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Cavalo de elite e patrimônio familiar: Gonçalo Borges Torrealba comenta como a criação equina se torna legado

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A criação de cavalos de elite no Brasil tem atraído atenção como um investimento estratégico de longo prazo, especialmente com a recente abertura da primeira central brasileira de coleta de sêmen equino. A Seleon Biotecnologia, especializada em melhoramento genético bovino, anunciou investimento de R$ 10 milhões para montar uma estrutura capaz de processar sêmen de até 40 garanhões. 

Para Gonçalo Borges Torrealba, especialista em criação equina, esse tipo de empreendimento reforça a importância da reprodução controlada, no fortalecimento genético e na valorização patrimonial. “Essa central representa mais do que inovação: é um mecanismo para perpetuar linhagens de alto valor”, afirma.

O valor simbólico e econômico de um garanhão histórico

O mercado equino nacional também experimentou recordes recentes. No leilão Elite Ouro Preto, o garanhão Esteio de Três Corações, da raça Mangalarga Marchador, foi avaliado em R$ 102 milhões. 

Parte dessa negociação ocorreu por meio da venda de 2,5% das cotas do animal, que foram adquiridas por R$ 2,55 milhões. Além disso, embriões do animal representaram mais de R$ 8 milhões em vendas, segundo os organizadores do leilão. 

Gonçalo ressalta que esse tipo de negociação, de frações de propriedade, transforma o garanhão em ativo financeiro e reprodutivo: “Ao investir em cotas de um animal consagrado, quem participa garante participação nos lucros da reprodução, além de potencial valorização futura.”

Criação como legado familiar 

Para Torrealba, mais do que negócios, a criação de cavalos de elite pode se tornar parte de um legado familiar. “Você não está comprando apenas um animal, está investindo em genética, em história, em continuidade. É um patrimônio que pode passar de geração em geração.”

Ele argumenta que a combinação de tradição e tecnologia, como a central de sêmen, é capaz de sustentar linhagens raras com rigor sanitário e controle genético, o que valoriza tanto o animal quanto a propriedade.

Mercado equino: dimensão econômica e social

A pecuária equina no Brasil tem relevância econômica significativa. Estimativas indicam que o setor movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano, empregando mais de 3 milhões de pessoas direta ou indiretamente. 

Além disso, raças como o Mangalarga Marchador são centrais para esse mercado: a ABCCMM registra mais de 700 mil animais dessa raça, segundo reportagens sobre leilões recentes. 

Gonçalo observa que, para muitas famílias que criam cavalos, a atividade não é apenas comercial, mas também social: “Há uma forte ligação entre apaixonados pela raça e a ideia de construir algo que perdure, seja para competição, reprodução ou para manter uma linhagem.”

Desafios e riscos no longo prazo

Apesar das oportunidades, a criação de cavalos de elite também envolve riscos. O alto custo de infraestrutura, a necessidade de manejo especializado e os riscos sanitários são barreiras para parte dos criadores.

A sustentabilidade desse legado depende de estratégias bem planejadas: “Se a criação não for vista como patrimônio, mas apenas como negócio de curto prazo, corre-se o risco de diluir valor genético. Manter um haras significa compromisso técnico, financeiro e emocional.”

Perspectivas para as próximas gerações

O especialista acredita que o futuro da criação equina no Brasil será marcado pela profissionalização e pela consolidação de ativos genéticos como parte de patrimônio familiar. Ele prevê que mais criadores adotarão modelos como o de cotas de propriedades reprodutivas, reforçando o vínculo entre linhagem, investimento e legado.

“Vejo um movimento crescente: famílias que entendem que não basta apenas competir, é preciso preservar. E a genética, junto com a tecnologia, será a base desse patrimônio para as próximas décadas.”

Sobre Gonçalo Borges Torrealba

Gonçalo Borges Torrealba, empresário e advogado carioca formado pela UERJ, iniciou a carreira no setor financeiro, com passagens pela Boreal Corretora, Banco Boreal e Libra Terminal Rio. Sua atuação no turfe ganhou força à frente do Haras TNT, onde, por mais de duas décadas, destacou-se na criação de puro-sangue e na formação de ganhadores de provas importantes na América Latina.

Em 2013, adquiriu a Three Chimneys Farm, tradicional propriedade de Kentucky dedicada à criação de puro-sangue inglês. Sob sua liderança, a fazenda consolidou-se como referência global, impulsionada por garanhões de elite, como Gun Runner, cuja performance nas pistas e como reprodutor elevou a Three Chimneys a resultados recordes. Combinando tradição e gestão estratégica, Torrealba segue comprometido em fortalecer o legado e o futuro da criação e das corridas de cavalos.

Imagem: Freepik

5G avançado e redes privadas: o que vai mudar para a indústria brasileira nos próximos dois anos

O avanço do 5G avançado (5G Standalone) e a popularização das redes privadas devem transformar profundamente a indústria brasileira entre 2025 e 2026. Segundo o relatório Ericsson Mobility Report 2024, o tráfego global de dados móveis deve crescer mais de 20% ao ano até 2030, impulsionado principalmente por aplicações industriais de alta demanda. Já a GSMA prevê que as conexões 5G na América Latina vão quadruplicar até 2026, acompanhando a adoção de IoT massiva e automação de baixa latência.

Nesse cenário, as redes privadas 5G — ambientes dedicados, ultraestáveis e altamente seguros — surgem como a peça central da Indústria 4.0, permitindo desde veículos autônomos em fábricas até sensores avançados no agronegócio.

Redes privadas: por que são diferentes e decisivas para operações críticas

Ao contrário das redes públicas, compartilhadas por milhares de usuários, as redes privadas 5G oferecem:

  • Velocidade até 10 vezes maior, com banda dedicada.
  • Latência abaixo de 10 ms, essencial para robôs, drones e sistemas de operação remota.
  • Segurança reforçada, com criptografia fim a fim e isolamento da infraestrutura.
  • Confiabilidade acima de 99,99%, vital para fábricas, plantas petroquímicas e mineração.

Um estudo da Deloitte aponta que empresas que adotam 5G privado no setor industrial podem registrar ganhos de produtividade entre 20% e 30%, além de redução de até 40% no tempo de inatividade operacional.

