sólida e bem posicionada — tanto nos mecanismos de busca quanto diante das próprias IAs, que vêm se consolidando como novas formadoras de opinião.

Como essas ferramentas costumam buscar informações em fontes indexadas pelo Google, cuidar do que aparece nesses resultados é essencial. Muitos gostariam de saber como remover o nome do Google nem sabemos que sempre é algo viável. Nesse cenário, a melhor estratégia é gerenciar os resultados existentes, garantindo que sua imagem digital seja coerente e confiável.

Responsabilidade compartilhada

A responsabilidade pela proteção da privacidade em tempos de IA é coletiva. Empresas de tecnologia devem redobrar a transparência e o cuidado com os dados, usuários precisam conhecer e exercer seus direitos, e reguladores devem acompanhar de perto as inovações que impactam a vida digital de milhões de pessoas.

A inteligência artificial veio para ficar, mas isso não significa que a proteção da privacidade deve ser relativizada. Pelo contrário: quanto mais avançadas forem as tecnologias, mais sofisticadas precisam ser as estratégias de proteção de dados.

Europa pode perder liderança científica sem novo acelerador de partículas

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Falta de consenso e envio de financiamentos colocam em questão a continuidade do projeto que visa desenvolver o Futuro Colisor Circular

O projeto para a construção de um colisor de partículas de grande porte segue em boa direção, mas, caso não seja aprovado o financiamento necessário, a China pode ultrapassar a Europa e assumir a liderança mundial na área da física, afirmou Fabiola Gianotti, diretora do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em comunicado divulgado em março de 2025.

Ela destacou que existe uma competição real, especialmente com o país asiático. De acordo com Gianotti, se o projeto do Futuro Colisor Circular (FCC) não avançar, existe um risco significativo de a Europa perder a liderança nas ciências fundamentais, especialmente na física de partículas de alta energia e nas tecnologias associadas.

Acelerador de partículas FCC

O local planejado para a construção do novo acelerador de partículas, na fronteira entre França e Suíça, já está demarcado, e a localização do LHC (Grande Colisor de Hádrons) também pode ser observada ao lado. O LHC, que está em operação em um laboratório subterrâneo entre os dois países, foi responsável por uma importante descoberta em 2012, ao possibilitar a observação do Bóson de Higgs pela primeira vez.

O novo projeto de acelerador de partículas visa ampliar o conhecimento obtido com o LHC e terá um custo estimado de 15 bilhões de euros (R$ 93 bilhões). A expectativa é de que ele comece a operar a partir de 2040.

Para isso, os cientistas planejam a construção de um anel de 90,7 quilômetros de circunferência, a uma profundidade média de 200 metros, conforme informou o Cern após avaliar cerca de cem diferentes possibilidades.

Grande Colisor de Hádrons

O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) é o maior acelerador de partículas do mundo, localizado no CERN, na Suíça. Ele tem a missão de estudar as partículas subatômicas e as forças fundamentais que governam o universo, colidindo átomos de hidrogênio a velocidades próximas à da luz.

Essas colisões geram condições semelhantes às que existiam nos primeiros momentos após o Big Bang, permitindo aos cientistas investigarem fenômenos como a origem da massa e a natureza da matéria escura. Sua importância vai além das descobertas científicas diretas, pois também impulsiona inovações tecnológicas e metodológicas, com impactos em áreas como medicina, computação e engenharia.

Desafios do projeto

A diretora do CERN afirmou que, até o momento, não existem “obstáculos técnicos” para a realização do projeto e incentivou os países a investirem os recursos necessários para dar andamento ao seu desenvolvimento.

No entanto, o alto custo do projeto representa um desafio, pois os Estados-membros do CERN — 23 países europeus e Israel — têm até 2028 para decidir se irão financiar a iniciativa. A Alemanha, maior contribuinte do laboratório, demonstrou suas reservas no ano passado quanto ao valor solicitado.

