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Impacto do metaverso no dia a dia no trabalho corporativo

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Impacto do metaverso pode criar ambientes de trabalho virtuais onde funcionários poderão fazer reuniões, treinamento e simular projetos

Muito se fala agora sobre metaverso. Neste caso, sobre a união entre o melhor do trabalho híbrido e as vantagens do home office. Além disso, ele promete alteração a forma de comunicação nas redes ou a forma como compramos algo. Este ambiente artificial também pode trazer nova experiência de trabalho. Isso também reflete nas relações e reduz a fadiga digital, por exemplo.

Impacto do metaverso no ambiente de trabalho

Segundo a plataforma Workrooms, desenvolvida pelo Meta (antigo Facebook), em etapa de testes desde setembro deste ano, colaboradores vestem um óculos de realidade virtual e se veem transportados para uma sala de conferências também virtual.

Nesta hora, cada pessoa é representada por um avatar e pode interagir com computadores, projetores e uns com os outros.

Apesar de ainda estar em fase de desenvolvimento, a tecnologia possibilita que profissionais interajam em um ambiente inteiramente virtual. Sendo assim, a tendência vem atraindo investimentos de gigantes do setor de tecnologia, como Facebook, Microsoft e NVIDIA. 

Metaverso corporativo

Além disso, o metaverso corporativo pretende lidar é o sentimento de solidão que atinge a produtividade e a saúde mental de profissionais que passam muito tempo isolados.

Conforme um relatório divulgado pela empresa de gerenciamento de mídias sociais Buffer, feito com 2,3 mil profissionais de 5 países diferentes, 16% elencaram a falta de contato com outras pessoas como seu grande desafio.

Sobre isso, Wagner Salles, professor em Gestão de Recursos Humanos da Universidade Veiga de Almeida, explica:

“No metaverso, você se sente como se estivesse ao lado de alguém, tendo experiências visuais e sensoriais durante esse processo.”

Já o design organizacional também pode sofrer alterações. Com o metaverso, modelos de trabalho mais verticalizados, com menos hierarquias e mais colaboração, ganham força.

“Entendo que o mercado de hoje já está nesse caminho. Mas o metaverso tende a aprofundá-lo ainda mais.” 

Transformações no mercado

Contudo, o metaverso como mercado e negócios podem sofrer transformações também. Eles se refletem, por exemplo, em uma entrevista de emprego. Isso porque ela pode ser feita em outro momento que pode alterar com o uso de realidade virtual nas empresas.

Neste caso, a nova tecnologia vai permitir que entrevistas, provas e dinâmicas em grupo aconteçam no metaverso. Ou seja, sem a necessidade de deslocamento. Com isso, se ganha tempo, afirma Salles.

“O metaverso pode favorecer o profissional no regime de trabalho intermitente, que pode estar em uma empresa de manhã e em outra à tarde”, diz Salles. 

Adaptações

Por outro lado, o impacto do metaverno no ambiente corporativo exigiria adaptações de empresas e funcionários. Interagir virtualmente em tal nível de imersão demandará uma série de novas condutas e dinâmicas sociais.

“As discussões sobre comportamento nas redes sociais podem ser transferidas para o metaverso. O que seria uma fake news no metaverso?.”

Outras normas

Dentre outras normas que entrariam também, estão: de etiqueta, padrões de socialização e até mesmo o modo como cada profissional criaria seu avatar.

Todavia, não há definições ainda sobre o responsável por regulamentar e fiscalizar esses ambientes, principalmente para o caso de colaboradores a serviço de empresas estrangeiras, ou sobre quem vai lidar com questões como assédio moral e sexual, bem como a definição de privacidade e saúde do trabalho.

“Ainda não temos no Brasil uma regulamentação clara para o trabalho remoto, que dirá para o metaverso.”