Setores que devem liderar a adoção até 2026

Relatórios de GSMA, IDC e ABI Research apontam que os setores brasileiros com maior propensão a investir em 5G privado são:

  • Indústria de manufatura, com robôs colaborativos, AGVs e linhas de montagem integradas.
  • Mineração, onde há demanda por operação remota em áreas de risco.
  • Logística, com rastreamento avançado e pátios inteligentes.
  • Agronegócio, que já testa drones autônomos, sensores 24/7 e monitoramento de solo e clima.
  • Saúde, com aplicações críticas como telecirurgia e monitoramento em tempo real.

Desafios e oportunidades para o Brasil

Apesar da expansão, especialistas apontam desafios como custo inicial, falta de mão de obra qualificada e maturidade na integração entre TI e OT (tecnologia operacional). Porém, a própria Anatel prevê avanço rápido: até o fim de 2026, mais de 300 projetos de redes privadas devem estar ativos no país, entre pilotos, fases intermediárias e operações completas.

Ainda assim, o impacto econômico pode ser gigantesco. Estimativas da McKinsey indicam que a Indústria 4.0 pode adicionar até US$ 1 trilhão à economia global ao ano a partir de 2030 — e o 5G privado é um dos pilares desse crescimento.

Setor de tecnologia deve encerrar 2025 com recorde de US$ 75 bilhões, aponta BofA

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As ações de tecnologia devem fechar 2025 com um fluxo recorde de US$ 75 bilhões, segundo a nota semanal divulgada pelo Bank of America (BofA) nesta sexta-feira. O relatório indica que, mesmo diante de preocupações sobre avaliações consideradas elevadas, os investidores continuam direcionando recursos ao setor, reforçando o apetite por ativos ligados à inovação.

O movimento ocorre após um ano marcado por altas expressivas, sobretudo até o fim de outubro, quando o Nasdaq — principal índice do segmento — acumulou cerca de 14% de valorização e renovou máximas históricas. Desde então, porém, o cenário mudou, com a renda variável enfrentando correções e uma onda mais forte de aversão ao risco.

Nasdaq devolve parte dos ganhos após bater recordes

A maior parte do desempenho positivo das ações de tecnologia se concentrou ao longo dos dez primeiros meses do ano. Nesse período, papéis de empresas de software, semicondutores, serviços digitais e inteligência artificial impulsionaram o Nasdaq, que registrou avanços constantes até atingir novo recorde no final de outubro.

Após esse pico, o índice iniciou uma fase de queda. Na quinta-feira, o recuo acumulado chegou a 2%, refletindo o aumento da cautela entre investidores. A realização de lucros após a sequência de altas, somada às dúvidas sobre o ritmo de crescimento das big techs, influenciou o movimento.

Apesar dessa virada negativa no curto prazo, os fluxos consolidados de investimento mostram que o interesse estrutural pelo setor permanece sólido. Segundo o BofA, somente na semana encerrada na quarta-feira, fundos ligados à tecnologia receberam US$ 4,4 bilhões.

Setor continua atraindo recursos mesmo durante a volatilidade

De acordo com o BofA, o volume semanal reforça uma tendência observada ao longo de todo o ano: os investidores seguem apostando na resiliência das empresas de tecnologia. Mesmo com revisões de projeções e debates sobre valuations considerados elevados para alguns segmentos, os aportes não perderam força.

A leitura do banco é que o deslocamento de capital para companhias tech permanece um dos principais motores do mercado global. Enquanto outros setores alternam entre entradas e saídas de recursos, a tecnologia mantém um fluxo consistente — e, caso o ritmo continue, deve alcançar o recorde de US$ 75 bilhões em 2025.

Esse resultado, de acordo com a instituição, reflete tanto o interesse por modelos de negócios de alta escala quanto a busca por empresas associadas a inovação, aumento de produtividade e novas fronteiras digitais. Ainda assim, o relatório não traz projeções adicionais nem comenta possíveis cenários para o desempenho dos papéis no próximo ano.

Criptomoedas têm forte saída semanal

Enquanto as ações de tecnologia seguem recebendo aportes, o movimento nos fundos de criptomoedas é o oposto. A nota do BofA indica que, na mesma semana que registrou US$ 4,4 bilhões de entrada no setor de tecnologia, houve saída de US$ 2,2 bilhões dos fundos de cripto, a segunda maior já observada.

O segmento foi fortemente impactado pela recente fuga de risco no mercado global. Na sexta-feira, tanto o bitcoin quanto o ether recuaram para os menores níveis em vários meses, acompanhando a aversão ao risco que pressionou ativos considerados mais voláteis. O relatório não detalha perspectivas para o setor, mas aponta a intensidade da saída como sinal do momento mais desafiador para as criptomoedas.

Investidores migram para Treasuries em busca de segurança

Além dos movimentos em tecnologia e criptomoedas, o balanço semanal do BofA destaca mudanças importantes no mercado de renda fixa. Os Treasuries — títulos do Tesouro dos Estados Unidos — registraram entrada de US$ 8,8 bilhões, o maior volume desde abril.

Segundo o banco, o fluxo robusto foi impulsionado por um ambiente de maior cautela após eventos associados às tarifas anunciadas durante o Dia da Libertação pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que provocaram instabilidades nos mercados globais naquele período.

A procura elevada por Treasuries é interpretada como um movimento típico de investidores em momentos de volatilidade, quando ativos considerados mais seguros passam a oferecer refúgio diante das incertezas em bolsa e em mercados alternativos.

Fluxos globais revelam maior sensibilidade ao risco

A combinação dos dados apresentados pelo BofA na sua análise semanal mostra que o mercado atravessa uma fase de reajustes, com intensificação da busca por proteção e seleção mais criteriosa de ativos. A permanência das entradas em tecnologia indica que o setor continua sendo visto como motor de crescimento, mesmo diante das quedas recentes. Já as criptomoedas, por sua natureza volátil, têm sofrido mais intensamente com a reversão do apetite ao risco.

O aumento da alocação em Treasuries reforça esse cenário. Em linhas gerais, os fluxos apontam que investidores estão redistribuindo recursos para equilibrar exposição, proteger portfólios e manter apostas estratégicas em segmentos considerados de maior potencial no médio prazo.

