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Blue Origin faz voo espacial que incluiu turista brasileiro

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Blue Origin decolou às 08h26 locais (10h26 em Brasília), na região oeste do Texas, nos Estados Unidos, no dia 4 de junho

No dia 4 de junho, a nave espacial New Shepard, da Blue Origin, transportou seis novos turistas ao espaço. Entre eles estava o brasileiro Victor Correa Hespanha. O voo de dez minutos marcou a quinta missão tripulada bem-sucedida para a companhia de Jeff Bezos.

Nave da Blue Origin

Após o voo de dez minutos, a cápsula da Blue Origin que transportava os seis passageiros aterrissou suavemente em uma vasta planície árida banhada pela luz do sol.

A inclusão do mineiro Victor Hespanha, engenheiro de produção de 28 anos e primeiro ‘criptonauta’ da história, é o segundo brasileiro a viajar ao espaço. Isso depois do então astronauta Marcos Pontes, em 2006. Além disso, Hespanha garantiu sua vaga ao adquirir um NFT (tolkien não fungível) através Crypto Space Agency (CSA) e ganhar um sorteio para participar do voo espacial.

Demais tripulantes

Os outros que estavam a bordo da nave são os turistas: Katya Echazarreta, a primeira mulher nascida no México a ir ao espaço, e os empresários Hamish Harding, Jaison Robinson, Victor Vescovo e Evan Dick. Este último já havia participado do terceiro voo tripulado da New Shepard, em dezembro passado.

O valor das passagens pagas pelos turistas não foi divulgado.

Como funciona o voo

A cápsula e seus passageiros foram propulsados por um foguete portador, que se desprendeu assim que sua missão foi cumprida e voltou para aterrissar em uma pista, para que possa ser usado novamente.

A cápsula seguiu sua trajetória até ultrapassar a Linha Karman, a uma altitude de 100 km. Isso marca o início do espaço segundo a convenção internacional.

Todavia, os passageiros puderam flutuar durante alguns instantes em gravidade zero, e contemplar a curvatura da Terra por meio de grandes escotilhas.

Retorno à Terra

Para retornar à Terra a cápsula iniciou uma queda livre. Isso ocorre por meio de uma desaceleração por três enormes paraquedas antes de tocar o solo suavemente.

Vale lembrar que, a princípio, o voo ocorreria em 20 de maio. Porém, precisou ser adiado “por precaução” após uma anomalia ser detectada no foguete. Na ocasião, a companhia não divulgou mais detalhes sobre este tema.

Em julho de 2021, o próprio Bezos, principal acionista da Blue Origin, participou do primeiro voo tripulado do New Shepard.

Desde então, a nave também transportou o ator que interpreta o capitão Kirk da série Star Trek, William Shatner, e Laura Shepard Churchley, filha do primeiro americano a viajar ao espaço.

Concorrência

Por fim, hoje, o principal concorrente da Blue Origin para este tipo de voo suborbital é a Virgin Galactic. Entretanto, desde o mês de julho do ano passado e o voo no qual participou seu fundador, o britânico Richard Branson, a nave permaneceu em terra para passar por modificações.

*Foto: Reprodução

Cubo Itaú: startups voltadas ao ESG ganham espaço em hub

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Cubo Itaú conta com apoio do banco e se propõe a contribuir para o desenvolvimento de soluções integradas que ajudem na redução da emissão de carbono

O Cubo Itaú, hub de inovação e integração de startups e empresas, em São Paulo, passa a contar, nesta semana, com um hub especialmente voltado a soluções ESG, sigla referente às questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Sendo assim, a iniciativa Cubo ESG terá, como principal objetivo, ser uma plataforma para o empreendedorismo tecnológico que foque em inovação para redução de carbono, no Brasil e América Latina.

Cubo Itaú – projeto

Atualmente, o ecossistema brasileiro possui 1.270 startups ESG, conforme levantamento da Pipe.Labo. É o que explica Pedro Prates, executivo do Cubo Itaú:

“As ineficiências estruturais são evidências do enorme potencial que a inovação tecnológica tem a longo prazo no segmento.”

Além disso, até o fim de 2022, o hub pretende triplicar o número de startups do setor em sua comunidade. A iniciativa será organizada por meio de hubs. O primeiro deles é o Net Zero, que nasce com a missão de resolver os desafios da descarbonização em setores prioritários, como Agropecuária, Construção Civil, Petróleo & Gás e Siderurgia, complementa Prates:

“O Hub quer reunir empresas, indivíduos, startups, tech companies e demais agentes para transformar a região por meio de empreendedorismo tecnológico.”

