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Aportes para empresas aeroespaciais: investimentos recordes de US$ 14,5 bilhões em 2021

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Aportes para empresas aeroespaciais do setor foram quase o dobro do registrado em 2020

No último trimestre de 2021, foram feitos aportes para empresas aeroespaciais. Isso inclui a companhia SpaceX, do bilionário Elon Musk, e a Sierra Space. Ambas receberam em torno de US$ 15 bilhões em investimentos privados no ano passado, sendo US$ 4,3 bilhões apenas no quarto trimestre.

Aportes para empresas aeroespaciais

O setor de espaços, que passa por uma ampliação grande nos últimos anos, viveu um ano recorde, especialmente por investidores que apostam na “economia espacial”.

Sendo assim, os aportes para empresas aeroespaciais foram no valor recorde de 14,5 bilhões em investimentos privados em 2021. Portanto, 50% a mais do que os US$ 9,8 bilhões de 2020. As informações são da empresa Space Capital, sediada em Nova York, divulgadas no dia 18 de janeiro.

Além disso, os investimentos em companhias espaciais chegaram a este nível graças ao quarto trimestre. Eles registraram recordes próprios, no valor de US$ 4,3 bilhões arrecadados em uma série de “mega-rodadas” de financiamento.

Destaques

No último trimestre, os destaques foram:

  • a Sierra Space, que arrecadou US$ 1,4 bilhão em uma rodada de financiamento em estágio avançado;
  • a SpaceX, de Musk, recebeu US$ 337 milhões em investimentos;
  • e a Planet Labs levantou US$ 250 milhões depois de abrir capital seu capital por meio de uma fusão Spac (companhia com propósito especial de aquisição) em dezembro de 2021.

No mundo todo

Por outro lado, ainda em 2021, 1.694 empresas do setor aeroespacial de todo o mundo receberam US$ 252,9 bilhões em investimentos, conforme relatório da Space Capital. É que afirma Chad Anderson, sócio-gerente da Space Capital, no relatório:

“Olhando para o futuro, vemos enormes oportunidades para escalar a adoção em massa da infraestrutura existente. Procuramos abordagens radicalmente novas para construir e operar ativos baseados no espaço.”

Todavia, a empresa diz que está especialmente empolgada com o foguete Starship da SpaceX, que deve entrar em operação em 2022. O lançamento inaugurará uma “nova fase de desenvolvimento de infraestrutura”, e também “mudará completamente a forma como operamos no espaço”.

Outras considerações

Entretanto, a Space Capital alertou em relação às mudanças no mercado que podem afetar os investimentos no setor aeroespacial neste ano. Isso porque as perspectivas de aumento das taxas de juros já atingem as companhias de tecnologia e de crescimento. Este impacto pode ser maior ainda sobre as empresas aeroespaciais que abriram o capital recentemente.

Anderson comenta que “nem todas as aberturas de capital via Spacs são iguais”. Além disso, se as bolsas começarem o ano com uma liquidação e seguirem desta forma, “as empresas que dependem de capital de risco poderão encontrar dificuldade em levantar fundos tão grandes quanto os do ano passado”.

*Foto: Unsplash

Empreendedorismo e inovação: conheça a relação entre ambos

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Empreendedorismo e inovação se unem para o sucesso de um negócio

É normal ouvir falar que atualmente o empreendedorismo e inovação caminham juntos. Um precisa do outro para o sucesso de um negócio. A seguir você entenderá como isso é possível.

Empreendedorismo e inovação – conceito

Em primeiro lugar, o empreendedorismo já deixou de significar que é apenas sobre “possuir uma empresa”. Hoje, ele também diz respeito a um comportamento e pensamento. E aí justamente aqui que entrar a inovação. Neste caso, ela também deixou de ser só criar coisas novas. Agora ela é sobre como identificar um problema e desenvolver um jeito de resolvê-lo.

Investir em inovação

A partir do conceito de que as grandes empresas não podem ficar nunca no mesmo lugar é que elas sempre estão em constante inovação. Isso porque as pessoas sempre têm uma necessidade diferente que não foi explorada por ninguém. E é justamente investir em identificar estas necessidades que faz toda a diferença ao seu empreendimento.