*Foto: Reprodução/Getty Images

Tecnologia no Ibovespa: setor ganha cada vez mais espaço

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Tecnologia no Ibovespa já respondeu por mais de 50% da carteira do índice, com a privatização do Sistema Telebrás, no fim dos anos 1990

Ao longo de 2019 e 2020, as ações de tecnologia de empresas do Brasil acumularam alta de 111,4%. Mas caiu 32,2% neste ano. Os dados são da Teva Indices. Embora o setor tenha uma fração nos Estados Unidos, onde o valor combinado das big techs ultrapassa o do segmento europeu como um todo, analistas avaliam que as empresas de tecnologia nacionais caminham para um patamar de relevância cada vez maior.

Setor de tecnologia no Ibovespa

Quem aposta no setor de tecnologia no Ibovespa como tendência é a Teva Indices. Ela lançou no mês passado o Índice de Ações Tech Brasil. Ele é pioneiro em destacar o desempenho deste mercado e negócios que se constituem a partir dele. Isso deu origem ao ETF (fundo de índice) TECB11. Por meio dele, estão incluídas empresas sediadas no país, além de companhias que apresentam parte relevante de seus negócios no país.

Carteira do Índice

A carteira teórica do índice é formada por 25 empresas locais e BDRs de companhias estrangeiras. Além disso, Magazine Luiza, Mercado Livre, PagSeguro e Stone apresentam as maiores participações. Juntas, respondem por 20%.

O rebalanceamento acontece trimestralmente e considera o volume de negociação, capitalização de mercado, percentual de ações disponíveis para negociação em bolsa, e governança corporativa da empresa.

De acordo com Gabriel Verea, CEO da Teva Indices, são selecionadas empresas de diferentes áreas do setor de tecnologia, como:

  • como serviços financeiros;
  • produção e comercialização de software, hardware e equipamentos de tecnologia;
  • e e-commerce.

Este último foi um dos segmentos que apresentou melhor desempenho durante a pandemia, com destaque para o Mercado Livre. Em seu balanço trimestral, a companhia informou lucro líquido de US$ 126,1 milhões, demonstrando crescimento de 139,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita líquida foi de US$ 1,2 bilhão, um aumento de 69%. Contudo, há alguns dias, a empresa também fez uma captação de US$ 1,55 bilhão em seu primeiro follow-on em mais de dois anos.

Grande representatividade no Ibovespa no passado

Vale lembrar que o setor já apresentou grande expressividade no Ibovespa no passado. Prova disso é que no fim dos anos 1990, com a privatização do Sistema Telebrás, a área chegou a responder por mais de 50% da carteira do índice.

Por outro lado, fusões, problemas societários, superciclo de commodities e o boom imobiliário, contribuíram para que o setor se tornasse menos relevante. Junto a isso também veio as aberturas de capital de empresas de outros setores.

Mas para Alexandre Constantini, estrategista-chefe da Catarina Capital há bastante espaço para “boas empresas de tecnologia lançarem ações na Bolsa nos próximos anos. Isso fica evidente pelo apetite de investidores por ativos de venture capital”.

*Foto: Unsplash

Agenda verde dispara em 20% setor de latas de alumínio

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Agenda verde pode significar uma ascensão ainda maior ao alumínio

Hoje, a queda do plástico se deve à agenda verde. Em suma, ela pode significar também uma ascensão ainda maior ao alumínio. Prova disso é que no primeiro semestre deste ano, o setor de fabricantes produtores registrou aumento de 22,6% em relação ao primeiro semestre de 2020. Ao comparar o feito ao mesmo período de 2019, o aumento foi de 18,3%.

Prova disso também é que as startups verdes na cidade de São Paulo também crescendo.

Agenda verde cresce

Apesar da pandemia, houve crescimento da agenda verde. Por conta disso, houve aumento em 22,6% o setor de latas de alumínio. Sendo assim, a expectativa da Abralatas é que setor encerre o ano com elevação de um dígito alto em relação a 2020.

Contudo, nos últimos cinco anos, apesar da pandemia e crise econômica, a média foi de mais de 8% de crescimento por ano. Hoje, o setor gera 15 mil empregos diretos e indiretos e ainda movimenta R$ 14 bilhões por ano.

Latas tipo sleek

Além disso, um dos formatos de latas que mais ascenderam na pandemia foram as latas tipo sleek, de 269 ml. Isso porque ela costuma passar uma imagem de premium e mais elegante.