Proposta do hub

O hub tem como proposta aproximar esses empreendedores de grandes corporações que assumiram compromissos de redução de emissões, principalmente os clientes do Itaú.

De acordo com Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco:

“As soluções para que as organizações alcancem seus objetivos de zerar emissões passam por tecnologia, inovação e fomento ao empreendedorismo, por isso vemos essa parceria com o Cubo como fundamental em nossa própria estratégia Net Zero, uma vez que, hoje, ela depende essencialmente da descarbonização da nossa carteira de clientes.”

Net Zero Banking Alliance

O Itaú aderiu ao Net Zero Banking Alliance, acordo mundial liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O intuito é mobilizar os recursos necessários para construir uma economia global com emissões líquidas zero de gases de efeito estufa, alinhada ao Acordo de Paris.

Por fim, o objetivo do banco, que já é neutro em carbono para emissões diretas (escopos 1 e 2), consiste em reduzir as emissões financiadas (escopo 3) em 50% até 2030 e se tornar carbono neutro até 2050.

*Foto: Reprodução

Programa Green Sampa: UCCI premia iniciativa

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Programa Green Sampa ficou entre os projetos que transformam e impactam positivamente a cidade e a qualidade de vida da população, com foco em inovação conectada à sustentabilidade

Nesta semana, o Programa Green Sampa, da Prefeitura de São Paulo, foi reconhecido como a segunda melhor iniciativa em sustentabilidade das cidades Ibero-Americanas. A premiação foi realizada pela União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), criada para avaliar as iniciativas transformadoras que impactam positivamente na cidade e na qualidade de vida da população, com foco na inovação conectada à sustentabilidade.

Programa Green Sampa

Já a execução fica a cargo da Ade Sampa, agência da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Além disso, o programa Green Sampa foi avaliado por critérios como: inovação, relevância, viabilidade prática, resultados e impactos, replicabilidade e sustentabilidade. A premiação contou ainda com apoio da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI).

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso:

“Os governos, de diversas esferas, têm se preocupado cada vez mais em realizar ações que promovem a sustentabilidade. O programa Green Sampa surgiu de um longo planejamento de como a Prefeitura de São Paulo poderia apoiar o setor. Quando lançamos o programa, nosso objetivo era transformar São Paulo no maior e mais importante hub de negócios ambientais e cleantechs na América do Sul, acolhendo empresas e investidores do mundo todo, gerando empregos e oportunidades para empreendedores de todos os portes na cidade. São prêmios como esse que mostram que todo o nosso esforço e trabalho não têm sido em vão. Hoje contamos com o primeiro centro de inovação verde, startups mapeadas, aceleradas e fortalecidas, todas trabalhando para uma São Paulo cada vez mais sustentável.”

2º lugar do Prêmio de Inovação Ibero-Americana UCCI

O segundo lugar do Prêmio de Inovação Ibero-Americana UCCI recebe 5 mil euros para apoiar uma visita técnica do projeto vencedor em Lima, capital do Peru. E ainda terá direito a espaço para divulgação das experiências através das redes institucionais da UCCI e diploma de reconhecimento. O primeiro lugar foi para o Instituto Universitário de Investigação “Ortega y Gasset”, que fica em Madri, na Espanha.

Fortalecimento da sustentabilidade junto às startups tecnológicas

Contudo, o presidente da Ade Sampa, Renan Vieira destaca que o reconhecimento da UCCI só confirma como é importante o papel do programa Green Sampa no fortalecimento da sustentabilidade com apoio das startups de tecnologias verdes.

“Receber esse prêmio renomado reafirma que estamos no caminho certo ao buscarmos estimular ainda mais essas ações com grande potencial de transformação.”

Hub Green Sampa

O hub fica dentro do Centro de Inovação Verde Bruno Covas, na Rua Sumidouro, 580, dentro da Praça Victor Civita, em Pinheiros. O espaço integra o programa Green Sampa e incentiva o desenvolvimento econômico sustentável da cidade de São Paulo. Além disso, o equipamento fica no histórico prédio do incinerador, onde antigamente era feita a queima de lixo na capital e agora passa a ser um local de sustentabilidade.