Falando sobre inovação, Taiza Krueder dá dicas para empreendedores do meio hoteleiro melhorarem a sua hospedagem

Entretanto, muitos ainda confundem o termo inovação com adaptação. Mas adaptação é identificar um problema e resolver de imediato. Já a inovação é algo que leva mais tempo, e inclui até testes, além de muito trabalho para resolver um problema por vez.

Como começar?

Para começar a investir em inovação em seu negócio é identificar suas necessidades. A partir daí você entende o que falta para em seguida desenvolver, testar e aplicar um processo que auxilie a entender o problema identificado.

Já a inovação na empresa compreende uma grande mudança de comportamento sua e também de seus funcionários. E ainda uma grande força de vontade, foco no objetivo e muita educação financeira.

Benefícios do empreendedorismo e inovação

Uma empresa que inova conta com muitos benefícios que são bons para que o negócio se mantenha no mercado. Além de se destacar entre os seus concorrentes diretos e indiretos.

Por outro lado, um dos maiores benefícios de inovar é expandir o diferencial da sua empresa no mercado para evitar falência e mesmice. E também possibilita acompanhar as tendências de mercado e levar a sua equipe a descobrir e buscar novos desafios.

Pensamento inovador

Aqui é importante saber que possuir um negócio não significa que você seja um empreendedor. É preciso mais que isso: é ter um comportamento e pensamento empreendedor.

Além disso, no caso da inovação, é necessário ter um pensamento empreendedor inovador. Esta é a grande chave do sucesso.

Habilidades

Foco no objetivo

Quando uma empresa inova ela já destaca entre seus concorrentes. E o segredo aqui é não perder o foco no objetivo final. Portanto, ao desenvolver um projeto de inovação não desista no primeiro deslize. Ao contrário, foque no objetivo e em seguida construa a sua ação para que seja a melhor possível.

Pense além

Outra dica é pensar sempre além dos outros. Ou seja, se eles pensam 1, você pensa 2, e assim por diante. É sobre enxergar seu projeto no futuro e calcular o resultado que seja o mais extraordinário possível.

Mire alto e defina metas que sejam extremas para que sua equipe nunca pare de inovar para alcançar esses resultados.

Equipes envolvidas no processo

Tenha em mente que ninguém faz nada sozinho. Sendo assim, é preciso ter uma equipe que deseja crescer com você e atingir os resultados nunca alcançados antes.

Aqui é importante pensar que quando as equipes não estão engajadas é bom investir no engajamento das mesmas para que todas façam parte desta iniciativa inovadora.

Resultado de empreendedorismo e inovação

O resultado vem a partir do tamanho de sua ação. Ou seja, ele pode se diferente e cada vez mais escalável.

Uma ação de criação de algo novo que siga as tendências do mercado em um período de tempo pode trazer resultados apenas momentâneos. Mas também podem reverberar caso desenvolva algo de fato transformador.

Por fim, uma ação de mudança de estrutura na sua empresa pode acarretar um tempo de adaptação grande em seus funcionários e em seus clientes. Isso porque eles podem não entender de pronto as mudanças que você está fazendo.

*Foto: Unsplash

Wordle: já ouviu falar no jogo do momento do Twitter?

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Wordle é um jogo de adivinhação de palavras que se tornou febre na rede social

Nos últimos dias, se você acessou seu Twitter deve ter se deparado com blocos verdes e amarelos em sua linha do tempo. Se a resposta for sim, entenda mais neste artigo sobre o que visualizou. Trata-se do jogo de adivinhação de palavras Wordle, que se tornou febre na rede social.

O que é Wordle e como funciona?

O Wordle é um jogo online com regras simples. Ele se assemelha ao que conhecemos como “Jogo da Forca”.  

Mas neste caso, o jogador precisar entrar na internet para jogar. Basta acessar a rede social para conseguir descobri a palavra secreta do dia. Você deve chutar letras ao longo do espaço disponível para digitação.

Além disso, o game diz quais são as letras corretas da palavra secreta e mostra também se ela está ou não na posição certa. Isso conforme as cores: amarelo (posição errada) ou verde (posição certa). Porém, caso a letra não esteja na palavra do dia, o quadrinho ficará cinza.