Fonte: Terra
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São Paulo oferta 1,2 milhão de vagas gratuitas em cursos de Inteligência Artificial

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O Governo de São Paulo está ampliando o acesso à qualificação tecnológica com a abertura de 1,2 milhão de vagas gratuitas em cursos de Inteligência Artificial e tecnologia. A iniciativa, ofertada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), integra a Jornada da TecnologIA, trilha formativa disponível no Portal Trampolim. As inscrições vão até domingo (23) e contemplam oportunidades para moradores de todas as regiões do estado.

Construído para atender tanto iniciantes quanto pessoas com conhecimento intermediário, o programa combina formação teórica, conteúdos práticos e conexão direta com empregadores parceiros. O percurso é estruturado em três etapas, com cursos remotos e certificação ao final de cada módulo.

Primeira etapa: StartSe abre 1 milhão de vagas introdutórias

A primeira fase da Jornada da TecnologIA apresenta o curso “IA para Todos”, oferecido pela StartSe, com 1 milhão de vagas. Voltado ao público geral, o conteúdo aborda conceitos essenciais da Inteligência Artificial, funcionamento de modelos, aplicações cotidianas e tendências de mercado.

A formação tem carga horária de 4 horas, é totalmente remota e disponibilizada de imediato após a inscrição. A proposta é preparar os estudantes para avançar às etapas seguintes, que exigem maior compreensão técnica.

Segunda etapa: Salesforce disponibiliza 250 mil vagas em agentes de IA

O segundo módulo é focado no desenvolvimento de agentes de IA e tecnologias relacionadas ao uso de dados. Em parceria com a Salesforce, a trilha oferece 250 mil vagas para o curso com conteúdos de Ciência de Dados, Business Intelligence, Ética e Governança.

Com 15 horas e 38 minutos de duração, o curso também é remoto e liberado imediatamente. A formação aprofunda o entendimento sobre como sistemas inteligentes são construídos, como decisões automatizadas são estruturadas e como boas práticas éticas devem orientar esse processo.

Terceira etapa: Qualifica SP oferece formação prática

A última etapa da trilha é dedicada à prática profissional. São 120 vagas presenciais oferecidas pelo programa Qualifica SP, com foco em empregabilidade e formação técnica guiada por instrutores. A previsão de início das aulas é 1º de dezembro.

Essa etapa se divide em dois eixos:

Meu Primeiro Emprego (16 a 24 anos)

Desenvolvimento de Chatbots (30 vagas)

IoT – Internet das Coisas (30 vagas)

Novo Emprego (25 a 59 anos)

Introdução à Cibersegurança (30 vagas)

Computação em Nuvem (30 vagas)

Com 80 horas de duração, essa etapa complementa os conhecimentos das fases anteriores e prepara os participantes para processos seletivos no setor de tecnologia.

Trilha completa garante acesso a ação de empregabilidade

Ao concluir as três etapas, que juntas somam cerca de 100 horas de capacitação, os estudantes são convidados a participar de uma ação de empregabilidade organizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

O objetivo é conectar os formandos diretamente a empresas de tecnologia parceiras, que buscam profissionais qualificados em Inteligência Artificial, análise de dados, automação e áreas correlatas. A integração entre capacitação e mercado de trabalho é um dos pilares centrais da Jornada da TecnologIA.

Como se inscrever na Jornada da TecnologIA

O processo de inscrição é simples e totalmente digital. Para participar, basta:

Acessar o Portal Trampolim e selecionar a área “Jornadas de Qualificação”.

Clicar em “Saiba mais” na trilha da TecnologIA.

O estudante será direcionado ao Portal Qualifica, onde encontrará detalhes sobre cada curso, além das orientações para cadastro e escolha da modalidade desejada.

Podem participar candidatos alfabetizados, residentes no estado de São Paulo e com idade compatível com a etapa escolhida — seja o eixo jovem, seja o voltado para adultos em busca de reinserção no mercado de trabalho.

Formação em IA cresce como demanda profissional

A ampliação da oferta de vagas vem em um momento de alta demanda por profissionais capacitados em Inteligência Artificial, automação, segurança da informação e análise de dados. Empresas de diferentes segmentos têm buscado trabalhadores com domínio de ferramentas digitais e capacidade de atuar em ambientes tecnológicos dinâmicos.

Ao disponibilizar cursos de curta duração, trilhas progressivas e certificação, o Governo de São Paulo aposta em ampliar o acesso à educação tecnológica e reduzir barreiras de entrada em setores emergentes. A Jornada da TecnologIA integra esse movimento, oferecendo aprendizagem acessível e oportunidades reais de emprego.


Fonte: Agência São Paulo
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Tecnologia em Transformação: como a IA deve moldar salários, carreiras e competências até 2026

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O setor de tecnologia sempre foi protagonista das grandes disrupções recentes. Agora, essa mesma área passa por uma mudança tão ou mais intensa do que as que provocou no mundo corporativo. A inteligência artificial, segundo o Guia Salarial da Robert Half divulgado pela Você S/A, deixou de ser tendência para se tornar eixo central da operação e da estratégia das empresas.

No momento atual, a demanda por soluções de IA é crescente e irreversível. Até que novas tecnologias surjam, tudo indica que a inteligência artificial continuará sendo o assunto dominante — e o principal motor de contratação — dentro do universo tech.

Em consequência, profissionais de tecnologia não têm alternativa: precisam dominar IA para se manter competitivos. As posições mais promissoras do setor, hoje, estão direta ou indiretamente conectadas ao uso e ao desenvolvimento de inteligência artificial.

Mas isso não significa que o mercado se resume à IA. A digitalização acelerada abre oportunidades em outros segmentos igualmente relevantes, exigindo atenção a movimentos paralelos e à ampliação de repertório técnico.

Educação: um campo em ascensão alimentado por tecnologia

Entre os setores que mais crescem na contratação de talentos está a educação — movimento impulsionado por transformações estruturais nos últimos anos, especialmente desde a pandemia. De acordo com os dados citados pela Robert Half, em 2024, 50,7% das matrículas em cursos de graduação no Brasil foram feitas no formato EaD.