A iniciativa, por meio da Ade Sampa, promove encontros que discutem o desenvolvimento sustentável entre a esfera pública e a civil.

Aceleração Green Sampa

O programa busca mapear empresas, startups verdes e stakeholders e oferta chamadas para aceleração e residência para qualificação em temas de gestão por meio de oficinas, mentorias coletivas e individuais, rodadas de negócio e demodays.

Seleção de startups

Hoje, o programa está com inscrições abertas para a seleção de startups que desenvolvam ou queiram atuar em negócios com foco nas soluções de economia sustentável.

Os interessados têm até 8 de julho para se inscreverem pelo site da Ade Sampa. Serão selecionadas 30 iniciativas para um processo de aceleração e residência, com trilhas específicas conforme o estágio de maturidade do negócio.

*Foto: Reprodução

Zumbido no ouvido pode ter relação com sono profundo?

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Zumbido no ouvido, segundo cientistas, possui ligação com sono de muitas horas

Recentemente, cientistas acreditam ter encontrado ligação entre o sono profundo e o zumbido (ou tinnitus, no termo médico) no ouvido. Tal condição afeta aproximadamente 15% da população mundial, e é caracterizada pela audição de um som contínuo sem fonte externa. Incurável, a doença é frequentemente atrelada à perda do sentido auditivo. Além disso, pode afetar a saúde mental, provocar estresse ou depressão, por exemplo.

Zumbido no ouvido e sono profundo

O novo estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford, investigou o sono e sua ligação com o zumbido. Embora a condição em si seja uma percepção fantasma. Isto é, um engano do cérebro que nos faz identificar coisas que não estão ali. A maioria das pessoas só possui esse tipo de experiência quando está dormindo.

Áreas mais ativas do cérebro

Por outro lado, algumas áreas do cérebro ficam mais ativas quando o zumbido aparece, como as envolvidas com a audição. Ou seja, a doença muda a atividade cerebral. E o mesmo ocorre durante o sono, e isso explica as percepções fantasmas.

No estudo, publicado na revista Brain Communications, os mecanismos que regem o zono e o zumbido foram identificados e seguiram para maiores investigações.

A relação entre zumbido e sono

O sono possui múltiplos estágios. Um deles é o sono de ondas curtas, ou sono profundo, e é quando maus descansamos. Por meio dele, a atividade cerebral manda ondas para várias áreas diferentes. E isso ativa grandes porções do cérebro de uma só vez, o que inclui as ligadas à memória e processamento de sons. Contudo, acredita-se que isso permite a recuperação dos neurônios do cansaço do dia, e nos faz sentir descansados e ainda ajudam com a memória.

Porém, não é toda área do cérebro que recebe essas ondas — elas acontecem mais nas áreas mais ativas quando estamos acordados, como as responsáveis por funções motoras e visão. Às vezes, certas áreas do cérebro acabam ficando hiperativas durante essa fase do sono, o que gera problemas como sonambulismo. Aparentemente, é o que ocorre com quem tem o zumbido.

Distúrbios do sono

Além disso, esta constatação pode explicar o porquê de pacientes com zumbidos possuírem distúrbios do sono e terrores noturnos com maior frequência do que pacientes sem a condição.

Quem possui o zumbido também fica no sono leve por mais tempo, o que levou os cientistas a concluir que a doença impede a atividade de ondas curtas do cérebro necessárias para o sono profundo, facilitando o despertar.

Percepção reversa

Todavia, o estudo revelou ainda percepção reversa. Neste caso, algumas situações de sono profundo avaliadas, o zumbido não as afetou. E assim foi possível que a atividade cerebral durante o sono mais profundo, na real, suprime o zumbido.

Acredita-se também que, após longas horas acordado, o cérebro coloca os neurônios em atividade de ondas curtas para se recuperar. Quanto mais neurônios nesse modo, mais forte é o impulso para que outras áreas do órgão façam o mesmo.

Portanto, pelo fato do impulso para dormir ocorrer mais nas regiões mais ativas durante a vigília, os cientistas acreditam que o zumbido possa estar sendo suprimido como resultado desse processo.

As ondas curtas também interferem na comunicação entre áreas do cérebro: no sono profundo, que pode impedir regiões hiperativas de afetar outras áreas e interromper o sono. Isso explica porque algumas pessoas com zumbido ainda entram em sono profundo e porque a condição é suprimida durante o processo.