Não há app

Também vale destacar que não há aplicativo para baixar. Ou seja, é só entrar no site e começar a jogar. O game oferece seis tentativas de adivinhar uma palavra de cinco letras. E a cada dia a página é atualizada com uma nova palavra.

A palavra é a mesma para todos os jogadores no mundo todo. Sendo assim, ela sempre será em inglês.

Objetivo

O grande objetivo do jogo é tentar adivinhar a palavra do dia sem atingir as seis chances. E quem acerta, além de vencer, poderá ainda compartilhar no Twitter em quantas tentativas chegou ao resultado. Mas sem dar spoiler a quem segue, obviamente. Aparece ainda uma opção que revela as estatísticas do dia e saber como os outros jogadores se saíram no game.

Nome do jogo

Wordle deriva do termo Word, que significa ‘palavra’ em inglês. Mas também é encarada como uma brincadeira com o sobrenome do criador, Josh Wardle.

Versão brasileira

Por fim, para os amantes do jogo que não possuem inglês avançado, já existe versão brasileira do game. Chamado ‘Termo’, ele foi criado pelo desenvolvedor brasileiro Fernando Serboncini, chefe de tecnologia do Google e desenvolvedor independente de games.

O visual é muito parecido com o site original e as regras são exatamente as mesmas. Divirta-se!

*Foto: Divulgação

Agilidade nos exames de AVC: inteligência artificial ajuda

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Agilidade nos exames de AVC conta com algoritmos que aceleram a identificação de uma possível lesão cerebral, reduzindo assim o tempo de espera do laudo

Normalmente, a demora em definir alguns diagnósticos podem ser cruciais em momentos importantes da medicina. E este é o caso dos derrames cerebrais, conhecidos por AVC.

Agilidade nos exames de AVC

Mas a boa notícia é que agora existe a possibilidade de dar agilidade nos exames de AVC. Isso é possível graças a ferramentas de inteligência artificial. Elas têm ajudado a priorizar a análise de acidentes vasculares cerebrais e, consequentemente, a melhorar o tratamento de pacientes.

Software AIDOC

Entre as ferramentas que permitem este feito, está o software AIDOC. Ele é desenvolvido por uma empresa de Israel e oferecido em oito hospitais públicos de São Paulo e um de Goiás. Tudo isso em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), organização social que presta serviços para o SUS.

Algoritmo

Contudo, o programa utiliza um algoritmo para analisar e identificar alguns padrões de imagens dentro de uma tomografia. Neste caso, quando há uma alta probabilidade em um padrão crítico encontrado, o exame é priorizado por meio de cor e posição, passando a ser o próximo da fila.

Segundo o médico Igor Santos, que é superintendente de inovação da Fidi:

“O objetivo final é reduzir o tempo que esse exame ficaria esperando um laudo. São minutos críticos, principalmente na primeira hora de atendimento, que podem fazer a diferença na redução das sequelas e até mesmo salvando vidas. Em média, a redução do tempo total, do exame até a notificação do médico, é de 94 minutos, divididos em 2 grandes partes, tempo antes do diagnóstico e tempo de notificação depois do diagnóstico.”

Armazenamento na nuvem

Já os arquivos são armazenados na nuvem e ficam disponíveis nos portais dos pacientes e também dos médicos. Vale destacar que tudo é feito de acordo com as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Programa

O programa começou a ser testado em 2018, e desde então já foram analisados exames de mais de 100 mil pacientes. E a tecnologia ainda possibilita detectar outros tipos de doenças, como fraturas de costelas e da coluna cervical e tumores cerebrais.

FIDI

A FIDI é uma fundação que atua no mercado desde 1985. Ela foi fundada por médicos professores, integrantes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina — atual Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Além disso, ela é uma fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira. Isso ocorre por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.

Atualmente, a entidade conta com 1.910 colaboradores e um corpo técnico formado por mais de 500 médicos. A FIDI está presente em 76 unidades de saúde nos estados de São Paulo e Goiás, e é a maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS, realizando em torno de cinco milhões de exames por ano. Entre as quais: ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia, raios-X e densitometria óssea.

