Terapia CAR-T: Pacientes em remissão relatam esperança

Terapia CAR-T: Pacientes em remissão relatam esperança

Terapia CAR-T inclui estudos que buscam ampliar o tratamento inovador contra câncer

Um dos pacientes com câncer em remissão que participou de um tratamento inovador, o publicitário Paulo Peregrino, 61, agora consegue cogitar sair para dar uma volta com sua cadela Aretha, em Niterói, onde reside.

Paulo foi incluído em um estudo do Centro de Terapia Celular, do HC, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e o Instituto Butantan. Além do publicitário, outros 12 pacientes já foram tratados no Nutera (Núcleo de Terapia Avançada). De acordo com o médico que lidera a pesquisa, Vanderson Rocha: “Os resultados são muito promissores. São pacientes com a saúde muito debilitada e estágio avançado de câncer”.

Vale lembrar que há outros novos procedimentos e também bem-sucedidos como este. É o caso do método de Indução de Proteínas de Choque Térmico, desenvolvido pelo médico brasileiro e radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu que, recentemente, permitiu que um paciente com câncer terminal conquistasse a remissão total da doença.

Terapia CAR-T

O estudo abrange a terapia CAR-T, que utiliza células do sistema imune (conhecidas como linfócitos T), extraídas do paciente e geneticamente modificadas para reconhecer e atacar as células tumorais.

Além disso, a terapia tem obtido sucesso no tratamento de alguns tipos de câncer do sistema sanguíneo, linfomas e leucemias. No entanto, ainda não há comprovação de eficácia contra tumores sólidos. Nesses casos, as quimioterapias, radioterapias ou tratamentos como imunoterapia tendem a surtir mais efeito.

Autorização da Anvisa

Contudo, a técnica possui autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2021 para o chamado uso compassivo no Brasil. Essa prática é adotada quando não há nenhuma outra abordagem possível e são utilizadas terapias ainda em estudo para tentar salvar a vida do paciente.

A agência aprovou em julho de 2022 o primeiro ensaio clínico para desenvolvimento nacional de células CAR-T para tratamento de câncer no Hospital Israelita Albert Einstein.

Vale destacar que todos os pacientes incluídos no estudo são todos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), e a pesquisa recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde.

Como a técnica foi descoberta

Os pesquisadores buscavam alternativas para o tratamento de pacientes com alguns tipos de câncer, como linfoma não Hodgkin, câncer que afeta células do sangue, que não tiveram sucesso com as terapias tradicionais, como quimioterapia e transplante de medula óssea. Um dos pacientes já tinha passado por quatro tratamentos diferentes desde setembro de 2017, sem resultados.

Evidências de sucesso

Os médicos verificam o sucesso da terapia com o fim de sintomas típicos da doença, como suores noturnos, presença de nódulos palpáveis pelo corpo e dor intensa, além de presença de células T no sangue.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/medico-falando-com-vista-lateral-do-paciente_33752789

Outras postagens

Postagens relacionadas

Últimas postagens

Internet 4G e 5G: Como estão chegando às regiões agrícolas remotas

Internet 4G e 5G tem ritmo de ampliação pelo Brasil, mas precisa ser maior ainda este alcance Situada a 290 quilômetros de São Paulo, a...

Bateria de íons de sódio tem recarga mais rápida a partir de teste sul-coreano

Bateria de íons de sódio, segundo testes de grupo de pesquisadores da Coreia do Sul, é capaz prover uma recarga em poucos segundos, além...

Unidades de conservação estadual: Tecnologia reforça monitoramento

Unidades de conservação estadual envolvem 85% do território preservado Atualmente, o estado do Acre está 85% preservado. Neste caso, a gestão prioriza o meio ambiente...