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Cometa com cauda verde: por que não conseguimos ver?

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Cometa com cauda verde, ao se aproximar e se afastar do sol, apresenta uma metamorfose de cores

Apesar de ter câmeras e outros equipamentos adequados para registrar um cometa, muitos têm a ideia de que se trata de um cometa com cauda verde. Isso porque vários fotógrafos conseguiram uma imagem com núcleos (ou cabeças) em verde brilhante. Porém, de modo curioso, o tom verde desaparece de acordo como observamos a cabeleira e a cauda do cometa.

Cometa com cauda verde

Em relação a este fenômeno em torno do cometa com cauda verde, astrônomos, físicos e químicos discutem o porquê desse desaparecimento da cor verde no espaço há quase um século.

Já na década de 1930, o físico Gerhard Herzberg teorizou que o fenômeno aconteceria conforme a luz solar fosse destruindo o carbono diatômico (dicarbono ou C2). Ela é uma molécula criada a partir da interação entre a luz solar e a matéria orgânica na cabeça do cometa.

Entretanto, como o dicarbono não é estável, esta teoria mostrava-se difícil de testar.

Por outro lado, agora, cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, liderados por Jasmin Borsovszky, finalmente encontraram um meio de realizar este experimento e colocar a teoria de décadas passadas à prova.

Dicarbonato

O dicarbonato é formado por dois átomos de carbono. Porém, é altamente reativo, podendo ser encontrado apenas em ambientes extremamente energéticos ou com pouco oxigênio, como estrelas, cometas e o meio interestelar.

Mas é preciso ter em mente que este composto não existe nos cometas até que eles se aproximem do Sol. Sendo assim, a teoria diz que quando o Sol começa a aquecer o cometa, a matéria orgânica em seu núcleo evapora e entra pela coma. Em seguida, a luz solar quebra essas moléculas orgânicas maiores, criando o dicarbono.

Recriando a teoria

Portanto, para recriar tal teoria, Borsovszky montou um experimento usando três lasers potentes, para prover a energia, uma câmara de vácuo, para simular o espaço interestelar, e uma molécula orgânica, para simular o que é liberado conforme o núcleo do cometa é aquecido.

Sobre isso, o professor Timothy Schmidt explicou:

“Primeiro tivemos que fazer essa molécula que é muito reativa para ser armazenada em uma garrafa. Fizemos isso pegando uma molécula maior, conhecida como percloroetileno, ou C2Cl4, e atingimos seus átomos de cloro (Cl) com um laser UV de alta potência.”

Teoria confirmada

As moléculas recém-fabricadas eram imediatamente carregadas por meio de um feixe de gás na câmara de vácuo, que possui em torno de dois metros de comprimento.

Então, a equipe indicou outro dois lasers ultravioleta para o dicarbonato: um para inundá-lo com radiação e o outro para tornar seus átomos detectáveis. E o impacto da radiação de fato rasgou o dicarbono, por um processo conhecido como fotodissociação, com seus átomos de carbono indo direto para um detector.

Portanto, a teoria de Herzberg se confirmou. Ou seja, de que o dicarbono faz a cabeça do cometa brilhar em verde, o mesmo ocorre em sua cauda.

A conclusão é que quando o cometa se aproxima do Sol, a radiação ultravioleta extrema quebra as moléculas de dicarbono que a própria radiação acabou de criar por fotodissociação.

Tal processo destrói o dicarbono antes que ele possa se mover para longe do núcleo, fazendo com que a coma verde fique mais brilhante e encolha – e garantindo que o tom verde nunca chegue à cauda.

*Foto: Divulgação/Adam Block/University of Arizona

Malware mais perigoso do mundo: Brasil está entre países mais atingidos

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Malware mais perigoso do mundo chamado de Emotet é uma praga capaz de abrir porta de entrada para criminosos

O malware mais perigoso do mundo está de volta. É o que afirma o Emotet, que diz que o Brasil é o quarto país mais infectado pelo malware. Além disso, a praga é capaz de abrir porta de entrada pela internet para criminosos e facilitar ataques de ransomware. E ainda vem registrando uma alta gradativa em suas atividades após passar o ano todo. Ele que estava praticamente sumido ressurge após uma operação policial internacional que acabou com a infraestrutura que era usada para distribuição.