Investimentos

De 2021 a 2023, os investimentos do setor no Brasil atingirão US$ 1 bilhão de dólares com 500 novos empregos gerados. Serão quatro novas fábricas somadas às expansões de linhas de produção que estão sendo expandidas nas unidades já existentes.

Líder de mercado

A líder de mercado no país, a empresa Ball, inaugura em 2022 a planta de Frutal (MG). Ela deve iniciar suas operações em modo soft opening ainda neste ano. A companhia irá reabrir em 2022 a fábrica de Benevides (PA). Portanto, duas novas operações para o ano que vem.

Já a empresa Crown deve inaugurar em Uberaba (MG) a 7ª fábrica no Brasil com capacidade nesta nova unidade de 2,4 bilhões de latinhas por ano. A empresa Ardagh anunciou mais uma nova planta ainda sem local confirmado.

Crescimento da indústria

A conclusão é de que o crescimento da indústria de latas de alumínio no país tem ver especialmente com a agenda verde. O Brasil possui uma fabricação de latas de responde hoje por ¼ de todo o alumínio comercializado e a taxa de reciclagem em 2020 foi de 97,4%.

Esse alto índice revela como o setor é organizado para o aproveitamento do que o alumínio que não é mais virgem.

Abralatas

A Abralatas foi fundada há 18 anos e representa a indústria de latas de alumínio para bebidas do Brasil. Hoje é o 3º maior mercado mundial, e é a principal embalagem para cerveja do território nacional.

Plástico

Para Cátilo Cândido, presidente executivo da associação, o valor mais baixo do plástico tem começado a perder para critérios de sustentabilidade.

Por fim, Cátilo diz que nos últimos anos, o surgimento de embalagens para água e vinho deve crescer daqui para frente.

“Temos uma cadeia totalmente integrada, que tem um ciclo completo. Além disso, o alumínio é o material ideal para impedir a entrada de luz, o que o vidro e o plástico não garantem.”

*Foto: Divulgação/Abralatas

Consumidores da Black Friday relatam seus maiores problemas nesta data

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Consumidores da Black Friday revelam problemas de entrega após compras pela internet ou loja física

Na próxima sexta-feira (26), acontece a tradicional Black Friday. Nesta data, os consumidores poderão conferir se valeu a pena esperar pelas promoções de um dos dias mais movimentados do varejo.

Consumidores da Black Friday

Por outro lado, muitos consumidores da Black Friday já apelidaram a data de “Black Fraude”. Isso porque ocorrem muitas promoções falsas que acabam acometendo consumidores que não se atentaram a tempo.

Além disso, há o problema com os preços, entrega de compras feitas pela internet que também pode gerar dor de cabeça, com o descumprimento do prazo. Estas são as maiores reclamações dos consumidores.

Reclame Aqui

De acordo com a plataforma Reclame Aqui, apenas 2020 foi registrado 140 mil reclamações vinculadas à Black Friday. Portanto, um salto de 15,5%, afirma a empresa.

Já o problema mais citado pelos consumidores diz respeito à mercadoria não recebida, com 22% das reclamações. Em segunda posição aparece a propaganda enganosa, com 12,61% desse total. Por sua vez, O Procon-SP registrou mais de 1.200 chamados na Black Friday de 2020.

50% de desconto

De acordo com o órgão de defesa do consumidor, a principal reclamação foi justamente as promoções falsas. Isso acontece quando uma determinada empresa eleva o preço de um produto dias antes da Black Friday e depois reduz. Essa prática dá ao consumidor a impressão de um “desconto atrativo”.

Mas há uma boa notícia! É que o índice de solução dos problemas por parte das empresas cresceu aproximadamente 80% (77,2%) se comparado a 2019.

Como reclamar problemas na Black Friday?

Para os iniciantes, é preciso saber que a plataforma do Reclame Aqui é possível os compradores registrarem uma reclamação. Contudo, por mais segurança, o Procon-SP divulgou que estará de plantão para monitorar e orientar os consumidores entre quinta-feira (25) e sexta-feira (26), das 18h às 22h.