Breve história do CERN

O CERN foi fundado em 1954 por 12 países europeus com o objetivo de promover a pesquisa científica em física de partículas. Sua criação surgiu como uma resposta ao crescente desejo de colaboração internacional após a Segunda Guerra Mundial e à necessidade de recursos para impulsionar a ciência de ponta.

Inicialmente, o CERN tinha como missão investigar os mistérios da matéria e da estrutura do universo, utilizando aceleradores de partículas. Ao longo das décadas, a organização se expandiu, tanto em termos de infraestrutura quanto de número de países membros, tornando-se um dos maiores centros de pesquisa científica do mundo.

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SpaceX lança primeira missão a orbitar a Terra de polo a polo

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O objetivo do lançamento é realizar uma série de experimentos científicos e oferecer uma nova perspectiva sobre o planeta

A SpaceX realizou no começo de abril o lançamento da missão privada Fram2, que entrou para a história como a primeira a orbitar a Terra de polo a polo. A bordo da cápsula Crew Dragon, quatro astronautas privados decolaram do Centro Espacial Kennedy com o objetivo de realizar uma série de experimentos científicos, que podem oferecer uma nova perspectiva sobre o planeta.

A missão é inovadora porque sua trajetória vai cruzar ao longo de cinco dias diretamente os polos Norte e Sul, uma rota rara para missões espaciais tripuladas. Diferente das órbitas tradicionais, que seguem uma inclinação equatorial, a órbita polar permitirá aos astronautas observarem fenômenos atmosféricos únicos, como a aurora boreal e a aurora austral de pontos privilegiados do espaço.

Avanços científicos da missão

Além disso, os astronautas levarão a bordo 22 experimentos científicos focados em estudar os efeitos da microgravidade no corpo humano e em materiais espaciais. Entre os estudos, destacam-se pesquisas sobre osteoporose induzida pela ausência de gravidade, testes com novos polímeros para revestimentos espaciais e investigações sobre como os fluidos se comportam em ambientes extremos.

O lançamento da Fram2 representa um avanço para a SpaceX, que se consolidou como líder em missões espaciais privadas. Esta é a sexta missão tripulada composta por astronautas privados e a 16ª vez que a cápsula Crew Dragon é utilizada em operações orbitais.

A Crew Dragon, projetada para ser reutilizável, foi desenvolvida originalmente com financiamento da NASA para transportar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), mas agora também permite missões comerciais inovadoras como esta.

Escolha da órbita polar

A escolha de uma órbita polar para a Fram2 abre portas para futuras missões espaciais com objetivos semelhantes. Esse tipo de trajeto poderia ser usado para monitoramento climático mais preciso, uma vez que permite coletar dados de regiões da Terra que são menos acessíveis para satélites em órbitas convencionais.

Historicamente, a última vez que astronautas realizaram uma órbita polar foi em 1969, com a missão secreta do programa espacial soviético Almaz. No entanto, essa missão nunca foi confirmada oficialmente. Dessa forma, a Fram2 pode ser considerada a primeira missão civil privada a realizar esse tipo de trajetória.

A nova missão reforça a ideia de que o futuro da exploração espacial passa cada vez mais pelo setor privado, abrindo caminho para projetos ambiciosos. Caso todos os objetivos sejam cumpridos, essa pode ser uma etapa precursora de outras missões com órbitas polares, preparando novas fronteiras para a exploração espacial.

Qual o futuro do mercado de trabalho com os avanços da IA?

Apesar das melhorias das inteligências artificiais, ações humanas seguem indispensáveis devido às limitações técnicas

A ascensão da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho tem gerado debates intensos sobre o futuro das profissões e a possível substituição de humanos por máquinas.