Malware mais perigoso do mundo

As informações são da Check Point e partem ainda de mais um ponto: o Trickbot, que é um cavalo de Troia que vem sendo utilizado por criminosos para entregar as novas amostras do Emotet a computadores comprometidos.

Desde novembro, são 140 mil vítimas contaminadas pela praga, que atingiu usuários de 149 países. Agora, vem contribuindo para um crescimento consistente do Emotet também durante o período, que se tornou o sétimo malware mais popular do globo em apenas duas semanas.

Países mais atingidos

Portugal é o mais atingido pelas contaminações com o Cavalo da Troia, com 18% delas. Na sequência aparecem Estados Unidos, com 14%. A Índia fica na quarta posição, com 5%, e é seguida pelo Brasil (4%), com a Turquia (3%) completando o top five. Setores de alto perfil, como governo e instituições militares, são quase um quinto das contaminações, com 18%; bancos e finanças (11%), indústria (9%) e saúde (7%) aparecem na sequência.

Contudo, a contribuição revela um foco em países com forte presença de multinacionais e empresas de interesse para criminosos no lançamento de ataques de ransomware.

Vetor da infecção

O vetor da infecção são arquivos contaminados, em formato ZIP ou do pacote Office, que são baixados após tentativas bem-sucedidas de phishing e abrem as portas, a partir do Trickbot, para a contaminação pelo Emotet e diferentes pragas. Isso tudo, segundo os anseios de cada bandido a partir das redes comprometidas que ele tem em mãos.

Retorno do malware mais perigoso do mundo

Segundo o diretor de inteligência de ameaças da Check Point, Lotem Finkelstein, o ressurgimento do Emotet é um indício de alerta para a onda de ataques de ransomware que deve ocorrer no início de 2022.

“[A praga] formou a botnet mais forte da história do cibercrime. Agora, revendeu sua base de infecção para distribuição por outros criminosos, em sua maioria, grupos de ransomware.”

Ele destaca também que é necessário que analistas e administradores tratem contaminações pelo Emotet como se fossem ataques de sequestro digital, mesmo que eles ainda não tenham sido deflagrados.

Se não, é somente uma questão de tempo, enquanto ferramentas de monitoramento e indicadores de comprometimento podem ser utilizados para detecção e mitigação antes do lançamento de ofensivas.

Ofensiva internacional

Tudo isso ocorre após uma ofensiva internacional, organizada por autoridades de oito países com a Europol. Ela derrubou a infraestrutura global do Emotet.

Em 2020, o malware ficou no topo da lista de mais perigosos. Ele foi desligado de modo bem-sucedido em janeiro deste ano, com as máquinas contaminadas sendo ligadas às redes das autoridades e notificadas por especialistas. Mas, apesar de demorar este tempo, o perigo voltou e pode se tornar mais forte desta vez.

Treinamentos

Treinamentos sobre os perigos do phishing e as melhores práticas de segurança também são importantes para garantir que colaboradores, especialmente aqueles atuando de casa a partir de máquinas não inteiramente protegidas, não sirvam como vetor de entrada.

Por fim, sistemas de inteligência de ameaça, gerenciamento e aplicação de atualizações também auxiliam na identificação de sinais de alerta e dificultam a implantação de pragas pelos criminosos.

*Foto: Unsplash

5×5 Tec Summit: confira o que rolou neste painel

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5×5 Tec Summit tratou da Lei de inteligência artificial, assim como outras tecnologias que chegam ao público em geral

Na última segunda-feira (6), ocorreu o painel 5×5 Tec Summit. E a conclusão, do ponto de vista de especialistas do setor foi: as tecnologias são para trazer resultado às pessoas.

5×5 Tec Summit – como foi o painel

O painel 5×5 Tec Summit tratou de inteligência artificial, blockchain, Internet das Coisas, 5G, reconhecimento facial, realidades aumentada e virtual, análise de dados e big data.

Além disso, como as tecnologias se renovam constantemente, os cidadãos esperam que o governo federal adote essas funcionalidades em seus serviços, facilitando a vida da população.

Durante o painel, foi falado ainda sobre oportunidades, desafios, prós e contras da adoção dessas novas tecnologias no setor público.

Outras questões importantes

Por outro lado, também há questões importantes neste cenário. Aqui no Brasil, por exemplo, o Congresso Nacional debate o marco legal para a inteligência artificial. Este é um projeto que visa estabelecer fundamentos e princípios para o desenvolvimento e aplicação da IA no país. Isso inclui ainda as diretrizes para o fomento e atuação do poder público sobre o tema.