Esse salto do ensino a distância amplia o acesso ao ensino superior, mas também cria uma vasta demanda por infraestrutura digital. Plataformas de aula ao vivo, ambientes virtuais robustos e sistemas automatizados dependem de equipes especializadas.

A gerente de recrutamento da Robert Half, Elisa Jardim, explica que o EaD é “100% tecnologia” e só funciona com arquitetura sólida, estabilidade de rede e segurança reforçada. Isso exige profissionais qualificados em desenvolvimento, arquitetura de sistemas e cibersegurança para manter operações estáveis e escaláveis.

Finanças e cibersegurança: mercados que seguem acelerando

Outro destaque do Guia Salarial é o setor financeiro. O Brasil tem um ecossistema vibrante de fintechs, e o número dessas empresas cresceu 77% desde 2020. A projeção para 2030 é de aproximadamente 3 mil fintechs ativas no país, consolidando o Brasil como líder latino-americano no segmento.

Com isso, a procura por especialistas em tecnologia continua avançando. Ambientes altamente regulados e com grande volume de transações exigem soluções robustas — do back-end ao front-end, passando por ciência de dados e sistemas antifraude.

Já a cibersegurança aparece como uma das áreas mais críticas e carentes de mão de obra. A especialista da Robert Half, Viviane Sampaio, destaca que o ritmo das ameaças digitais é tão rápido que profissionais precisam estudar continuamente para acompanhar novas vulnerabilidades. A demanda é muito maior do que a oferta de talentos preparados, o que torna a carreira promissora e bem remunerada.

IA e comportamento: o novo perfil do profissional de tecnologia

Não há como debater o futuro do trabalho em tecnologia sem falar da inteligência artificial. O impacto vai além das competências técnicas: modifica também o papel do profissional dentro da empresa.

Segundo Sampaio, quem trabalha com IA precisa entender como utilizar a ferramenta para otimizar processos, e não apenas executá-los. Isso desloca o foco das funções operacionais para posturas mais estratégicas, que envolvem análise crítica, autonomia e capacidade de resolução de problemas.

O profissional que antes era valorizado pela execução passa a ser reconhecido pela capacidade de direcionar, pensar soluções e usar a IA como amplificadora de desempenho.

A corrida por especialistas em IA

A inteligência artificial é também uma das áreas que mais oferece oportunidades e salários elevados. Como o campo começou a ganhar tração há poucos anos, praticamente não existem seniors tradicionais. Profissionais que migraram para IA há três anos — vindos majoritariamente de Python e análise de dados — já são considerados especialistas.

Essa escassez leva empresas a oferecer pacotes agressivos para contratar e reter talentos, ampliando a faixa salarial.

Para quem deseja ingressar na área, os conhecimentos fundamentais citados no Guia Salarial incluem:

  • Programação em Python
  • Análise e engenharia de dados
  • Ferramentas de machine learning
  • Conceitos de big data

A formação continuada e a participação em projetos práticos tornam-se diferenciais decisivos.

Panorama de contratações segundo o Guia Salarial Robert Half

Setores que mais contratam talentos de tecnologia

  • Educação
  • Indústria
  • Mercado financeiro
  • Óleo e gás
  • Startups

Áreas funcionais com maior demanda:

  • Segurança da informação
  • Redes
  • Infraestrutura
  • Desenvolvimento de software e aplicações

Cargos mais procurados:

  • Analista de Segurança da Informação
  • Analista de Sistemas
  • Arquiteto(a) de Software
  • Desenvolvedor(a)
  • Gerente de Produto

Habilidades técnicas mais escassas e valorizadas

  • Cloud
  • Data Science e gestão de bancos de dados
  • Administração de redes
  • Desenvolvimento de software

Competências que garantem salários acima da média

  • Segurança da Informação e Gestão de Riscos
  • Desenvolvimento de Software
  • Inteligência de Mercado
  • Cloud Computing

Habilidades que os profissionais querem aperfeiçoar:

  • Desenvolvimento de software com IA
  • Plataformas de nuvem
  • IA generativa
  • Linguagens de programação 

Fonte: Você S/A
Foto: https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-jovem-asiatico-usando-fone-de-ouvido-de-oculos-vestivel-virtual-reuniao-on-line-espaco-digital-trabalhando-com-dimensao-3d-aumentada-em-homecyber-virtual-trabalhando-com-oculos-vr-virtual-e-dispositivo-de-desktop-pc_26586305.htm

Transplante capilar de última geração: Dr. Stanley Bessa revela como os novos métodos garantem resultados cada vez mais naturais

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Com mais de 25 anos de experiência, dermatologista explica como técnicas modernas, como o long hair e o non shaving capilar, elevam o padrão do transplante capilar

A busca por soluções eficazes contra a calvície tem crescido no Brasil e no mundo. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar (ISHRS) indicam que, nos últimos dez anos, o número de transplantes capilares aumentou mais de 60%, impulsionado pelos avanços tecnológicos e pelo desejo de resultados cada vez mais discretos.

O dermatologista Dr. Stanley Bessa, referência em cirurgia dermatológica e transplante capilar, explica que as técnicas atuais revolucionaram a forma como os procedimentos são realizados. “Hoje, conseguimos oferecer resultados que se confundem com a natureza dos fios originais do paciente. A ideia é que ninguém perceba que houve transplante, apenas que a pessoa recuperou sua densidade capilar”, afirma.

FUE: a técnica que mudou o padrão do transplante capilar

Uma das principais evoluções é o método FUE (Follicular Unit Extraction), que substituiu procedimentos mais invasivos. Nesse método, as unidades foliculares são retiradas individualmente da área doadora, geralmente a parte posterior da cabeça, e implantadas nas regiões com menor densidade de cabelo.

“Diferente das técnicas antigas, que deixavam cicatrizes lineares, o FUE garante uma recuperação mais rápida e praticamente imperceptível. O paciente retorna às suas atividades habituais em poucos dias, com um resultado mais natural”, explica Dr. Stanley.

De acordo com a ISHRS, cerca de 67% dos transplantes realizados no mundo já utilizam o FUE, confirmando sua popularidade e eficácia.

