Agilidade nos exames de AVC conta com algoritmos que aceleram a identificação de uma possível lesão cerebral, reduzindo assim o tempo de espera do laudo
Normalmente, a demora em definir alguns diagnósticos podem ser cruciais em momentos importantes da medicina. E este é o caso dos derrames cerebrais, conhecidos por AVC.
Agilidade nos exames de AVC
Mas a boa notícia é que agora existe a possibilidade de dar agilidade nos exames de AVC. Isso é possível graças a ferramentas de inteligência artificial. Elas têm ajudado a priorizar a análise de acidentes vasculares cerebrais e, consequentemente, a melhorar o tratamento de pacientes.
Software AIDOC
Entre as ferramentas que permitem este feito, está o software AIDOC. Ele é desenvolvido por uma empresa de Israel e oferecido em oito hospitais públicos de São Paulo e um de Goiás. Tudo isso em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), organização social que presta serviços para o SUS.
Algoritmo
Contudo, o programa utiliza um algoritmo para analisar e identificar alguns padrões de imagens dentro de uma tomografia. Neste caso, quando há uma alta probabilidade em um padrão crítico encontrado, o exame é priorizado por meio de cor e posição, passando a ser o próximo da fila.
Segundo o médico Igor Santos, que é superintendente de inovação da Fidi:
“O objetivo final é reduzir o tempo que esse exame ficaria esperando um laudo. São minutos críticos, principalmente na primeira hora de atendimento, que podem fazer a diferença na redução das sequelas e até mesmo salvando vidas. Em média, a redução do tempo total, do exame até a notificação do médico, é de 94 minutos, divididos em 2 grandes partes, tempo antes do diagnóstico e tempo de notificação depois do diagnóstico.”
Armazenamento na nuvem
Já os arquivos são armazenados na nuvem e ficam disponíveis nos portais dos pacientes e também dos médicos. Vale destacar que tudo é feito de acordo com as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Programa
O programa começou a ser testado em 2018, e desde então já foram analisados exames de mais de 100 mil pacientes. E a tecnologia ainda possibilita detectar outros tipos de doenças, como fraturas de costelas e da coluna cervical e tumores cerebrais.
FIDI
A FIDI é uma fundação que atua no mercado desde 1985. Ela foi fundada por médicos professores, integrantes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina — atual Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Além disso, ela é uma fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira. Isso ocorre por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
Atualmente, a entidade conta com 1.910 colaboradores e um corpo técnico formado por mais de 500 médicos. A FIDI está presente em 76 unidades de saúde nos estados de São Paulo e Goiás, e é a maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS, realizando em torno de cinco milhões de exames por ano. Entre as quais: ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia, raios-X e densitometria óssea.
*Foto: Reprodução/Mart Production/Pexels