O chief regulatory officer da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA), Philipe Moura, destacou a abordagem com base em risco e o fato de o marco colocar o foco no ser humano.

“A IA ainda é bebê. A aplicação está em curva exponencial, mas está na infância e nem conseguimos prever o quanto vai mudar a vida nos próximos anos. Esse marco deve reforçar as competências existentes e reforçar o trabalho harmonioso entre os diferentes marcos e órgãos públicos que vão trabalhar no ecossistema porque temos a estratégia de IA e tudo isso precisa trabalhar em conjunto.”

Mas para Yasmin Mendonça, da FGV, o marco precisa ser mais debatido. E a mesma opinião tem Thaís Covolato, da Camara-e.net.

Utilização com big data e analytics

Em contrapartida, Alexandre Cardeman, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR), falou sobre a atuação da entidade com big data e analytics. Além de explicar sobre o que o Centro de Operações Rio usa IA e análises cognitivas e preditivas para antecipar o comportamento urbano.

“A gente vem, há 10 anos, tratando dados e eles são fundamentais para se ter uma visão urbana. Começamos a entender a cidade juntando os dados e começando a trabalhar visões analíticas para operações.”

Ele ressalta que dados de fontes variadas de meteorologia são analisados em conjunto para melhorar sua assertividade. Para o trânsito, o mesmo é realizado com informações coletadas de apps como Waze e Google Maps. O objetivo é entender o comportamento das pessoas no tráfego, indicando os horários de pico e o fluxo das pessoas.

Já para na Dataprev, a diretoria de desenvolvimento e serviço disse que a IA e a biometria são tecnologias habilitadoras.

“Para colocar em perspectiva, lidamos com dados produzidos na década de 1930 e esses dados ainda são processados e tratados pela Dataprev.”

Vale lembrar que entre 2010 e 2015, a Dataprev passou por uma série de transformações digitais e ainda viu oportunidades na IA e nas suas várias áreas de capacidades habilitadoras.

Estatal de TI do Governo

Agora, um dos desafios da estatal de TI do Governo é oferecer serviços digitais para um público não tão habituado às novas tecnologias. Porém, Sampaio afirma que o caso de uso da prova de vida sem as pessoas terem de se deslocar fisicamente é um exemplo bem-sucedido da adoção da tecnologia de reconhecimento facial.

Câmeras de reconhecimento facial

Inteligência artificial, câmeras de reconhecimento facial são habilitadores. Portanto, há uma preocupação que pode recair sobre os dados e a LGPD. é o que afirma o CTO da Huawei, Thiago Ribeiro:

“Precisamos ter robustez e maturidade em como implementar as leis em cima dos dados – independentemente se é dentro do governo ou privado. A tecnologia pode ser usada para o bem ou para o mal, depende de como você usa.”

Último dia de evento

O evento 5×5 Tec Summit é organizado pelos sites jornalísticos especializados: Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, Teletime e TI Inside. A proposta é debater a modernização de cinco setores fundamentais para a economia brasileira: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento.

Nesta sexta é o último dia do evento e o tema será entretenimento.

*Foto: Unsplash/Zan

Transístor inteligente: componente marca novo momento na microeletrônica

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Transístor inteligente tem a seu favor uma porta adicional de programação (azul), e também uma porta tradicional de controle (vermelho)

Um transistor inteligente foi desenvolvido por engenheiros da Universidade de Viena, na Áustria. Além disso, ele pode ser controlado dinamicamente, em tempo de execução, com o propósito de executar diferentes tarefas lógicas.

Transístor inteligente

Sendo assim, as possibilidades de design de chips se abrem. Consequentemente, um novo mercado de eletrônicos também surge no campo da inteligência artificial. E ainda engloba as redes neurais, e a lógica multibits, que funciona com mais valores do que apenas 0 e 1, aproximando a eletrônica da computação quântica.

Por outro lado, é preciso ter em mente que um transistor é um componente eletrônico projetado para sempre fazer a mesma coisa.

Contudo, o transístor possibilita que a corrente elétrica flua ou não. Isso depende de uma tensão elétrica que é aplicada ou não a um eletrodo de controle. Porém, só é possível neste caso a construção de circuitos lógicos, memórias, processadores, etc.