Microimplantes e a busca pelo detalhe perfeito

Além do FUE, os microimplantes capilares são outra inovação que tem elevado o padrão dos procedimentos. Essa técnica consiste em inserir fios em microincisões planejadas milimetricamente, respeitando a direção e o ângulo do cabelo original.

“O segredo está no detalhe. A naturalidade do transplante depende da precisão no posicionamento de cada fio. Hoje temos instrumentos que permitem uma inserção delicada, sem danificar os folículos, e isso garante um resultado muito próximo do natural”, destaca o especialista.

Novidades que não param de surgir

Os avanços em transplante capilar também chegaram a áreas mais específicas e a procedimentos que preservam a estética do paciente durante a recuperação. Entre eles, destacam-se três métodos cada vez mais procurados: o transplante de sobrancelha, o long hair transplant e o no shaving FUE.

Essas técnicas ampliaram as possibilidades de quem busca resultados naturais sem abrir mão do conforto estético. “Hoje conseguimos oferecer alternativas que respeitam a individualidade de cada paciente, seja para corrigir falhas nas sobrancelhas, seja para realizar o transplante sem a necessidade de raspar o cabelo. A ideia é que o paciente se sinta bem desde o primeiro momento”, explica.

Transplante de sobrancelha

Muito procurado por pacientes que perderam densidade na região devido a traumas, excesso de depilação ou simplesmente por características genéticas, o transplante de sobrancelha exige extremo cuidado técnico.

“O trabalho é artesanal. Cada folículo precisa ser implantado no ângulo e na direção corretos, respeitando o desenho natural da sobrancelha. Isso garante harmonia facial e naturalidade no olhar”, observa o dermatologista.

Long Hair Transplant

O Long Hair Transplant, uma derivação da técnica FUE, consiste em implantar fios já longos, em vez de cortados, o que permite visualizar de imediato como será o resultado final.

“Esse método tem um impacto emocional muito positivo. O paciente deixa o consultório já percebendo a mudança, sem precisar esperar meses para ver o cabelo crescer”, destaca.

No Shaving FUE

Já o No Shaving FUE se tornou uma das alternativas mais buscadas por quem deseja discrição. Nesse procedimento, não é necessário raspar toda a cabeça, apenas pequenas áreas estratégicas da região doadora, que ficam ocultas entre os fios existentes.

“Muitos pacientes têm receio de raspar o cabelo por questões estéticas ou profissionais. O No Shaving permite que o transplante seja realizado sem alterar a aparência no dia a dia”, explica o especialista.

Com essas técnicas, o transplante capilar amplia seu alcance, oferecendo soluções personalizadas e ainda mais alinhadas às expectativas estéticas dos pacientes.

Quem pode se beneficiar do transplante capilar?

De acordo com o dermatologista, homens e mulheres com alopecia androgenética (calvície hereditária) são os principais candidatos. Mas outras situações também podem ser tratadas com transplante, como falhas causadas por traumas, queimaduras, cicatrizes ou até mesmo excesso de procedimentos estéticos mal realizados.

“É fundamental uma avaliação médica criteriosa, porque nem todos os tipos de queda de cabelo são candidatos ao transplante. Em alguns casos, é necessário tratar primeiro a causa da perda capilar para só depois pensar no procedimento cirúrgico”, ressalta.

O preparo e a recuperação

Antes do transplante, o paciente passa por uma bateria de exames clínicos e laboratoriais. O objetivo é garantir que a saúde geral esteja adequada para o procedimento.

A cirurgia é realizada com anestesia local e pode durar de 4 a 8 horas, dependendo da área a ser preenchida. Após o procedimento, recomenda-se repouso relativo e cuidados específicos, como evitar exposição solar e traumas na região.

“A recuperação é cada vez mais tranquila. Em uma semana, o paciente já pode retomar boa parte das atividades, e os fios começam a crescer gradualmente a partir do terceiro mês. O resultado final costuma ser visível entre 9 e 12 meses”, explica o médico.

Impacto na autoestima

O impacto do transplante capilar vai além da estética. Segundo pesquisa da American Academy of Dermatology, mais de 80% dos pacientes relatam melhora significativa na autoestima e na qualidade de vida após o procedimento.

“O cabelo está diretamente ligado à identidade e à autoconfiança. Quando conseguimos devolver essa característica ao paciente, não estamos apenas tratando uma questão física, mas também fortalecendo o emocional”, ressalta.

Cuidados pós-transplante

Para garantir resultados duradouros, é essencial adotar uma rotina de cuidados. Entre as orientações mais comuns estão:

  1. Seguir rigorosamente as recomendações médicas.
  2. Evitar esforço físico intenso nas primeiras semanas.
  3. Manter uma alimentação balanceada, rica em proteínas e vitaminas.
  4. Utilizar os medicamentos tópicos ou orais prescritos.
  5. Realizar acompanhamento médico regular.

“O transplante é apenas uma etapa. O paciente precisa entender que manter a saúde dos fios exige disciplina e acompanhamento contínuo”, orienta o especialista.

Futuro dos transplantes capilares

Com a constante evolução tecnológica, novas técnicas continuarão sendo lançadas. Estudos em andamento investigam, por exemplo, o uso de células-tronco e bioengenharia capilar, que prometem ampliar ainda mais as possibilidades de tratamento.

“Estamos vivendo uma era de transformações na dermatologia capilar. O futuro aponta para métodos menos invasivos, mais rápidos e ainda mais naturais. O paciente pode esperar resultados cada vez melhores”.

Sobre o Dr. Stanley Bessa

Dr. Stanley Bessa (CRM 35165 / RQE 33407) é dermatologista com mais de 25 anos de experiência, especialista em cirurgia dermatológica e transplante capilar. É formado pela UFMG e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), possui diversas pós-graduações nas áreas de Alergia, Imunologia, Estética e Cirurgia Dermatológica.

Atua como sócio da Neofolic e parceiro do Instituto Brasileiro de Medicina Capilar (IBRAMEC), onde também ministra cursos para médicos. Hoje, divide sua atuação entre Minas Gerais e Brasília, consolidando-se como referência nacional em transplante capilar e dermatologia estética.