Tratamento

Agora, a ideia dos pesquisadores é estudar um modo de manipular o sono para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com zumbido, como, por exemplo, diminuir interrupções no sono e aumentar a atividade de ondas lentas no cérebro. E isso pode ser feito quando o paciente é induzido a dormir apenas quando está cansado.

O sono profundo é o principal suspeito. Contudo, há outras etapas sendo estudadas para tentar identificar sua relação com o zumbido, mesmo que tenham menor influência na condição. Para isso, registros da atividade cerebral serão feitos, afirmam os cientistas. Por fim, já se sabe que a intensidade do zumbido pode mudar ao longo do dia, e é hora de investigar como ele muda durante o sono para entender essas flutuações.

*Foto: Reprodução

Rover Perseverance grava os sons naturais de Marte

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Rover Perseverance tiveram sons editados e reunidos por cientistas, uma espécie de “playlist marciana”

Recentemente, ocorreram gravações de sons naturais de Marte. O feito é do Rover Perseverance. Em seguida, eles foram editados e reunidos por cientistas, numa espécie de “playlist marciana”.

Missão Rover Perseverance

Além disso, a missão do Rover Perseverance colheu material com cinco horas de duração nestes espaços. E o mais espantoso de tudo é que mostra como Marte possui ambientes quietos, com sons naturais de quase 20 decibéis mais baixos do que estes mesmos sons na Terra.

Pouso em 2021

Contudo, vale recordar que o Rover Perseverance pousou em 2021 no interior da cratera Jezero, em Marte, junto ao helicóptero Ingenuity. Desde então, são 18 meses por lá e já conseguiu a acumular várias horas de gravações de sons marcianos, capturados por seu par de microfones.

Entretanto, o “som do silêncio” em Marte surpreendeu os pesquisadores que trabalharam com as gravações. De acordo com Baptiste Chide, um dos membros da equipe que vem analisando as gravações.

“Está tão quieto lá que, em algum ponto, pensamos que o microfone estava quebrado.”

Mas, ele ressalta que a equipe descobriu alguns fenômenos fascinantes nos dados. Isso porque após ouvi-los com o máximo de cuidado, a equipe identificou que os ventos em Marte possuem grande variabilidade. E isso faz com que a atmosfera do planeta vá de condições tranquilas a intensas subitamente.

Cálculo da dispersão da velocidade do som

Por outro lado, com os sons dos disparos a laser, utilizados para analisar rochas, a equipe calculou a dispersão da velocidade do som. Portanto, conseguiram confirmar a teoria de que os sons de altas frequências viajam pela atmosfera marciana mais rapidamente que aqueles de frequências baixas.

Todavia, Chide explicou que, graças às propriedades das moléculas de dióxido de carbono na atmosfera, Marte é o único planeta no Sistema Solar em que este fenômeno acontece em faixas dentro do alcance da audição humana. Além disso, os autores sugerem que, quando o composto é congelado nos polos de Marte durante o inverno, a atmosfera fica menos densa. Por isso, o volume do som pode variar em torno de 20% entre as estações.

O artigo com o descritivo de todas as descobertas da equipe foi publicado na revista Nature.

*Foto: Reprodução

Startup detecta câncer de mama precocemente por meio de IA

Startup detecta câncer de mama precocemente por meio de um sensor infravemerlho; e a Linda Lifetech levantou R$ 8 milhões para tornar as mamografias mais assertivas

O câncer de mama é o câncer que mais mata mulheres no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apenas neste ano, estima-se que 66.280 novos casos da doença sejam diagnosticados no Brasil.

Além disso, as mamografias são o principal método para diagnóstico do câncer de mama atualmente. Porém, funcionam melhor em mulheres acima dos 40 anos.

Antes desse período, as mamas são mais densas e a detecção pelo mamógrafo é mais difícil. Portanto, isso gera um maior número de erros nos resultados, além da exposição desnecessária à radiação.

Novas tecnologias têm se tornado uma esperança na luta contra o câncer. É como o caso da técnica criada pelo Dr. Marc Abreu, que através da indução de proteínas de choque térmico, causou remissão total de câncer em um paciente terminal.

Startup detecta câncer de mama

Pensando nisso, e aliado à inteligência artificial, uma startup detecta câncer de mama por meio de um sensor infravermelho. Sendo assim, ao fazer um diagnóstico precocemente por este método, causa menos incômodo do que uma mamografia, por exemplo.