Uma nova era se aproxima

Ainda sim, este componente “inteligente” que funciona de modo controlado, promete abrir toda uma nova era de manipulação das informações, com uma flexibilidade para projetos. E isso seria algo impensável com a tecnologia de hoje.

Como o transístor é feito?

Ele não é feito de silício, como muitos pensavam, mas sim de germânio. Este é um semicondutor com propriedades até melhores que o silício. Porém, mais difícil de trabalhar. Recentemente, outra equipe utilizou germânio para criar transistores que operam como qubits para computadores quânticos.

Já a forma como a eletricidade é levada em um transístor depende do material de que ele é formado: ou existem elétrons em movimento livre, que carregam uma carga negativa, ou podem estar faltando elétrons nos átomos, de maneira que esse ponto esteja com carga positiva. Ou seja, uma “lacuna”, que também pode se mover por meio do material no sentido oposto.

No novo transístor, tanto elétrons quanto lacunas são manipulados simultaneamente.

Já a arquitetura de duas portas possibilita controlar separadamente os elétrons (cargas negativas) e as lacunas (cargas positivas).

Lógica multivalorada e utilização industrial

Demonstração por um circuito simples revelou que as quatro operações aritméticas podem ser construídas com apenas 24 transistores inteligentes. Se fosse, seriam 160 transistores comuns de silício.

Além disso, essa flexibilidade se torna interessante para o campo do hardware voltado à inteligência artificial. Neste caso, da chamada lógica multivalorada, na qual componentes conhecidos como multibits trabalham não somente com 0 ou 1, e sim com um maior número de estados possíveis, fazendo uma ponte entre a eletrônica e a computação quântica.

Futuro

Vale ressaltar que a aplicação industrial desta nova tecnologia não é algo distante no futuro. Isso porque o germânio já é utilizado pela indústria microeletrônica, o que não exige nenhum processo de fabricação completamente novo.

Ela ainda pode ser mais simples. Um exemplo é que hoje os semicondutores necessitam ser dopados. Ou seja, enriquecidos com átomos de outros elementos. E isso não é preciso com o transístor feito de germânio, já que ele é produzido de germânio puro.

*Foto: Unsplash

Impacto do metaverso no dia a dia no trabalho corporativo

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Impacto do metaverso pode criar ambientes de trabalho virtuais onde funcionários poderão fazer reuniões, treinamento e simular projetos

Muito se fala agora sobre metaverso. Neste caso, sobre a união entre o melhor do trabalho híbrido e as vantagens do home office. Além disso, ele promete alteração a forma de comunicação nas redes ou a forma como compramos algo. Este ambiente artificial também pode trazer nova experiência de trabalho. Isso também reflete nas relações e reduz a fadiga digital, por exemplo.

Impacto do metaverso no ambiente de trabalho

Segundo a plataforma Workrooms, desenvolvida pelo Meta (antigo Facebook), em etapa de testes desde setembro deste ano, colaboradores vestem um óculos de realidade virtual e se veem transportados para uma sala de conferências também virtual.

Nesta hora, cada pessoa é representada por um avatar e pode interagir com computadores, projetores e uns com os outros.

Apesar de ainda estar em fase de desenvolvimento, a tecnologia possibilita que profissionais interajam em um ambiente inteiramente virtual. Sendo assim, a tendência vem atraindo investimentos de gigantes do setor de tecnologia, como Facebook, Microsoft e NVIDIA. 

Metaverso corporativo

Além disso, o metaverso corporativo pretende lidar é o sentimento de solidão que atinge a produtividade e a saúde mental de profissionais que passam muito tempo isolados.

Conforme um relatório divulgado pela empresa de gerenciamento de mídias sociais Buffer, feito com 2,3 mil profissionais de 5 países diferentes, 16% elencaram a falta de contato com outras pessoas como seu grande desafio.

Sobre isso, Wagner Salles, professor em Gestão de Recursos Humanos da Universidade Veiga de Almeida, explica:

“No metaverso, você se sente como se estivesse ao lado de alguém, tendo experiências visuais e sensoriais durante esse processo.”

Já o design organizacional também pode sofrer alterações. Com o metaverso, modelos de trabalho mais verticalizados, com menos hierarquias e mais colaboração, ganham força.

“Entendo que o mercado de hoje já está nesse caminho. Mas o metaverso tende a aprofundá-lo ainda mais.” 

Transformações no mercado

Contudo, o metaverso como mercado e negócios podem sofrer transformações também. Eles se refletem, por exemplo, em uma entrevista de emprego. Isso porque ela pode ser feita em outro momento que pode alterar com o uso de realidade virtual nas empresas.