*Foto: Reprodução/Mart Production/Pexels

Inovação tecnológica em 2022: 4 motivos para investir

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Inovação tecnológica em 2022, mais que uma tendência, significa um ganho expressivo de crescimento para sua empresa

Cada vez mais as grandes empresas investem em inovação com a finalidade de ter um ganho expressivo de crescimento. Ela se tornou também uma tendência corporativa, que resulta em rentabilidade financeira.

Inovação tecnológica em 2022

Primeiro é necessário saber a importância de se investir em inovação tecnológica para sua empresa. Sendo assim, ela traz melhorias em processos e produtos por meio de investimento em tecnologia, otimizando assim os resultados e agregando valor ao seu negócio.

O segundo passo é identificar os motivos para investir neste propósito. E a seguir, você conhecer os quatro principais.

1 – Equipe mais dinâmica

Uma equipe dinâmica traz engajamento e maior produtividade à empresa. Além de o colaborador também se sentir mais inovador, incentivado e engajado. Com isso, ele evolui em termos de postura institucional, de valorização e respeito aos demais membros da equipe. O método de trabalho também fica mais claro.

Além disso, o uso de aplicativos de colaboração, gestão e automação de atividades, é uma das implicações que mais beneficia os colaboradores.

Ou seja, os colaboradores podem se preocupar mais com a parte tática e estratégica de suas funções, e com a operacionalização do que realmente importa. Resultado: um clima organizacional mais construtivo.

2 – Competição mais saudável

Hoje, o consumidor pesquisa mais, avalia preços, qualidade e verifica as qualificações das empresas. Para isso, ele pode contar com a ajuda de ferramentas e sites de comparações, canais de avaliação de consumidores (como o site Reclame Aqui) e muito mais.

Portanto, com clientes cada vez mais exigentes, é fundamental que sua empresa invista em inovação. Consequentemente, sua companhia irá se destacar no mercado, além de aprofundar e fortalecer o relacionamento com os clientes.

3 – Aumento da receita

Há processos que resultam em aumento expressivo de vendas a longo prazo. Isso inclui: investimento em atualizações de produtos para que tenham mais qualidade, e práticas sustentáveis, por exemplo.

Apesar do retorno financeiro não ser imediato, os clientes perceberão a mudança de postura da empresa. Isso resulta em fortalecimento da marca na mente dos clientes.

Ou seja, a empresa compreende a importância das inovações para suas atividades e também está disposta a acompanhar as dinâmicas e tendências de mercado, trazendo resultados positivos.

Além disso, os processos se tornam mais eficientes, ágeis, com menores custos, impactando positivamente na produtividade do seu negócio. Nesta vertente, também crescem as vendas, pois houve uma melhora de relacionamento com o cliente. Hoje, é essencial conseguir se diferenciar dos concorrentes para se tornar o melhor na forma de conquistar notoriedade e espaço no seu segmento e com seu público-alvo.

4 – Agregar valor à inovação tecnológica em 2022

Investir em tecnologia e inovação em uma empresa é sinônimo de agregar valor ao branding de seu produto.

Processos inovadores que consideram o todo em ao mesmo tempo, compreendem as reais necessidades das pessoas, dão vida aos produtos, serviços, e causas de uma marca a tornam mais relevante no mercado e na sociedade como um todo.

Por fim, ao aliar a tecnologia à inovação, elas podem e devem ser utilizadas a favor do consumidor. E isso agrega valor à solução e ao seu modelo de negócio.

Consequentemente, você terá facilidade de identificar os gargalos em processos, de ter maior assertividade da alocação de recursos financeiros. E ainda conseguirá simplificar os fluxos de trabalho e ter maior facilidade de comunicação interna (fazendo com que haja a interação entre departamentos e profissionais dentro da corporação).

*Foto: Unsplash

Carteira de vacinação de chip: empresa quer implantar inovação nas mãos

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Carteira de vacinação de chip pode ajudar as pessoas que sempre perdem a careira impressa ou o passaporte vacinal

Mais uma inovação a caminho. Trata-se da possibilidade de existir uma carteira de vacinação de chip. A novidade na área da ciência é voltada, principalmente, para as pessoas que sempre perdem a carteira impressa ou o passaporte vacinal, que comprova que o indivíduo recebeu as duas doses dos imunizantes contra a Covid-19. A tecnologia está sendo desenvolvida na Europa e pode garantir que jamais esse problema volte a ocorrer.