Foto: https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-adulto-com-problemas-de-calvicie_19966385.htm

AmericanCor inaugura novo Centro de Terapia Intensiva no Rio de Janeiro

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Com foco em casos de alta complexidade, o CTI do Hospital conta com uma estrutura moderna e amplia a capacidade de atendimento aos pacientes graves

O Hospital AmericanCor inaugurou na última semana seu novo Centro de Terapia Intensiva (CTI), projetado para ampliar a capacidade de atendimento a pacientes em estado crítico e oferecer cuidado especializado com tecnologia de ponta e equipe multidisciplinar.

A nova estrutura reforça a atuação do Hospital como referência no atendimento de alta complexidade no Rio de Janeiro.

O que é um CTI?

O CTI é uma área destinada ao tratamento de pacientes com condições clínicas graves, que exigem monitoramento contínuo, intervenções rápidas e suporte avançado à vida. O ambiente é altamente controlado e oferece recursos para estabilizar quadros instáveis e tratar complicações severas.

Esses centros costumam ser equipados com monitoramento vital em tempo real, ventiladores mecânicos inteligentes, bombas de infusão computadorizadas e um sistema integrado de telemedicina, que permite a comunicação imediata com especialistas à distância.

Equipe multidisciplinar especializada

A assistência intensiva é prestada por uma equipe formada por médicos intensivistas, enfermeiros especializados, fisioterapeutas respiratórios, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos clínicos e outros profissionais da saúde. Todos são preparados para atuar em situações críticas, garantindo um cuidado integral e centrado no paciente.

O CTI recebe pacientes com doenças graves ou instáveis, tais como: infarto agudo do miocárdio, AVC, insuficiência respiratória, sepse, politraumatismos e complicações cirúrgicas de alta complexidade. O encaminhamento é feito com base na necessidade de suporte avançado à vida e de vigilância intensiva.

UTI e UTI Móvel 24h complementam o atendimento

Além do novo CTI, o AmericanCor dispõe de uma Unidade de Terapia Intensiva Móvel (UTI Móvel) voltada aos atendimentos eletivo e emergencial. A UTI Móvel inclui ventiladores mecânicos modernos, monitores cardíacos de última geração e bombas de infusão, todos operados  por uma equipe altamente especializada.

O Hospital também oferece o serviço de UTI Móvel 24 horas, que garante agilidade e segurança no transporte de pacientes críticos, seja em situações de urgência ou em remoções programadas.

Panorama da Terapia Intensiva no Brasil

O Brasil possui um sistema de Terapia Intensiva em constante evolução, tanto na rede  privada quanto na pública. Segundo dados de 2025 da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), mais de 300 hospitais foram reconhecidos com o selo UTI Top Performer, que avalia o desempenho clínico e a excelência na gestão dos leitos.

A maioria dessas instituições premiadas pertence à rede privada, evidenciando o protagonismo dos hospitais particulares no investimento em tecnologia, na capacitação de equipes e em protocolos clínicos rigorosos.

Também foi observado um avanço significativo nas UTIs públicas, com o crescimento no número de unidades que atingem os critérios de excelência definidos pela AMIB. Esse reconhecimento reforça a importância da avaliação contínua de desempenho como ferramenta essencial para elevar o padrão da assistência intensiva em todo o país.

No Rio de Janeiro, a rede privada concentra cerca de 75% dos leitos de UTI disponíveis na capital. Estima-se que existam mais de vinte hospitais particulares na cidade com unidades de terapia intensiva estruturadas — entre eles, o AmericanCor, reconhecido pela qualidade no atendimento intensivo.

Referência em Terapia Intensiva

O Hospital AmericanCor está localizado em um bairro estratégico do Rio de Janeiro e oferece atendimento médico em diversas especialidades clínicas e cirúrgicas. O cuidado humanizado é um dos pilares da instituição, que se estende desde o acolhimento na recepção até o acompanhamento pós-internação.

Entre as especialidades clínicas, o Hospital oferece atendimentos em cardiologia, neurologia, gastroenterologia, clínica médica, terapia intensiva e radiologia. No campo cirúrgico, realiza procedimentos de cirurgia geral, neurocirurgia, urologia, cirurgia cardíaca, cirurgia vascular, cirurgia plástica, cirurgia de cabeça e pescoço, ortopedia, coloproctologia e cirurgia buco-maxilo-facial.

Desde sua fundação, o AmericanCor adota práticas de CTI humanizado, com foco no bem-estar emocional e psicológico dos pacientes e seus familiares. A instituição valoriza o acolhimento, permite a presença contínua dos familiares e oferece suporte psicológico especializado.

Um dos diferenciais do Hospital é o acompanhamento na fase de recuperação pós-CTI, com a coleta de feedbacks diários que contribuem para a melhoria contínua dos processos assistenciais.

Foto: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medico-de-vista-lateral-usando-estetoscopio_30555237.htm

“Empreender é sobre propósito, não só lucro”: uma conversa com Michele Bouvier Sollack

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No universo do empreendedorismo feminino no Brasil, o nome Michele Bouvier Sollack se destaca pela forma única de unir estratégia e essência. CEO e fundadora do C7Grupo Educação & Saúde, ela construiu um ecossistema que vai muito além de ensinar a criar negócios: ajuda mulheres a conquistarem saúde financeira sem abrir mão de equilíbrio, família e propósito. Com uma trajetória que começou ainda na infância e hoje inspira centenas de empreendedoras, Michele lança o livro Rica de Propósito, uma obra que traduz sua metodologia em um guia acessível para transformar inseguranças em ação e lucros consistentes. O livro está em fase de pré-venda e promete ser um sucesso.

Nossa equipe de reportagem bateu um papo com Michele, que relembra com clareza a primeira vez que sentiu o gosto do empreendedorismo: aos 10 anos, vendendo coxinhas na porta de um banco. “Naquele momento, eu não pensava em ‘ser empreendedora’, mas percebi que podia transformar esforço em resultado. Aprendi o valor da disciplina, da persistência e do contato com as pessoas. Mais do que ganhar dinheiro, percebi que havia algo poderoso em criar algo meu, com propósito”, conta. Esse início, aparentemente modesto, foi a semente que mais tarde daria origem a uma carreira focada em transformar ideias em oportunidades reais, sempre com impacto humano e social.