No entanto, apesar dos avanços significativos, a IA ainda não assumiu o controle dos empregos humanos. Um dos principais motivos é a incapacidade de sistemas como o ChatGPT de realizar múltiplas tarefas simultaneamente, o que ainda protege diversos trabalhadores. ​

Limitações técnicas da IA

A implementação da IA no mercado de trabalho ainda é incipiente. Por exemplo, em funções de atendimento ao cliente, chatbots precisam ser cuidadosamente programados para evitar erros, como fazer ofertas incompatíveis ou ofender clientes.

Empresas especializadas adotam treinamentos rigorosos e limitam as possibilidades de resposta dos chatbots para garantir um desempenho adequado. ​

A importância das habilidades humanas

A inteligência artificial é excelente para executar atividades específicas, mas ela ainda não tem a capacidade igual à do ser humano de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Além disso, a criatividade, empatia e pensamento crítico são habilidades intrinsecamente humanas que a IA ainda não consegue replicar.

Essas soft skills são essenciais em áreas como liderança, estratégia e inovação, onde a visão humana é insubstituível. ​

Transformação das profissões

Apesar dos avanços da IA, muitos especialistas defendem que a automação modificará as profissões em vez de apenas extinguir empregos. A história demonstra que novas tecnologias costumam criar oportunidades de trabalho, mesmo ao substituir funções antigas.

A inteligência artificial é capaz de automatizar tarefas repetitivas e operacionais, liberando os profissionais para se dedicarem a atividades mais estratégicas e criativas. Com seu avanço, o mercado de trabalho tem passado por transformações significativas, aumentando a eficiência das empresas ao automatizar diversas funções, embora isso também tenha reduzido a demanda por algumas ocupações.

Ao mesmo tempo, surgiram novas oportunidades em áreas como desenvolvimento e gestão de IA, análise de dados e cibersegurança. A adaptação tornou-se essencial, exigindo que profissionais adquiram novas habilidades, como pensamento crítico, criatividade e domínio de tecnologias emergentes.

Adaptação e desenvolvimento de novas habilidades

Com a crescente presença da IA, é fundamental que os profissionais busquem desenvolver novas habilidades e se adaptem às mudanças no mercado de trabalho. A educação continuada e a capacitação em áreas complementares à tecnologia serão diferenciais importantes para a empregabilidade no futuro.

Setores como desenvolvimento de algoritmos, ciência de dados e engenharia de machine learning estão em alta, exigindo especialistas para criar, treinar e aprimorar modelos de IA. Além disso, cresceram as demandas por profissionais de ética e governança em inteligência artificial, que garantem o uso responsável da tecnologia.

Outras carreiras surgiram na interseção entre IA e diferentes indústrias, como a automação no marketing, atendimento ao cliente e até na saúde, com diagnósticos assistidos.

Sobre o futuro do trabalho

Profissões ligadas ao desenvolvimento, manutenção e regulamentação da IA estarão em alta, assim como carreiras híbridas que combinam inteligência artificial com áreas como saúde, educação, direito e marketing. A adaptação e a capacitação contínua serão essenciais para os profissionais se manterem relevantes.

Assim, o futuro do trabalho não será sobre competir com a IA, mas sim sobre aprender a utilizá-la como uma aliada para aumentar a produtividade e inovação. Especialistas apontam para uma tendência de maior colaboração entre humanos e máquinas, aproveitando o que cada um tem de melhor a oferecer.

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Estudo revela importância da telemedicina nos atendimentos do SUS

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Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz revela que telemedicina e atendimento presencial têm eficácia equivalente no cuidado de pacientes com diabetes tipo 2

A telemedicina vem se tornando uma ferramenta fundamental no monitoramento de pacientes com doenças crônicas, como o diabetes tipo 2. Em pesquisa recente, conduzida pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, desenvolvida no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), foi comprovado que as teleconsultas têm a mesma eficácia dos atendimentos presenciais no acompanhamento de pacientes com diabetes tipo 2.