Carteira de vacinação de chip na mão

A empresa que pretende implantar o sistema fica na Suécia, a DSruptive desenvolveu um microchip capaz de armazenar as informações de vacinação. Além disso, ele pode ser implantado diretamente no usuário, mais precisamente, em sua mão.

O implante é digitalizável e pré-programado; mede 2 por 16 mm e, quando escaneado, mostra as informações inseridas nele.

Como funciona

Ele funciona a partir da tecnologia NFC (Comunicação de Campo Próximo). Ela já utilizada no Brasil há algum tempo. Mais recentemente se popularizou com os pagamentos por aproximação de cartão de crédito ou até com o próprio celular.

De acordo com a criadora dos microchips, os implantes não podem ser utilizados para rastrear a localização de uma pessoa. Isso porque são passivos, ou seja, não possuem bateria.

Por outro lado, também não podem transmitir informações independentemente, uma vez que são ativados somente momentaneamente. Ou seja, quando o usuário os emparelha com um smartphone.

O diretor administrativo da empresa, Hannes Sjoblad, afirmou que já usa o dispositivo e explicou:

 “Tenho um implante de chip em meu braço e o programei para meu passaporte de covid-19. O motivo é que quero sempre tê-lo acessível.”

PDF

Quando o chip é escaneado com o celular, o dispositivo abre um arquivo PDF com os dados da vacinação. No caso de Sjoblad, ele contém o Certificado Digital Covid-19 da União Europeia.

Por fim, a empresa DSruptive ressaltou que ainda não vende implantes aos consumidores. Porém, isso pode ocorrer no futuro com a ajuda de distribuidores parceiros.

*Foto: Reprodução/DSruptive

Cometa com cauda verde: por que não conseguimos ver?

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Cometa com cauda verde, ao se aproximar e se afastar do sol, apresenta uma metamorfose de cores

Apesar de ter câmeras e outros equipamentos adequados para registrar um cometa, muitos têm a ideia de que se trata de um cometa com cauda verde. Isso porque vários fotógrafos conseguiram uma imagem com núcleos (ou cabeças) em verde brilhante. Porém, de modo curioso, o tom verde desaparece de acordo como observamos a cabeleira e a cauda do cometa.

Cometa com cauda verde

Em relação a este fenômeno em torno do cometa com cauda verde, astrônomos, físicos e químicos discutem o porquê desse desaparecimento da cor verde no espaço há quase um século.

Já na década de 1930, o físico Gerhard Herzberg teorizou que o fenômeno aconteceria conforme a luz solar fosse destruindo o carbono diatômico (dicarbono ou C2). Ela é uma molécula criada a partir da interação entre a luz solar e a matéria orgânica na cabeça do cometa.

Entretanto, como o dicarbono não é estável, esta teoria mostrava-se difícil de testar.

Por outro lado, agora, cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, liderados por Jasmin Borsovszky, finalmente encontraram um meio de realizar este experimento e colocar a teoria de décadas passadas à prova.

Dicarbonato

O dicarbonato é formado por dois átomos de carbono. Porém, é altamente reativo, podendo ser encontrado apenas em ambientes extremamente energéticos ou com pouco oxigênio, como estrelas, cometas e o meio interestelar.

Mas é preciso ter em mente que este composto não existe nos cometas até que eles se aproximem do Sol. Sendo assim, a teoria diz que quando o Sol começa a aquecer o cometa, a matéria orgânica em seu núcleo evapora e entra pela coma. Em seguida, a luz solar quebra essas moléculas orgânicas maiores, criando o dicarbono.

Recriando a teoria

Portanto, para recriar tal teoria, Borsovszky montou um experimento usando três lasers potentes, para prover a energia, uma câmara de vácuo, para simular o espaço interestelar, e uma molécula orgânica, para simular o que é liberado conforme o núcleo do cometa é aquecido.

Sobre isso, o professor Timothy Schmidt explicou:

“Primeiro tivemos que fazer essa molécula que é muito reativa para ser armazenada em uma garrafa. Fizemos isso pegando uma molécula maior, conhecida como percloroetileno, ou C2Cl4, e atingimos seus átomos de cloro (Cl) com um laser UV de alta potência.”