Do sonho ao C7Grupo Educação & Saúde

Quando decidiu criar o C7Grupo, Michele tinha em mente um objetivo claro: oferecer às mulheres empreendedoras o suporte estratégico que ela própria sentiu faltar em sua trajetória. “Muitas mulheres são extremamente competentes, mas acabam presas em ciclos de exaustão e baixa rentabilidade. Eu quis criar um ecossistema que unisse ciência comportamental, teoria de gestão e estratégias aplicadas por grandes empresas, mas com um olhar humano e empático.”

Hoje, o C7Grupo ajuda empreendedoras a estruturarem, posicionarem e escalarem seus negócios, sempre respeitando o equilíbrio de vida. Para Michele, esse é um pilar inegociável: negócios sólidos precisam refletir quem a pessoa é, não apenas gerar números no balanço.

Propósito e impacto social

Essa visão se estende ao OC7Instituto, braço social do grupo, que capta recursos para apoiar ONGs com foco em cursos e capacitação para mulheres e jovens adultos em situação de vulnerabilidade. “O empreendedorismo não pode ser apenas sobre sucesso individual; ele também é uma ferramenta poderosa para transformar realidades e criar oportunidades para quem mais precisa”, afirma.

Por que propósito vem antes do lucro

Para Michele, “empreender é sobre propósito, não só lucro” não é apenas uma frase inspiradora. É uma filosofia de negócios. Ela explica que o lucro é essencial para manter a viabilidade, mas quando é o único objetivo, o risco de desgaste é alto. “O propósito é o que mantém a chama acesa. Ele conecta você ao seu trabalho e ao seu cliente de forma genuína, e sustenta o negócio a longo prazo.”

Do método à obra Rica de Propósito

O lançamento de Rica de Propósito é resultado direto da experiência de Michele com centenas de mentoradas. Ao longo dos anos, ela identificou padrões nos desafios enfrentados pelas empreendedoras: insegurança, bloqueios emocionais, dificuldade em tomar decisões e em se organizar para lucrar. Sua metodologia ajudou muitas a superar essas barreiras e criar negócios mais rentáveis e alinhados aos seus valores. Transformar esse conhecimento em livro foi, para ela, uma forma de democratizar o acesso a essas ferramentas.

“O livro é um guia prático e inspirador. Ele combina autoconhecimento, clareza emocional e produtividade assertiva para que a leitora consiga transformar inseguranças em confiança e ações concretas. É possível prosperar financeiramente sem abrir mão daquilo que é mais importante — seja família, saúde ou propósito pessoal.”

Barreiras que ainda precisam ser superadas

Michele não ignora que o caminho do empreendedorismo feminino é cheio de obstáculos. Falta de clareza, ausência de apoio, sobrecarga de papéis e acesso restrito a crédito são, segundo ela, as barreiras mais comuns. “Existe uma crença equivocada de que para ter sucesso financeiro é preciso sacrificar a vida pessoal. Eu acredito no oposto: quando alinhamos propósito e estratégia, conseguimos resultados consistentes e uma vida equilibrada.”

Um conselho para começar

Para quem pensa em dar o primeiro passo, Michele é direta: “Tenha clareza sobre o que quer construir e por que isso é importante para você. Invista em conhecimento técnico e no desenvolvimento da sua inteligência emocional. Resultados sólidos levam tempo, mas quando estão alinhados ao seu propósito, o processo se torna muito mais prazeroso.”

Sobre Michele Bouvier Sollack

Michele Bouvier Sollack é especialista em posicionamento, estruturação e escala de negócios femininos. Graduada em gestão e marketing, psicologia e com diversas especializações, alia ciência comportamental, estratégias corporativas e sensibilidade humana. Além do C7Grupo Educação & Saúde, lidera o OC7Instituto, que apoia ONGs dedicadas à capacitação de mulheres e jovens adultos em vulnerabilidade.

Sobre o livro Rica de Propósito

Lançado pela Literare Books International, Rica de Propósito – Como impulsionar lucros reais por meio da produtividade assertiva e da inteligência emocional apresenta a metodologia desenvolvida por Michele para unir resultados financeiros, propósito e equilíbrio de vida. 

“Estou muito animada com o lançamento de Rica de Propósito. É a realização de um sonho e a oportunidade de levar minha metodologia para ainda mais mulheres, ajudando-as a prosperar com equilíbrio e propósito.”, acrescenta Michele.

Com 168 páginas, o livro está em pré-venda até 25 de agosto e terá lançamentos presenciais no Rio de Janeiro (27/08, Livraria Travessa Barra Shopping) e em São Paulo (17/09, Livraria Travessa Shopping Iguatemi). 

Fotos: Divulgação l Acervo pessoal Michele Bouvier Sollack

Rodrigo Borges Torrealba (MotoX) comenta a revolução das duas rodas no Brasil

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Segmento de motos elétricas cresce 73% nos primeiros cinco meses de 2025, mesmo representando apenas 0,5% do mercado

O mercado de motocicletas elétricas no Brasil vive um momento de transformação. Nos primeiros cinco meses de 2025, as vendas desse segmento cresceram 73% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Embora ainda represente uma fatia pequena do mercado total de veículos de duas rodas — cerca de 0,5% das vendas no primeiro quadrimestre deste ano —, o setor passa por uma mudança significativa, impulsionada pelo avanço dos modelos elétricos e híbridos.

Esse crescimento reflete um novo comportamento do consumidor brasileiro, cada vez mais atento a questões como sustentabilidade, custo-benefício e inovação tecnológica. O cenário positivo também é favorecido pela expansão da infraestrutura de recarga, incentivos fiscais regionais e pela crescente oferta de modelos por parte das montadoras.

Alta expressiva nas vendas de motos elétricas

Esse movimento é ainda mais expressivo quando se observa que as vendas de motos elétricas mais que dobraram no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior: foram 3.452 unidades licenciadas, um aumento de 104,74% sobre as 1.686 unidades registradas no início de 2024.

Entre janeiro e maio, o total de motos elétricas emplacadas no Brasil chegou a 6.153 unidades, consolidando uma tendência de alta que deve se manter nos próximos meses. Tanto marcas tradicionais quanto startups seguem apostando no segmento, ampliando seus portfólios e soluções para atender a essa demanda crescente.