Neste caso, a nova tecnologia vai permitir que entrevistas, provas e dinâmicas em grupo aconteçam no metaverso. Ou seja, sem a necessidade de deslocamento. Com isso, se ganha tempo, afirma Salles.

“O metaverso pode favorecer o profissional no regime de trabalho intermitente, que pode estar em uma empresa de manhã e em outra à tarde”, diz Salles. 

Adaptações

Por outro lado, o impacto do metaverno no ambiente corporativo exigiria adaptações de empresas e funcionários. Interagir virtualmente em tal nível de imersão demandará uma série de novas condutas e dinâmicas sociais.

“As discussões sobre comportamento nas redes sociais podem ser transferidas para o metaverso. O que seria uma fake news no metaverso?.”

Outras normas

Dentre outras normas que entrariam também, estão: de etiqueta, padrões de socialização e até mesmo o modo como cada profissional criaria seu avatar.

Todavia, não há definições ainda sobre o responsável por regulamentar e fiscalizar esses ambientes, principalmente para o caso de colaboradores a serviço de empresas estrangeiras, ou sobre quem vai lidar com questões como assédio moral e sexual, bem como a definição de privacidade e saúde do trabalho.

“Ainda não temos no Brasil uma regulamentação clara para o trabalho remoto, que dirá para o metaverso.”

*Foto: Reprodução/Getty Images

Tecnologia no Ibovespa: setor ganha cada vez mais espaço

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Tecnologia no Ibovespa já respondeu por mais de 50% da carteira do índice, com a privatização do Sistema Telebrás, no fim dos anos 1990

Ao longo de 2019 e 2020, as ações de tecnologia de empresas do Brasil acumularam alta de 111,4%. Mas caiu 32,2% neste ano. Os dados são da Teva Indices. Embora o setor tenha uma fração nos Estados Unidos, onde o valor combinado das big techs ultrapassa o do segmento europeu como um todo, analistas avaliam que as empresas de tecnologia nacionais caminham para um patamar de relevância cada vez maior.

Setor de tecnologia no Ibovespa

Quem aposta no setor de tecnologia no Ibovespa como tendência é a Teva Indices. Ela lançou no mês passado o Índice de Ações Tech Brasil. Ele é pioneiro em destacar o desempenho deste mercado e negócios que se constituem a partir dele. Isso deu origem ao ETF (fundo de índice) TECB11. Por meio dele, estão incluídas empresas sediadas no país, além de companhias que apresentam parte relevante de seus negócios no país.

Carteira do Índice

A carteira teórica do índice é formada por 25 empresas locais e BDRs de companhias estrangeiras. Além disso, Magazine Luiza, Mercado Livre, PagSeguro e Stone apresentam as maiores participações. Juntas, respondem por 20%.

O rebalanceamento acontece trimestralmente e considera o volume de negociação, capitalização de mercado, percentual de ações disponíveis para negociação em bolsa, e governança corporativa da empresa.

De acordo com Gabriel Verea, CEO da Teva Indices, são selecionadas empresas de diferentes áreas do setor de tecnologia, como:

  • como serviços financeiros;
  • produção e comercialização de software, hardware e equipamentos de tecnologia;
  • e e-commerce.

Este último foi um dos segmentos que apresentou melhor desempenho durante a pandemia, com destaque para o Mercado Livre. Em seu balanço trimestral, a companhia informou lucro líquido de US$ 126,1 milhões, demonstrando crescimento de 139,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita líquida foi de US$ 1,2 bilhão, um aumento de 69%. Contudo, há alguns dias, a empresa também fez uma captação de US$ 1,55 bilhão em seu primeiro follow-on em mais de dois anos.

Grande representatividade no Ibovespa no passado

Vale lembrar que o setor já apresentou grande expressividade no Ibovespa no passado. Prova disso é que no fim dos anos 1990, com a privatização do Sistema Telebrás, a área chegou a responder por mais de 50% da carteira do índice.

Por outro lado, fusões, problemas societários, superciclo de commodities e o boom imobiliário, contribuíram para que o setor se tornasse menos relevante. Junto a isso também veio as aberturas de capital de empresas de outros setores.