Teoria confirmada

As moléculas recém-fabricadas eram imediatamente carregadas por meio de um feixe de gás na câmara de vácuo, que possui em torno de dois metros de comprimento.

Então, a equipe indicou outro dois lasers ultravioleta para o dicarbonato: um para inundá-lo com radiação e o outro para tornar seus átomos detectáveis. E o impacto da radiação de fato rasgou o dicarbono, por um processo conhecido como fotodissociação, com seus átomos de carbono indo direto para um detector.

Portanto, a teoria de Herzberg se confirmou. Ou seja, de que o dicarbono faz a cabeça do cometa brilhar em verde, o mesmo ocorre em sua cauda.

A conclusão é que quando o cometa se aproxima do Sol, a radiação ultravioleta extrema quebra as moléculas de dicarbono que a própria radiação acabou de criar por fotodissociação.

Tal processo destrói o dicarbono antes que ele possa se mover para longe do núcleo, fazendo com que a coma verde fique mais brilhante e encolha – e garantindo que o tom verde nunca chegue à cauda.

*Foto: Divulgação/Adam Block/University of Arizona

Malware mais perigoso do mundo: Brasil está entre países mais atingidos

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Malware mais perigoso do mundo chamado de Emotet é uma praga capaz de abrir porta de entrada para criminosos

O malware mais perigoso do mundo está de volta. É o que afirma o Emotet, que diz que o Brasil é o quarto país mais infectado pelo malware. Além disso, a praga é capaz de abrir porta de entrada pela internet para criminosos e facilitar ataques de ransomware. E ainda vem registrando uma alta gradativa em suas atividades após passar o ano todo. Ele que estava praticamente sumido ressurge após uma operação policial internacional que acabou com a infraestrutura que era usada para distribuição.

Malware mais perigoso do mundo

As informações são da Check Point e partem ainda de mais um ponto: o Trickbot, que é um cavalo de Troia que vem sendo utilizado por criminosos para entregar as novas amostras do Emotet a computadores comprometidos.

Desde novembro, são 140 mil vítimas contaminadas pela praga, que atingiu usuários de 149 países. Agora, vem contribuindo para um crescimento consistente do Emotet também durante o período, que se tornou o sétimo malware mais popular do globo em apenas duas semanas.

Países mais atingidos

Portugal é o mais atingido pelas contaminações com o Cavalo da Troia, com 18% delas. Na sequência aparecem Estados Unidos, com 14%. A Índia fica na quarta posição, com 5%, e é seguida pelo Brasil (4%), com a Turquia (3%) completando o top five. Setores de alto perfil, como governo e instituições militares, são quase um quinto das contaminações, com 18%; bancos e finanças (11%), indústria (9%) e saúde (7%) aparecem na sequência.

Contudo, a contribuição revela um foco em países com forte presença de multinacionais e empresas de interesse para criminosos no lançamento de ataques de ransomware.

Vetor da infecção

O vetor da infecção são arquivos contaminados, em formato ZIP ou do pacote Office, que são baixados após tentativas bem-sucedidas de phishing e abrem as portas, a partir do Trickbot, para a contaminação pelo Emotet e diferentes pragas. Isso tudo, segundo os anseios de cada bandido a partir das redes comprometidas que ele tem em mãos.

Retorno do malware mais perigoso do mundo

Segundo o diretor de inteligência de ameaças da Check Point, Lotem Finkelstein, o ressurgimento do Emotet é um indício de alerta para a onda de ataques de ransomware que deve ocorrer no início de 2022.

“[A praga] formou a botnet mais forte da história do cibercrime. Agora, revendeu sua base de infecção para distribuição por outros criminosos, em sua maioria, grupos de ransomware.”

Ele destaca também que é necessário que analistas e administradores tratem contaminações pelo Emotet como se fossem ataques de sequestro digital, mesmo que eles ainda não tenham sido deflagrados.

Se não, é somente uma questão de tempo, enquanto ferramentas de monitoramento e indicadores de comprometimento podem ser utilizados para detecção e mitigação antes do lançamento de ofensivas.

Ofensiva internacional

Tudo isso ocorre após uma ofensiva internacional, organizada por autoridades de oito países com a Europol. Ela derrubou a infraestrutura global do Emotet.