Esta é a proposta da Linda Lifetech, startup fundada em 2017, pelos empreendedores Luis Renato Lui, Rubens Mendrone, Rodrigo Victorio e Raquele Rebello.

Vale reforçar, que com o advento de novas tecnologias, também já é possível detectar e prever o retorno de um câncer, segundo estudo inédito do Royal Marsden NHS Foundation Trust, do Instituto de Pesquisa sobre o Câncer, de Londres.

Como funciona o equipamento da Linda Lifetech

Mendrone, que já foi executivo da IBM, apresentou o projeto durante um hackaton da empresa. A ideia da Linda é capturar a imagem da mama da paciente por meio de um sensor infravermelho e enviá-la a um servidor na nuvem.

Em seguida, com ajuda de inteligência artificial, a imagem é comparada com um banco de dados, que conta com mais de 5 milhões de informações, em busca de indícios de lesões cancerígenas.

Segundo Rubens Mendrone:

“Avaliamos questões como hipervascularização e contraste de temperatura, por exemplo. Quanto mais a ferramenta for utilizada, mais dados ela terá e o diagnóstico será cada vez mais aprimorado.”

Mais de 12 mil exames

Desde sua criação a Linda já realizou mais de 12 mil exames. Hoje, conta 14 clientes, majoritariamente da rede pública, como redes de saúde do Maranhão, São Caetano do Sul (SP) e Goiana, no interior de Pernambuco. E também realizou parcerias com ONGS, como a Associação Mulheres de Peito. Sobre isso, Luis Renato Lui afirma:

“Mais de 80% das mamografias dão resultados negativos, enquanto isso diversas cidades não têm mamógrafos. Essa falta de assertividade gera um gargalo para o sistema público, que já não dá conta de atender todo mundo.”

Complemento aos mamógrafos

Entretanto, a ideia da startup é ser uma tecnologia complementar aos mamógrafos, reforça Luis.

“Não queremos acabar com as mamografias, mas sim contribuir para que elas sejam feitas quando, de fato, é necessário. O que entregamos são achados suspeitos para acelerar o processo de diagnóstico e aumentar as possibilidades de cura.”

Comodato

Além disso, a Linda não cobra pelo equipamento. Ele é entregue aos clientes em forma de comodato. Já sua monetização vem da cobrança de uma franquia, que dá direito a 220 exames por mês. Luis explica que é como se fosse um serviço de TV por assinatura.

Investimentos

Até o momento, a Linda Lifetech captou em torno de R$ 8 milhões em investimento com fundos familiares. E agora está prestes a fazer uma nova rodada de investimentos, prevista para levantar R$ 20 milhões. No entanto, os planos são ambiciosos e incluem até abertura de operações fora do Brasil.

“O câncer é um problema global. Já recebemos convites para participar de feiras no Canadá e na França. Mas o mercado de saúde é bastante regulado, não dá para fazer MVP. Estamos caminhando e isso deve ser algo de longo e médio prazo.”

*Foto: Reprodução

Deep techs: entenda conceito e como surgiu

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Deep techs contam com investimentos que chegaram a R$ 88 bilhões (US$ 18 bi) em 2021, segundo números mapeados pela Liga Ventures

As chamadas deep techs, startups baseadas em tecnologias científicas, já movimentam um setor de empreendedorismo relevante e possuem perspectivas importantes de crescimento.

Entenda a importância das deep techs

Segundo o Meeting the Callenges of Deep Tech Investing, realizado pelo Boston Consulting Group (BCG), o ecossistema de deep techs pode atrair de R$ 695 bilhões (US$ 140 bi) a R$ 993 bilhões (US$ 200 bi) em investimentos até 2025. Além disso, outra definição do estudo SGInnovate, determinou que elas são startups que atuam com inovação complexa lidando com problemas como tratamento de doenças, mobilidades, aquecimento global e desenvolvimento industrial.

Tecnologias de “ciência dura”

Por outro lado, o diretor de Projetos e Novos Negócios na Emerge Brasil, Lucas Delgado, explica que a definição de deep techs possui base em tecnologias de “ciência dura” (hard science).

“Capazes de resolver problemas atuais de alto valor agregado ou construir as organização do futuro. Embora essas soluções também possuam riscos científico e tecnológico em adição ao risco de mercado, são capazes de entregar um retorno acima da média ou proporcionar liderança de mercado para as empresas que investem.”