Dicas para evitar transtornos

Entre as dicas que evitam transtornos na hora da compra são: observar o prazo de entrega e ficar de olho na política de trocas; o valor do frete também vale ser observado com cautela. Neste último caso, se ele for alto demais, o preço final, mesmo com um possível desconto, pode não valer a pena.

Todavia, mantenha provas da compra realizada, por meio de fotos ou capturas de tela, que mostrem o nome da loja, data e horário de uma ocorrência. Esta prática pode servir de comprovação se houver alguma irregularidade.

Por fim, fique muito atento se tiver mudança no preço entre o momento que o produto está no carrinho até o pagamento para evitar surpresas.

Foto: Unsplash

Tecnologia impulsiona pequenos negócios no Brasil

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Tecnologia impulsiona pequenos negócios a partir do empreendedorismo digital

A aceleração digital tem feito com que a tecnologia se transforme em um braço direito dos negócios. E especialmente agora em relação ao empreendedorismo digital para as pequenas empresas. Entretanto, como saber escolher entre as melhores inovações do mercado que se adapte melhor ao seu tipo de negócio? Confira neste artigo algumas soluções.

Tecnologia impulsiona pequenos negócios

É preciso ter em mente que a tecnologia impulsiona pequenos negócios diariamente a partir de novas ferramentas, recursos e motivações para micro, pequenas e grandes empresas. Sendo assim, o mercado está antenado a estas novas possibilidades.

Empreendedorismo digital no Brasil

Apesar da pandemia, foi durante a crise sanitária e econômica, que o empreendedorismo digital saltou no Brasil e passou por grandes renovações.

De acordo com dados do Índice de Transformação Digital Dell Technologies 2020, 87,5% das empresas nacionais aceleraram seus projetos de transformação digital em 2019. E a maior parte delas é formada por pequenos negócios.

Portanto, neste caso, a tecnologia possibilitou que muitos negócios recomeçassem, surgindo novos modelos. E a adoção de tais recursos foi a solução para as pequenas empresas para se manterem em pé durante o isolamento social.

É o que diz também o estudo da Capterra (divulgado em abril de 2020), onde 43% das pequenas e médias empresas adotaram novas tecnologias.

Negócios e a tecnologia

Veja abaixo as vantagens:

  • Modernização dos processos;
  • Expansão do alcance;
  • Melhora nos produtos/serviços;
  • Maior produtividade dos colaboradores;
  • Redução de tempo e custos;
  • Melhora na segurança dos dados;
  • Expansão de mercado;
  • Maior controle dos gestores;
  • Ampliação da satisfação dos clientes;
  • Ganho de competitividade no mercado.

Como medir os resultados

Além disso, os executivos podem medir os resultados em curto tempo de uso. Isso porque em muitos casos, as mudanças positivas ocorrem quase que instantaneamente. É o caso dos e-commerces, que representam maior número de venda em pouco período.

5 inovações atuais

Veja abaixo algumas tecnologias que têm impulsionado melhores resultados.

Big Data

Essa tecnologia é fundamental para promover os 3V’s: Volume, Variedade e Velocidade dos Dados.

Sendo assim, sua aplicação ocorre por meio de um conjunto de técnicas que conseguem analisar inúmeros dados e também permitem que os empreendedores tomem decisões mais assertivas.

Internet das Coisas (IoT)

Hoje, 37% das PMEs brasileiras já realizam automação de processos por meio da IoT. É o que revela um estudo da Zebra Technologies, com dados divulgados em 2020. Portanto, essa inovação tem sido crucial para as pequenas empresas, principalmente para melhorar produtividade.

Alguns exemplos de IoT nas pequenas empresas são: inteligência artificial com chatbot, automatização de e-commerces, assistentes virtuais e outros.

Computação em nuvem

A computação em nuvem está inserida hoje na vida das pessoas. Com isso, ao salvar uma foto, ouvir uma música em plataformas ou uso de e-mail. Nas empresas, a nuvem é fundamental. Vale destacar ainda que os serviços em cloud aumentaram 26% nos negócios de pequenas empresas, afirma a pesquisa Deloitte.