Mas para Alexandre Constantini, estrategista-chefe da Catarina Capital há bastante espaço para “boas empresas de tecnologia lançarem ações na Bolsa nos próximos anos. Isso fica evidente pelo apetite de investidores por ativos de venture capital”.

*Foto: Unsplash

Agenda verde dispara em 20% setor de latas de alumínio

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Agenda verde pode significar uma ascensão ainda maior ao alumínio

Hoje, a queda do plástico se deve à agenda verde. Em suma, ela pode significar também uma ascensão ainda maior ao alumínio. Prova disso é que no primeiro semestre deste ano, o setor de fabricantes produtores registrou aumento de 22,6% em relação ao primeiro semestre de 2020. Ao comparar o feito ao mesmo período de 2019, o aumento foi de 18,3%.

Prova disso também é que as startups verdes na cidade de São Paulo também crescendo.

Agenda verde cresce

Apesar da pandemia, houve crescimento da agenda verde. Por conta disso, houve aumento em 22,6% o setor de latas de alumínio. Sendo assim, a expectativa da Abralatas é que setor encerre o ano com elevação de um dígito alto em relação a 2020.

Contudo, nos últimos cinco anos, apesar da pandemia e crise econômica, a média foi de mais de 8% de crescimento por ano. Hoje, o setor gera 15 mil empregos diretos e indiretos e ainda movimenta R$ 14 bilhões por ano.

Latas tipo sleek

Além disso, um dos formatos de latas que mais ascenderam na pandemia foram as latas tipo sleek, de 269 ml. Isso porque ela costuma passar uma imagem de premium e mais elegante.

Investimentos

De 2021 a 2023, os investimentos do setor no Brasil atingirão US$ 1 bilhão de dólares com 500 novos empregos gerados. Serão quatro novas fábricas somadas às expansões de linhas de produção que estão sendo expandidas nas unidades já existentes.

Líder de mercado

A líder de mercado no país, a empresa Ball, inaugura em 2022 a planta de Frutal (MG). Ela deve iniciar suas operações em modo soft opening ainda neste ano. A companhia irá reabrir em 2022 a fábrica de Benevides (PA). Portanto, duas novas operações para o ano que vem.

Já a empresa Crown deve inaugurar em Uberaba (MG) a 7ª fábrica no Brasil com capacidade nesta nova unidade de 2,4 bilhões de latinhas por ano. A empresa Ardagh anunciou mais uma nova planta ainda sem local confirmado.

Crescimento da indústria

A conclusão é de que o crescimento da indústria de latas de alumínio no país tem ver especialmente com a agenda verde. O Brasil possui uma fabricação de latas de responde hoje por ¼ de todo o alumínio comercializado e a taxa de reciclagem em 2020 foi de 97,4%.

Esse alto índice revela como o setor é organizado para o aproveitamento do que o alumínio que não é mais virgem.

Abralatas

A Abralatas foi fundada há 18 anos e representa a indústria de latas de alumínio para bebidas do Brasil. Hoje é o 3º maior mercado mundial, e é a principal embalagem para cerveja do território nacional.

Plástico

Para Cátilo Cândido, presidente executivo da associação, o valor mais baixo do plástico tem começado a perder para critérios de sustentabilidade.

Por fim, Cátilo diz que nos últimos anos, o surgimento de embalagens para água e vinho deve crescer daqui para frente.

“Temos uma cadeia totalmente integrada, que tem um ciclo completo. Além disso, o alumínio é o material ideal para impedir a entrada de luz, o que o vidro e o plástico não garantem.”

*Foto: Divulgação/Abralatas

Consumidores da Black Friday relatam seus maiores problemas nesta data

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Consumidores da Black Friday revelam problemas de entrega após compras pela internet ou loja física

Na próxima sexta-feira (26), acontece a tradicional Black Friday. Nesta data, os consumidores poderão conferir se valeu a pena esperar pelas promoções de um dos dias mais movimentados do varejo.

Consumidores da Black Friday

Por outro lado, muitos consumidores da Black Friday já apelidaram a data de “Black Fraude”. Isso porque ocorrem muitas promoções falsas que acabam acometendo consumidores que não se atentaram a tempo.

Além disso, há o problema com os preços, entrega de compras feitas pela internet que também pode gerar dor de cabeça, com o descumprimento do prazo. Estas são as maiores reclamações dos consumidores.

Reclame Aqui

De acordo com a plataforma Reclame Aqui, apenas 2020 foi registrado 140 mil reclamações vinculadas à Black Friday. Portanto, um salto de 15,5%, afirma a empresa.