O estudo analisou 278 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Joinville, Santa Catarina, com idades entre 54 e 68 anos, sendo 60% do sexo feminino. Os participantes foram distribuídos em dois grupos: um recebeu atendimento por teleconsulta com endocrinologistas, enquanto o outro passou por consultas presenciais.

Após seis meses, os resultados mostraram que ambos os grupos apresentaram melhorias significativas nos níveis de hemoglobina glicada, um indicador crucial para o controle do diabetes, sem diferenças estatísticas relevantes entre os dois métodos de atendimento. ​

Sobre a telemedicina

A telemedicina consiste na oferta de serviços médicos à distância, utilizando tecnologias como videochamadas, aplicativos e plataformas online. Com ela, os pacientes têm a possibilidade de consultar médicos, obter diagnósticos, receber prescrições e monitorar tratamentos, tudo sem precisar se deslocar até uma unidade de saúde.

Esse modelo facilita o acesso à saúde, especialmente para pessoas que vivem em áreas remotas ou têm dificuldades de locomoção. Além disso, a telemedicina contribui para a redução das filas em hospitais e clínicas, tornando o atendimento mais rápido e eficiente.

A telemedicina tem se consolidado como uma importante aliada no atendimento a pacientes críticos. Um exemplo é o Hospital AmericanCor, que anunciou a inauguração de uma nova unidade de Terapia Intensiva equipada com uma plataforma que possibilita consultas em tempo real com especialistas de outras instituições.

Telemedicina X Atendimento presencial

Em um artigo recente da Agência Brasil, a gerente de pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Rosa Lucchetta, destacou que o estudo não afirma que a teleconsulta seja superior ao atendimento presencial, mas reforça sua segurança e eficácia como uma opção viável. Essa conclusão é crucial para expandir o acesso a cuidados especializados, especialmente em regiões com escassez de profissionais de saúde.

A telemedicina já vinha sendo incorporada ao SUS como uma estratégia para reduzir filas e melhorar o acesso a especialistas. Em abril de 2024, o Ministério da Saúde anunciou uma política para ampliar o uso da telessaúde, visando oferecer cuidados integrados e reduzir o tempo de espera por consultas especializadas. ​

Além disso, a legislação tem avançado para regulamentar e expandir o uso da telemedicina no Brasil. Em janeiro de 2023, o Distrito Federal autorizou o atendimento por telemedicina nas redes pública e privada, estabelecendo diretrizes para a capacitação dos profissionais e garantindo a segurança dos pacientes. ​

Heranças da pandemia

A crise sanitária de COVID-19 acelerou a implementação da telemedicina, destacando seu potencial para transformar a prestação de serviços de saúde. Estudos internacionais também têm mostrado que a telessaúde pode aprimorar a qualidade e o acesso aos cuidados médicos, especialmente em regiões remotas.

Em resumo, a teleconsulta se apresenta como uma ferramenta eficaz e segura para o acompanhamento de pacientes com diabetes tipo 2, oferecendo uma alternativa viável ao atendimento presencial e contribuindo para a democratização do acesso à saúde no Brasil.​

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Fonte: Agência Brasil

O CDI pode reduzir a mortalidade em pessoas com insuficiência cardíaca?

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O cardiologista Victor Duque Estrada Zeitune analisa o impacto do uso de cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDI) em pacientes com o distúrbio

Um artigo científico publicado pelo BMC divulgou um estudo realizado em novembro de 2024 com 5.450 pacientes que tinham insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) e estavam em uso da terapia medicamentosa otimizada com as quatro classes de medicações recomendadas pelas diretrizes.

Nesta análise, pessoas que tinham um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) foram comparadas a pacientes sem o dispositivo. O CDI é semelhante a um marca-passo, mas com a capacidade adicional de aplicar choques elétricos ao coração quando detecta ritmos cardíacos perigosos.