Em 2020, o malware ficou no topo da lista de mais perigosos. Ele foi desligado de modo bem-sucedido em janeiro deste ano, com as máquinas contaminadas sendo ligadas às redes das autoridades e notificadas por especialistas. Mas, apesar de demorar este tempo, o perigo voltou e pode se tornar mais forte desta vez.

Treinamentos

Treinamentos sobre os perigos do phishing e as melhores práticas de segurança também são importantes para garantir que colaboradores, especialmente aqueles atuando de casa a partir de máquinas não inteiramente protegidas, não sirvam como vetor de entrada.

Por fim, sistemas de inteligência de ameaça, gerenciamento e aplicação de atualizações também auxiliam na identificação de sinais de alerta e dificultam a implantação de pragas pelos criminosos.

*Foto: Unsplash

5×5 Tec Summit: confira o que rolou neste painel

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5×5 Tec Summit tratou da Lei de inteligência artificial, assim como outras tecnologias que chegam ao público em geral

Na última segunda-feira (6), ocorreu o painel 5×5 Tec Summit. E a conclusão, do ponto de vista de especialistas do setor foi: as tecnologias são para trazer resultado às pessoas.

5×5 Tec Summit – como foi o painel

O painel 5×5 Tec Summit tratou de inteligência artificial, blockchain, Internet das Coisas, 5G, reconhecimento facial, realidades aumentada e virtual, análise de dados e big data.

Além disso, como as tecnologias se renovam constantemente, os cidadãos esperam que o governo federal adote essas funcionalidades em seus serviços, facilitando a vida da população.

Durante o painel, foi falado ainda sobre oportunidades, desafios, prós e contras da adoção dessas novas tecnologias no setor público.

Outras questões importantes

Por outro lado, também há questões importantes neste cenário. Aqui no Brasil, por exemplo, o Congresso Nacional debate o marco legal para a inteligência artificial. Este é um projeto que visa estabelecer fundamentos e princípios para o desenvolvimento e aplicação da IA no país. Isso inclui ainda as diretrizes para o fomento e atuação do poder público sobre o tema.

O chief regulatory officer da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA), Philipe Moura, destacou a abordagem com base em risco e o fato de o marco colocar o foco no ser humano.

“A IA ainda é bebê. A aplicação está em curva exponencial, mas está na infância e nem conseguimos prever o quanto vai mudar a vida nos próximos anos. Esse marco deve reforçar as competências existentes e reforçar o trabalho harmonioso entre os diferentes marcos e órgãos públicos que vão trabalhar no ecossistema porque temos a estratégia de IA e tudo isso precisa trabalhar em conjunto.”

Mas para Yasmin Mendonça, da FGV, o marco precisa ser mais debatido. E a mesma opinião tem Thaís Covolato, da Camara-e.net.

Utilização com big data e analytics

Em contrapartida, Alexandre Cardeman, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR), falou sobre a atuação da entidade com big data e analytics. Além de explicar sobre o que o Centro de Operações Rio usa IA e análises cognitivas e preditivas para antecipar o comportamento urbano.

“A gente vem, há 10 anos, tratando dados e eles são fundamentais para se ter uma visão urbana. Começamos a entender a cidade juntando os dados e começando a trabalhar visões analíticas para operações.”

Ele ressalta que dados de fontes variadas de meteorologia são analisados em conjunto para melhorar sua assertividade. Para o trânsito, o mesmo é realizado com informações coletadas de apps como Waze e Google Maps. O objetivo é entender o comportamento das pessoas no tráfego, indicando os horários de pico e o fluxo das pessoas.

Já para na Dataprev, a diretoria de desenvolvimento e serviço disse que a IA e a biometria são tecnologias habilitadoras.

“Para colocar em perspectiva, lidamos com dados produzidos na década de 1930 e esses dados ainda são processados e tratados pela Dataprev.”

Vale lembrar que entre 2010 e 2015, a Dataprev passou por uma série de transformações digitais e ainda viu oportunidades na IA e nas suas várias áreas de capacidades habilitadoras.

Estatal de TI do Governo

Agora, um dos desafios da estatal de TI do Governo é oferecer serviços digitais para um público não tão habituado às novas tecnologias. Porém, Sampaio afirma que o caso de uso da prova de vida sem as pessoas terem de se deslocar fisicamente é um exemplo bem-sucedido da adoção da tecnologia de reconhecimento facial.