Já o problema mais citado pelos consumidores diz respeito à mercadoria não recebida, com 22% das reclamações. Em segunda posição aparece a propaganda enganosa, com 12,61% desse total. Por sua vez, O Procon-SP registrou mais de 1.200 chamados na Black Friday de 2020.

50% de desconto

De acordo com o órgão de defesa do consumidor, a principal reclamação foi justamente as promoções falsas. Isso acontece quando uma determinada empresa eleva o preço de um produto dias antes da Black Friday e depois reduz. Essa prática dá ao consumidor a impressão de um “desconto atrativo”.

Mas há uma boa notícia! É que o índice de solução dos problemas por parte das empresas cresceu aproximadamente 80% (77,2%) se comparado a 2019.

Como reclamar problemas na Black Friday?

Para os iniciantes, é preciso saber que a plataforma do Reclame Aqui é possível os compradores registrarem uma reclamação. Contudo, por mais segurança, o Procon-SP divulgou que estará de plantão para monitorar e orientar os consumidores entre quinta-feira (25) e sexta-feira (26), das 18h às 22h.

Dicas para evitar transtornos

Entre as dicas que evitam transtornos na hora da compra são: observar o prazo de entrega e ficar de olho na política de trocas; o valor do frete também vale ser observado com cautela. Neste último caso, se ele for alto demais, o preço final, mesmo com um possível desconto, pode não valer a pena.

Todavia, mantenha provas da compra realizada, por meio de fotos ou capturas de tela, que mostrem o nome da loja, data e horário de uma ocorrência. Esta prática pode servir de comprovação se houver alguma irregularidade.

Por fim, fique muito atento se tiver mudança no preço entre o momento que o produto está no carrinho até o pagamento para evitar surpresas.

Foto: Unsplash

Tecnologia impulsiona pequenos negócios no Brasil

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Tecnologia impulsiona pequenos negócios a partir do empreendedorismo digital

A aceleração digital tem feito com que a tecnologia se transforme em um braço direito dos negócios. E especialmente agora em relação ao empreendedorismo digital para as pequenas empresas. Entretanto, como saber escolher entre as melhores inovações do mercado que se adapte melhor ao seu tipo de negócio? Confira neste artigo algumas soluções.

Tecnologia impulsiona pequenos negócios

É preciso ter em mente que a tecnologia impulsiona pequenos negócios diariamente a partir de novas ferramentas, recursos e motivações para micro, pequenas e grandes empresas. Sendo assim, o mercado está antenado a estas novas possibilidades.

Empreendedorismo digital no Brasil

Apesar da pandemia, foi durante a crise sanitária e econômica, que o empreendedorismo digital saltou no Brasil e passou por grandes renovações.

De acordo com dados do Índice de Transformação Digital Dell Technologies 2020, 87,5% das empresas nacionais aceleraram seus projetos de transformação digital em 2019. E a maior parte delas é formada por pequenos negócios.

Portanto, neste caso, a tecnologia possibilitou que muitos negócios recomeçassem, surgindo novos modelos. E a adoção de tais recursos foi a solução para as pequenas empresas para se manterem em pé durante o isolamento social.

É o que diz também o estudo da Capterra (divulgado em abril de 2020), onde 43% das pequenas e médias empresas adotaram novas tecnologias.

Negócios e a tecnologia

Veja abaixo as vantagens:

  • Modernização dos processos;
  • Expansão do alcance;
  • Melhora nos produtos/serviços;
  • Maior produtividade dos colaboradores;
  • Redução de tempo e custos;
  • Melhora na segurança dos dados;
  • Expansão de mercado;
  • Maior controle dos gestores;
  • Ampliação da satisfação dos clientes;
  • Ganho de competitividade no mercado.

Como medir os resultados

Além disso, os executivos podem medir os resultados em curto tempo de uso. Isso porque em muitos casos, as mudanças positivas ocorrem quase que instantaneamente. É o caso dos e-commerces, que representam maior número de venda em pouco período.

5 inovações atuais

Veja abaixo algumas tecnologias que têm impulsionado melhores resultados.

Big Data

Essa tecnologia é fundamental para promover os 3V’s: Volume, Variedade e Velocidade dos Dados.

Sendo assim, sua aplicação ocorre por meio de um conjunto de técnicas que conseguem analisar inúmeros dados e também permitem que os empreendedores tomem decisões mais assertivas.