Hoje, existem vários tipos de nuvem: pública, privada e híbrida. Nuvem para todos os modelos e tamanhos de negócio.

ERP

O ERP é um sistema de gestão empresarial que possibilita a organização dos dados em tempo real. Com isso, os profissionais conseguem ser estratégicos e aproveitar melhor seu tempo. E as informações fiscais e financeiras ficam automatizadas e seguras.

Ele também gera mobilidade, já que os usuários conseguem acessar o software de qualquer lugar, com um computador autorizado. A nuvem é uma aliada do ERP, proporcionando benefícios significativos.

XaaS no empreendedorismo digital

XaaS no Brasil significa “tudo como serviço”, criando a virtualização dos processos, baseando-se na computação em nuvem. Aqui as surge vertentes: SaaS, IaaS, PaaS e outras.

Desse modo, o XaaS otimiza a produção e seus processos, gerando a oferta de inúmeros serviços por meio de soluções digitais. Esse modelo de negócio dispensa grandes infraestruturas e ambiente físico, e gera redução de custos.

*Foto: Unsplash

Plásticos biodegradáveis degradam-se na água do mar

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Plásticos biodegradáveis geram decepção por falsa promessa de livrar o mundo de um dos resíduos mais danosos e resistentes produzidos pela humanidade

Os plásticos biodegradáveis possuem o promissor polímero polilactida (PLA). Eles revelam poucos sinais de degradação na água do mar, local onde aparece que a maior parte dos plásticos vai parar, o que impacta o meio ambiente.

Plásticos biodegradáveis

Entretanto, o pesquisador Timo Rheinberger e seus colegas da Universidade de Twente, nos Países Baixos, podem ter encontrado a solução para reabilitar o PLA.

Isso porque eles sabem que a água destrói rapidamente as moléculas biológicas de RNA (ácido ribonucleico). Sendo assim, Rheinberger desenvolveu uma técnica para inserir nas longas moléculas de polilactida partes sintéticas similares a esses “pontos de ruptura” do RNA.

Neste caso, quando esses pontos de quebra foram inseridos de modo a compor 15% do plástico, o PLA se decompõe totalmente na água do mar depois de apenas duas semanas.

Moléculas de RNA quebradas

Além disso, a água pode facilmente quebrar as moléculas de RNA por conta de um processo chamado transesterificação. Com esta inspiração em mente, a equipe introduziu grupos químicos no PLA para facilitar sua quebra. Já os pontos sensíveis à transesterificação são introduzidos durante a síntese do PLA.

Diferentes versões

Contudo, a equipe criou diferentes versões do PLA contendo pontos de ruptura inspirados no DNA para representar de 3 a 15% dos polímeros finais. Nos testes, eles imergiram filmes dos novos PLAs em água do mar artificial e mediram a alteração no peso dos filmes e a liberação de ácido lático, um produto da degradação do PLA.

Decomposição

O polímero com a maior concentração de pontos de quebra, 15%, se decompôs totalmente em ácido lático após duas semanas. Por outro lado, os polímeros com concentrações mais baixas demoraram mais, com as extrapolações mostrando que, com 3%, o material poderá durar por vários anos. Mas, finalmente irá se degradar, ao contrário do material produzido hoje.

Conclusão

Por fim, as aplicações potenciais da técnica não se limitam ao PLA, conforme os pesquisadores: para eles, adicionar pontos de ruptura pode acelerar a decomposição de outros polímeros plásticos e se tornar uma estratégia-chave para evitar mais poluição marinha.

*Foto: Divulgação

Drones suíços são pilotados por meio de inteligência artificial

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Drones suíços desenvolvidos por pesquisadores adentram ambientes complexos e desconhecidos

Pesquisadores suíços acabam de desenvolver uma nova abordagem com uso de drones. Para isso, o equipamento receberá auxílio de inteligência artificial e voarão de modo autônomo por meio de ambientes complexos e desconhecidos. Além disso, será possível voar em alta velocidade.

Drones suíços com IA

A partir de sensores e computação a bordo, a nova técnica suíça será útil em qualquer situação que envolva voar por lugares nunca antes visitados. E também em situações de emergências, e passando por canteiros de obras ou para aplicações de segurança.