Câmeras de reconhecimento facial

Inteligência artificial, câmeras de reconhecimento facial são habilitadores. Portanto, há uma preocupação que pode recair sobre os dados e a LGPD. é o que afirma o CTO da Huawei, Thiago Ribeiro:

“Precisamos ter robustez e maturidade em como implementar as leis em cima dos dados – independentemente se é dentro do governo ou privado. A tecnologia pode ser usada para o bem ou para o mal, depende de como você usa.”

Último dia de evento

O evento 5×5 Tec Summit é organizado pelos sites jornalísticos especializados: Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, Teletime e TI Inside. A proposta é debater a modernização de cinco setores fundamentais para a economia brasileira: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento.

Nesta sexta é o último dia do evento e o tema será entretenimento.

*Foto: Unsplash/Zan

Transístor inteligente: componente marca novo momento na microeletrônica

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Transístor inteligente tem a seu favor uma porta adicional de programação (azul), e também uma porta tradicional de controle (vermelho)

Um transistor inteligente foi desenvolvido por engenheiros da Universidade de Viena, na Áustria. Além disso, ele pode ser controlado dinamicamente, em tempo de execução, com o propósito de executar diferentes tarefas lógicas.

Transístor inteligente

Sendo assim, as possibilidades de design de chips se abrem. Consequentemente, um novo mercado de eletrônicos também surge no campo da inteligência artificial. E ainda engloba as redes neurais, e a lógica multibits, que funciona com mais valores do que apenas 0 e 1, aproximando a eletrônica da computação quântica.

Por outro lado, é preciso ter em mente que um transistor é um componente eletrônico projetado para sempre fazer a mesma coisa.

Contudo, o transístor possibilita que a corrente elétrica flua ou não. Isso depende de uma tensão elétrica que é aplicada ou não a um eletrodo de controle. Porém, só é possível neste caso a construção de circuitos lógicos, memórias, processadores, etc.

Uma nova era se aproxima

Ainda sim, este componente “inteligente” que funciona de modo controlado, promete abrir toda uma nova era de manipulação das informações, com uma flexibilidade para projetos. E isso seria algo impensável com a tecnologia de hoje.

Como o transístor é feito?

Ele não é feito de silício, como muitos pensavam, mas sim de germânio. Este é um semicondutor com propriedades até melhores que o silício. Porém, mais difícil de trabalhar. Recentemente, outra equipe utilizou germânio para criar transistores que operam como qubits para computadores quânticos.

Já a forma como a eletricidade é levada em um transístor depende do material de que ele é formado: ou existem elétrons em movimento livre, que carregam uma carga negativa, ou podem estar faltando elétrons nos átomos, de maneira que esse ponto esteja com carga positiva. Ou seja, uma “lacuna”, que também pode se mover por meio do material no sentido oposto.

No novo transístor, tanto elétrons quanto lacunas são manipulados simultaneamente.

Já a arquitetura de duas portas possibilita controlar separadamente os elétrons (cargas negativas) e as lacunas (cargas positivas).

Lógica multivalorada e utilização industrial

Demonstração por um circuito simples revelou que as quatro operações aritméticas podem ser construídas com apenas 24 transistores inteligentes. Se fosse, seriam 160 transistores comuns de silício.

Além disso, essa flexibilidade se torna interessante para o campo do hardware voltado à inteligência artificial. Neste caso, da chamada lógica multivalorada, na qual componentes conhecidos como multibits trabalham não somente com 0 ou 1, e sim com um maior número de estados possíveis, fazendo uma ponte entre a eletrônica e a computação quântica.

Futuro

Vale ressaltar que a aplicação industrial desta nova tecnologia não é algo distante no futuro. Isso porque o germânio já é utilizado pela indústria microeletrônica, o que não exige nenhum processo de fabricação completamente novo.

Ela ainda pode ser mais simples. Um exemplo é que hoje os semicondutores necessitam ser dopados. Ou seja, enriquecidos com átomos de outros elementos. E isso não é preciso com o transístor feito de germânio, já que ele é produzido de germânio puro.

*Foto: Unsplash