O dispositivo monitora constantemente o ritmo cardíaco e, se necessário, pode aplicar estímulos leves para corrigir ritmos anormais ou administrar um choque elétrico (desfibrilação) para restaurar o ritmo normal do coração. O CDI é indicado para pacientes com alto risco de arritmias fatais.

Sobre a fração de ejeção reduzida (ICFER)

A análise também examinou o impacto do CDI na mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, condição em que o coração apresenta dificuldade para bombear o sangue de forma eficiente. A fração de ejeção (FE) representa a porcentagem de sangue que o ventrículo esquerdo ejeta a cada contração em relação ao seu volume total.

O estudo abrangeu pacientes que receberam o CDI tanto para prevenção primária quanto secundária. Esse dispositivo é uma tecnologia importante na cardiologia moderna, desempenhando um papel crucial na prevenção da morte súbita e na melhoria da qualidade de vida de indivíduos com doenças cardíacas graves.

Exemplo de posicionamento do cardioversor-desfibrilador implantável (CDI)

Atualmente, pacientes com ICFER são tratados com uma combinação de quatro classes de medicamentos, que já são comprovadamente eficazes na redução da mortalidade. No entanto, alguns estudos anteriores sugeriram que adicionar um CDI pode trazer benefícios adicionais, especialmente na redução de mortes súbitas.

Métodos e resultados do estudo

Dos 5.450 pacientes avaliados no estudo, 709 tinham dispositivos e estavam em uso de terapia medicamentosa otimizada, sendo 484 com CDI e 225 com ressincronizador, ou cardiodesfibrilador com terapia de ressincronização cardíaca (CDI-TRC), um dispositivo implantável usado para tratar pacientes com insuficiência cardíaca e descompasso na contração dos ventrículos.

No perfil dos pacientes participantes do estudo, aqueles que faziam apenas terapia medicamentosa eram mais velhos e apresentavam maior prevalência de pessoas do sexo feminino. A maioria dos pacientes do grupo CDI tinha histórico de infarto, fibrilação atrial e níveis mais elevados de NT-proBNP, biomarcador utilizado para avaliar a função cardíaca.

Avaliação individual para uso do CDI

Os resultados mostraram uma leve redução na mortalidade para os pacientes com CDI, principalmente em subgrupos específicos, como idosos e aqueles sem fibrilação atrial. Para algumas pessoas com insuficiência cardíaca, o cardioversor-desfibrilador implantável pode reduzir o risco de morte; no entanto, o benefício não é igual para todos, de modo que a decisão de usá-lo deve ser feita caso a caso.

A mortalidade constatada foi de 17,4% no grupo de terapia medicamentosa e 16,3% no grupo CDI. A redução absoluta do risco foi pequena e pode ter ocorrido devido ao número menor de pacientes na amostra. Porém, alguns subgrupos tiveram um benefício maior, o que sugere que a indicação do dispositivo deva ser individualizada e recomendada para os grupos com maior risco.

Por fim, o estudo revelou que o uso do CDI reduz a mortalidade por todas as causas em pacientes com insuficiência cardíaca e ICFER que estão em tratamento otimizado com terapia quádrupla. Além disso, o benefício parece ser mais expressivo em determinados subgrupos, como idosos, pacientes sem fibrilação atrial, aqueles com menor taxa de filtração glomerular e os que fazem uso do medicamento amiodarona.

Especialista consultado 

O médico Victor Duque Estrada Zeitune é um cardiologista natural do Rio de Janeiro com especializações em Cardiologia Clínica e vasta experiência em tratamentos cardíacos. Atuou em cargos de liderança, como diretor hospitalar e chefe de UTI, além de consultor em serviços de emergência.

O especialista também possui formação em Gestão de Saúde Empresarial. Em 2008, recebeu a Medalha Tiradentes da ALERJ por sua dedicação à saúde pública. Atualmente, o Dr. Victor Duque Estrada Zeitune é cidadão e investidor no Reino Unido, onde continua aplicando sua expertise em novos projetos.

Fotos:

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