Como foi a operação

Segundo Antonio Loquercio e sua equipe da Universidade de Zurique, eles treinaram quadrirrotor autônomo para que ele voasse por ambientes onde nunca havia passado. Isso inclui florestas, edifícios, ruínas e até no interior de trens, mantendo velocidades de até 40 km/h.

Percursos

Os drones suíços cumpriram com êxito todos os percursos, sem pilotagem, utilizando somente câmeras e o microprocessador de bordo. Isso tudo sem bater em nenhuma árvore, parede ou qualquer outro obstáculo.

Contudo, a inovação só foi possível por causa de um algoritmo de inteligência artificial que dispensa o treinamento tradicional em ambiente real. Neste caso, o sistema aprende a voar com um “especialista simulado” em computador.

Inteligência artificial

Já em relação à rede neural do drone, ela aprendeu a voar observando uma espécie de especialista virtual. Trata-se de um algoritmo responsável por pilotar um drone gerado por computador por meio de um ambiente simulado cheio de obstáculos complexos.

Além disso, o algoritmo era suprido em tempo real com informações completas sobre o estado do drone e todas as leituras dos seus sensores (tudo simulado), e contava com o tempo que fosse necessário e a capacidade computacional suficiente para sempre encontrar a melhor trajetória.

A IA especializada não poderia ser utilizada fora da simulação. Porém, seus dados foram usados na intenção de ensinar a rede neural do drone como prever a melhor trajetória com base apenas nos dados dos sensores e com uma capacidade de processamento extremamente limitada.

Vantagem considerável

Este tipo de abordagem possui uma vantagem considerável sobre os sistemas atuais. Em primeiro lugar, eles usam dados sensores para criar um mapa do ambiente e depois planejam trajetórias dentro do mapa. Estas duas fases requerem tempo e tornam impossível voar em alta velocidade.

Em seguida, passa por treinamento por simulação, e o drone é colocado para voar no mundo real, onde foi capaz de navegar em uma variedade de ambientes, sem nenhum caso de colisão.

Loquercio explica:

“Enquanto os humanos precisem de anos para treinar, a IA, aproveitando simuladores de alto desempenho, pode atingir habilidades de navegação comparáveis muito mais rápido, basicamente durante a noite.”

Sua colega Elia Kaufmann, afirma:

“Curiosamente, esses simuladores não precisam ser uma réplica exata do mundo real. Se usarmos a abordagem certa, mesmo simuladores simplistas são suficientes.”

Voos em outros planetas

As aplicações da inteligência artificial treinada por inteligência artificial não se limitam a quadrirrotores:

Entretanto, a equipe explica que a mesma abordagem pode ser útil para melhorar o desempenho dos carros autônomos. além disso, pode até abrir portas para uma nova forma de treinar sistemas de IA para operações em domínios onde a coleta de dados é difícil ou impossível, em outros planetas, por exemplo.

Por fim, eles dizem que os próximos passos da pesquisa inclui fazer com que o drone melhore com a própria experiência. Assim como desenvolver sensores mais rápidos. E eles devem fornecer mais informações sobre o ambiente em menos tempo, permitindo que os drones voem com segurança em velocidades acima dos atuais 40 km/h.

*Foto: Divulgação/UZH

Desafio da Energisa pretende buscar soluções inovadoras

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Desafio da Energisa recebe inscrições de startups até dia 18 de novembro

O maior grupo privado de capital nacional do setor elétrico, Energisa, acaba de lançar o Desafio Energisa Digital Labs. A proposta é voltada a startups do Paraná, e demais estados do Brasil.

Desafio da Energisa

O objetivo do Desafio da Energisa é buscar soluções para otimizar a operação e os negócios da companhia. Isso inclui melhorias nas operações jurídicas, na expansão do contato direto com cliente por meio de plataformas digitais e sistemas digitais para fomento de eficiência energética.

As inscrições vão até 18 de novembro e podem ser realizadas pelo site da Energisa. 