Internet das Coisas (IoT)

Hoje, 37% das PMEs brasileiras já realizam automação de processos por meio da IoT. É o que revela um estudo da Zebra Technologies, com dados divulgados em 2020. Portanto, essa inovação tem sido crucial para as pequenas empresas, principalmente para melhorar produtividade.

Alguns exemplos de IoT nas pequenas empresas são: inteligência artificial com chatbot, automatização de e-commerces, assistentes virtuais e outros.

Computação em nuvem

A computação em nuvem está inserida hoje na vida das pessoas. Com isso, ao salvar uma foto, ouvir uma música em plataformas ou uso de e-mail. Nas empresas, a nuvem é fundamental. Vale destacar ainda que os serviços em cloud aumentaram 26% nos negócios de pequenas empresas, afirma a pesquisa Deloitte.

Hoje, existem vários tipos de nuvem: pública, privada e híbrida. Nuvem para todos os modelos e tamanhos de negócio.

ERP

O ERP é um sistema de gestão empresarial que possibilita a organização dos dados em tempo real. Com isso, os profissionais conseguem ser estratégicos e aproveitar melhor seu tempo. E as informações fiscais e financeiras ficam automatizadas e seguras.

Ele também gera mobilidade, já que os usuários conseguem acessar o software de qualquer lugar, com um computador autorizado. A nuvem é uma aliada do ERP, proporcionando benefícios significativos.

XaaS no empreendedorismo digital

XaaS no Brasil significa “tudo como serviço”, criando a virtualização dos processos, baseando-se na computação em nuvem. Aqui as surge vertentes: SaaS, IaaS, PaaS e outras.

Desse modo, o XaaS otimiza a produção e seus processos, gerando a oferta de inúmeros serviços por meio de soluções digitais. Esse modelo de negócio dispensa grandes infraestruturas e ambiente físico, e gera redução de custos.

*Foto: Unsplash

Plásticos biodegradáveis degradam-se na água do mar

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Plásticos biodegradáveis geram decepção por falsa promessa de livrar o mundo de um dos resíduos mais danosos e resistentes produzidos pela humanidade

Os plásticos biodegradáveis possuem o promissor polímero polilactida (PLA). Eles revelam poucos sinais de degradação na água do mar, local onde aparece que a maior parte dos plásticos vai parar, o que impacta o meio ambiente.

Plásticos biodegradáveis

Entretanto, o pesquisador Timo Rheinberger e seus colegas da Universidade de Twente, nos Países Baixos, podem ter encontrado a solução para reabilitar o PLA.

Isso porque eles sabem que a água destrói rapidamente as moléculas biológicas de RNA (ácido ribonucleico). Sendo assim, Rheinberger desenvolveu uma técnica para inserir nas longas moléculas de polilactida partes sintéticas similares a esses “pontos de ruptura” do RNA.

Neste caso, quando esses pontos de quebra foram inseridos de modo a compor 15% do plástico, o PLA se decompõe totalmente na água do mar depois de apenas duas semanas.

Moléculas de RNA quebradas

Além disso, a água pode facilmente quebrar as moléculas de RNA por conta de um processo chamado transesterificação. Com esta inspiração em mente, a equipe introduziu grupos químicos no PLA para facilitar sua quebra. Já os pontos sensíveis à transesterificação são introduzidos durante a síntese do PLA.

Diferentes versões

Contudo, a equipe criou diferentes versões do PLA contendo pontos de ruptura inspirados no DNA para representar de 3 a 15% dos polímeros finais. Nos testes, eles imergiram filmes dos novos PLAs em água do mar artificial e mediram a alteração no peso dos filmes e a liberação de ácido lático, um produto da degradação do PLA.

Decomposição

O polímero com a maior concentração de pontos de quebra, 15%, se decompôs totalmente em ácido lático após duas semanas. Por outro lado, os polímeros com concentrações mais baixas demoraram mais, com as extrapolações mostrando que, com 3%, o material poderá durar por vários anos. Mas, finalmente irá se degradar, ao contrário do material produzido hoje.

Conclusão

Por fim, as aplicações potenciais da técnica não se limitam ao PLA, conforme os pesquisadores: para eles, adicionar pontos de ruptura pode acelerar a decomposição de outros polímeros plásticos e se tornar uma estratégia-chave para evitar mais poluição marinha.

*Foto: Divulgação