A revolução silenciosa do setor

Especialistas chamam esse movimento de “revolução silenciosa”, liderada principalmente pelos grandes centros urbanos, onde as motos elétricas se mostram ideais para deslocamentos curtos e serviços de entrega. A redução dos custos operacionais é outro atrativo relevante, especialmente para profissionais que utilizam motocicletas como ferramenta de trabalho.

Apesar do preço médio ainda elevado, a expectativa é que o aumento da oferta e a redução gradual dos preços estimulem a adoção desses veículos nos próximos trimestres. A entrada de marcas tradicionais no setor, como a Yamaha — com os modelos Neo’s (100% elétrico) e Fluo Hybrid (propulsão elétrica combinada com motor a combustão) — tende a impulsionar ainda mais o mercado.

Quem comenta: Rodrigo Borges Torrealba, CEO da MotoX

Neste artigo, o portal Feira Inovatec contou com comentários de Rodrigo Borges Torrealba, CEO da MotoX. Ele é formado em Administração, possui MBAs em Negócios Marítimos e Administração Financeira, áreas nas quais atuou na Cia Paulista de Comércio Marítimo.

O CEO iniciou a sua trajetória em cargos administrativos, alcançando posições de liderança, incluindo a de Diretor Comercial na Europa, consolidando sua experiência em comércio internacional.

À frente da MotoX, Rodrigo Borges Torrealba impulsionou o crescimento da empresa por meio de inovação, modernização de produtos e expansão no mercado. Sua gestão é pautada pela qualidade, atendimento de excelência e compromisso com a sustentabilidade, alinhando a empresa às práticas ESG e destacando-a como referência no setor de motocicletas.

Foto: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/pessoa-que-conduz-a-motocicleta-laranja-MS0q8GqjVrY

Privacidade de dados e Reputação em tempos de IAs: Qual é o cenário atual?

A nova era da inteligência artificial

O avanço acelerado das inteligências artificiais generativas, como ChatGPT, Perplexity e Gemini, está transformando a forma como acessamos, produzimos e consumimos informação. No entanto, essas tecnologias também impõem novos desafios à proteção de dados pessoais. Alimentadas por grandes volumes de informações coletadas da internet, essas IAs operam muitas vezes sem transparência suficiente sobre as fontes utilizadas ou os critérios adotados na curadoria de dados.

A LGPD e os riscos do uso indevido de dados

A reportagem do jornal O Globo publicada no início de 2025 mostrou que nenhuma das principais inteligências artificiais em operação no Brasil está em conformidade plena com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A legislação, em vigor desde 2020, estabelece princípios como finalidade, necessidade e transparência no uso de dados pessoais.

Foi realizada uma pesquisa pela FGV Direito Rio que apontou que algumas não cumprem os princípios básicos e mínimos, o que demanda atenção e responsabilidade no uso dessas ferramentas.

Entre os principais riscos associados às IAs estão:

– Ausência de mecanismos eficazes de consentimento por parte dos titulares dos dados;
– Falta de clareza sobre a origem dos dados utilizados no treinamento dos modelos;
– Dificuldade em identificar e remover informações pessoais eventualmente reproduzidas.

Esses riscos se agravam quando combinados com a velocidade e a abrangência com que as informações geradas por IA são disseminadas em mecanismos de busca e redes sociais.

O papel da sociedade e dos reguladores

Diante desse cenário, torna-se essencial o papel das autoridades reguladoras, como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), além de organizações civis, acadêmicas e da própria sociedade. O podcast da Agência Brasília destacou a urgência de se estabelecer uma governança sólida que regulamente o uso ético de dados por tecnologias emergentes.

Governança, nesse contexto, não se limita a criar regras, mas também envolve educar usuários, responsabilizar empresas e construir um ecossistema mais equilibrado entre inovação tecnológica e direitos individuais.

IA e o retrato de uma pessoa ou empresa

Além das questões legais envolvendo transparência e privacidade de dados, existe uma dimensão prática que já impacta diretamente indivíduos e empresas. Ainda não está claro como as IAs e plataformas definem os critérios para coletar, classificar e devolver informações aos usuários — esse processo segue, em grande parte, uma “caixa preta” sem explicações públicas.

Sua reputação, nesses sistemas, acaba sendo um recorte do que as Inteligências Artificiais encontraram sobre o seu nome e do resumo que conseguiram construir a partir desses dados. Muitas vezes, essas ferramentas citam pessoas, fazem associações ou apresentam respostas baseadas em informações públicas antigas, desatualizadas ou fora de contexto.

Como destaca Rodrigo Neves, a inteligência artificial está reestruturando a gestão empresarial, mas exige atenção redobrada à forma como informações e decisões automatizadas impactam indivíduos e organizações.

Esse cenário exige atenção redobrada dos titulares de dados, principalmente em uma era em que a reputação digital pode ser afetada por interações automatizadas. Quando a própria IA apresenta ao usuário um resumo sobre você, ela limita a exploração de outras fontes e concentra em si a decisão do que é relevante.

Reputação digital como escudo preventivo

Não é possível controlar o que as Inteligências Artificiais aprendem nem como elas processam as informações. Por isso, torna-se cada vez mais importante manter uma presença digital sólida e bem posicionada — tanto nos mecanismos de busca quanto diante das próprias IAs, que vêm se consolidando como novas formadoras de opinião.

Como essas ferramentas costumam buscar informações em fontes indexadas pelo Google, cuidar do que aparece nesses resultados é essencial. Muitos gostariam de saber como remover o nome do Google nem sabemos que sempre é algo viável. Nesse cenário, a melhor estratégia é gerenciar os resultados existentes, garantindo que sua imagem digital seja coerente e confiável.

Responsabilidade compartilhada

A responsabilidade pela proteção da privacidade em tempos de IA é coletiva. Empresas de tecnologia devem redobrar a transparência e o cuidado com os dados, usuários precisam conhecer e exercer seus direitos, e reguladores devem acompanhar de perto as inovações que impactam a vida digital de milhões de pessoas.

A inteligência artificial veio para ficar, mas isso não significa que a proteção da privacidade deve ser relativizada. Pelo contrário: quanto mais avançadas forem as tecnologias, mais sofisticadas precisam ser as estratégias de proteção de dados.