Inovação aberta

Além disso, o grupo de energia acredita no modelo de inovação aberta e investe acima de R$ 5 milhões anualmente em soluções de startups no país e dos principais polos tecnológicos do mundo.

De acordo com Lucas Pinz, diretor de Estratégia, Inovação e Novos Negócios do Grupo Energisa:

“Buscamos as melhores soluções para desafios complexos. A inovação é parte fundamental da chamada Energia 4D (digitalizada, descarbonizada, descentralizada e diversificada), que representa o centro da nossa estratégia de negócios.”

O executivo disse ainda que “a companhia está entre as 50 empresas mais engajadas em inovação aberta no Brasil, de acordo com ranking divulgado pela plataforma 100 Open Startups no ano passado”. 

Startups selecionadas

As startups selecionadas serão chamadas para um encontro remoto com a Energisa, o chamado pitch day, previsto para 14 de dezembro. Contudo, os aprovados passarão por um período de imersão e, na sequência, deverão executar um projeto piloto ou prova de conceito, em ambiente comercial.

Tal processo é necessário para validar a aderência das soluções propostas às necessidades da empresa. Ao final do programa, as startups poderão se tornar fornecedoras ou parceiras estratégicas da Energisa.

Desafios

Já o desafio, ele está atrelado às operações jurídicas com o intuito de melhorar a jornada de subsídios para essa área. A companhia busca ainda encontrar soluções para digitalizar fluxos e análises automatizadas de documentos, assim como otimizar fluxo de solicitações, coletas, análises da qualidade e eficácia dos subsídios de processos jurídicos e a construção de uma árvore de decisões inteligente para suportar as tomadas de decisão.

Sistemas digitais

Já em relação aos sistemas digitais de eficiência, as startups devem apresentar propostas para a digitalização de mapeamento e monitoramento de consumo. E ela demanda energia reativa entre outras ações.

Todavia, o foco deve ser soluções voltadas a indústrias de base e avançada, agronegócio, prédios comerciais e pequenos negócios, tanto no mercado livre quanto no regulado.

Por fim, o terceiro desafio é direcionado a resultados inovadores no relacionamento com clientes. Com isso, a Energisa quer soluções eficazes para expandir a comunicação com os consumidores em plataformas digitais e aplicativos como Instagram, Facebook, Twitter e Tik Tok. Desse modo, o cliente poderá ser avisado com mais agilidade sobre o atraso no pagamento de faturas, por exemplo.

*Foto: Divulgação

Setor biodigital: Brasil identifica futuro promissor

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Setor biodigital cresce a cada ano e já corresponde a 30% do total de startups no país

Apesar de ser um termo recente, uma startup conta com algumas definições diferentes para o que seria uma empresa deste segmento. No entanto, é unânime que ela é sinônimo de inovação. O mercado de startups tem os mais diversos segmentos. Porém, uma que vem se destacando agora é o setor biodigital.

Hoje, há em torno de 5 mil startups do setor no país, isso representa mais de 30% do total, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABS).

Setor biodigital em ascensão

O setor biodigital pode ser identificado por meio de startups que possuem o conceito de unir tudo o que é bio (saúde, alimentação, agronegócio, etc) com o digital. Isto é, uma colaboração de vários setores que unem recursos biológicos com a tecnologia. Geralmente, essas companhias são chamadas de healthtechs, foodtechs, agtechs, indtechs, entre outras indústrias.

Para Paulo Humaitá, CEO da Bluefields Aceleradora:

“Aprendemos sobre essa convergência biodigital, que é a colaboração entre os setores de saúde, alimentação e agronegócio com objetivo de acelerar as inovações, aproveitando o que há de melhor no Brasil.”

Segmento cresce no Brasil

O setor biodigital tem um grande potencial para virar referência em bioinovações no mundo. Para isso, recursos naturais e financeiros são dois pontos importantes para a convergência biodigital e são encontrados com muita facilidade no país. Conforme o BNDES, o país investe em torno de US$326 bilhões na área da bioeconomia.

Além disso, o futuro do Brasil deve ser biodigital. Isso porque há diferentes biomas que são encontrados aqui. O país possui hoje seis biomas e cada um conta com suas características próprias, e isso equivale a uma riqueza inigualável.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil possui mais de 20% do número total de espécies da Terra. Sendo assim, o país elevado ao primeiro lugar entre os 17 países com as maiores biodiversidades.

Investimentos

Em contrapartida, de uns anos para cá, os investimentos em startups só aumentam. Portanto, há recursos financeiros disponíveis para a aplicação no setor biodigital.

Dados da Associação Brasileira de Startups (ABS) revelam que as companhias deste modelo de negócio receberam um investimento de R$19,7 bilhões em 2020. E o valor investido bateu recorde, já que no ano anterior o valor foi de R$ 8,7 bilhões.

Por fim, há também a questão que aproxima as startups das indústrias. Mesmo que ainda falte uma integração maior entre ambas. E as pesquisas são importantes para as startups, principalmente as biodigitais. Porque dessa união pode nascer uma possibilidade de inovação nos setores do país. Paulo conclui:

“O Brasil possui muito potencial para se tornar um celeiro de bioinovações em breve e, podemos perceber que a colaboração entre bio e tecnologia será benéfica para o nosso país.”

*Foto: Unsplash

Ondas gravitacionais ao toque de um sensor do tamanho de uma moeda

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Ondas gravitacionais são captadas por sensores minúsculos, resta identificar o que eles já foram capazes de detectar

Por meio de um sensor minúsculo, do tamanho de uma moeda, é possível detectar alguns dos eventos cósmicos mais antigos previstos pelas teorias. Após 153 dias de operação, o sensor captou dois eventos que podem ser ondas gravitacionais de alta frequência. Provavelmente elas foram produzidas por buracos negros primordiais e nuvens de partículas de matéria escura. Ambos os eventos podem ter ocorrido nos primórdios do Universo.

Ondas gravitacionais – tamanho

Porém, o que impressiona é o tamanho do detecto. Isso porque em comparação aos detectores dos laboratórios LIGO (EUA) e Virgo (Itália), com centenas de metros, ambos ocupam grandes laboratórios.

Por outro lado, os grandes detectores são sensíveis a ondas gravitacionais de baixa frequência. Eles são gerados por dois buracos negros se fundindo ou por uma estrela sendo engolida por um buraco negro, eles são mais “tardios”.

Microssensores

Agora, sobre o novo detector, do tamanho de uma moeda, foi elaborado para captar ondas gravitacionais de alta frequência, a partir do uso de um ressonador de ondas acústicas em um cristal de quartzo.

O dispositivo conta ainda com um disco de cristal de quartzo que vibra em altas frequências, de acordo com as ondas acústicas, que viajam por meio de sua espessura. Tais ondas induzem cargas elétricas por meio do sensor, que são detectadas por placas condutoras nas superfícies externas do disco.

Em seguida, o detector é conectado a um sensor quântico conhecido como SQUID (sigla em inglês para dispositivo de interferência quântica supercondutor), que funciona como um amplificador extremamente sensível para o sinal de baixa tensão do ressonador de onda acústica de quartzo.

Dessa forma, o conjunto foi inserido no interior de vários escudos antirradiação. O intuito foi protegê-lo de campos eletromagnéticos do ambiente, e resfriado a uma temperatura próxima do zero absoluto. Tudo isso possibilita que vibrações acústicas de baixa energia do cristal de quartzo fossem detectadas como grandes tensões.

Outras motivações

Durante os 153 dias de operação, o detector captou dois eventos, e a equipe quer trabalhar agora na confirmação desses sinais.

Segundo professor William Campbell, da Universidade Ocidental da Austrália:

“O desenvolvimento desta tecnologia pode potencialmente fornecer a primeira detecção de ondas gravitacionais nessas altas frequências, dando-nos uma nova visão nesta área da astronomia de ondas gravitacionais.”

Por fim, ainda há explicações para os dois sinais, que incluem a presença não prevista de partículas de carga (elétrons) no sensor, algum eventual aumento de estresse mecânico, um meteoro, um processo atômico interno ou mesmo candidatos a átomos de matéria escura de massa muito alta interagindo com o detector.

*Foto: Reprodução/EQUS