Liga Ventures

Conforme números mapeados pela Liga Ventures, apenas na Europa as deep techs receberam mais de R$ 41 bilhões (US$ 8,4 bi)  nos últimos anos, crescimento de mais de 25% na média histórica. De modo global, os investimentos direcionados a essas startups chegaram a R$ 88 bilhões (US$ 18 bi).

Criação do conceito

Lucas explica ainda que o conceito de deep tech nasceu em 2014 pela Swati Chaturvedi, definindo como empresas fundadas em uma descoberta científica ou verdadeira inovação tecnológica.

“Mas apesar de recente, o termo deep techs vem evoluindo e recebido diversos outros significados, como startups que possuem risco científico para seu produto funcionar (Nathan Benaich) ou tecnologias que adicionam ao risco ou descoberta científica o fator de soluções aos desafios fundamentais do mundo e aos problemas significativos (Joshua Siegel e Sriram Krishnan; e J. Siota e Prats).”

Inovação aberta

Do ponto de vista de inovação aberta, o diretor da Emerge Brasil relata que as deep techs são encaradas como agentes que só agregam valor a setores ou empresas que contam com áreas de P&D inteiramente estruturadas. Isso porque visam a longo prazo a necessidade de dezenas de milhões de dólares de investimento.

“No entanto, essa visão vem sendo desconstruída e está permitindo a muitas empresas acessar uma nova camada de inovação e criar vantagens competitivas únicas, uma vez que as deep techs podem entregar valor focadas no negócio atual ou na renovação do modelo de negócios, independente da estrutura de P&D da empresa.”

Por fim, ele diz que perspectivas são cruzadas (curto ou longo prazo) e com fofo estratégico (atual ou futuros negócios), pode-se utilizar uma deep tech para resolver um problema complexo e atual complexo do negócio (solução de problemas). Além disso, “pode aumentar a entrega de valor de um produto (melhoria da proposta de valor), expandir rapidamente os modelos de negócios (expansão do modelo de negócios) ou construir o futuro da organização (renovação corporativa). Em resumo, as deep techs são ferramentas de inovação aberta que podem ser utilizadas para alcançar os resultados estratégicos das organizações, sejam aqueles endereçados para melhoria dos produtos atuais ou aqueles focados no futuro da empresa”.

*Foto: Reprodução

Como impedir 100% dos casos de covid: cientistas descobrem estratégia

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Para impedir 100% dos casos de covid, um grupo de cientistas belgas trabalha em um medicamento que demonstrou ser promissor em testes de laboratório.

Cientistas descobrem como impedir 100% dos casos de covid

A ideia para impedir 100% dos casos de covid é utilizar um tipo específico de açúcar comum nas células humanas. E é por meio dele que se consegue barrar o processo de invasão do vírus.

O estudo foi publicado na revista de ciência Nature Communications. Porém, ele ainda é bastante preliminar. A pesquisa é liderada por cientistas da Universidade de Louvain (UCLouvain), na Bélgica.

Contudo, agora, a equipe realizará novos testes, mas em camundongos (pré-clínicos). No futuro, a pesquisa pode levar ao desenvolvimento de um antiviral, administrado por aerossol (spray), receitado em caso de infecção ou de contato de alto risco.

Uma estratégia infalível

Todavia, a ciência já sabe que o vírus da covid-19 usa a proteína S (Spike) para chegar até o receptor ACE2 — a sigla pode ser traduzida por Enzima Conversora de Angiotensina 2 —, expresso pela maioria das células humanas. Já o contato e o encaixe entre o ACE2 e a proteína S possibilita a infecção das células saudáveis.

No caso dos cientistas belas, o projeto possibilitou descobrir, aparentemente, um modo de impedir essa conexão. Até então, isso não foi planejado por nenhum medicamento disponível contra a covid-19 e não pode ser desencadeado por nenhuma vacina em uso.

Em suma, é um terceiro elemento que foi pouco estudado no processo de invasão das células saudáveis pelo vírus da covid: a classe dos ácidos siálicos (SAs), que são um tipo de açúcar presente na superfície das células. Este açúcar é utilizado como um localizador pelos vírus e os ajudam a encontrar os “alvos” mais facilmente. Também favorecem a fixação do hospedeiro. Basicamente, ajudam o processo de infecção, atuando contra o próprio corpo.

Análise in vitro

Já no processo de análise in vitro foi possível descobrir que uma variante específica desses açúcares, a 9-O-acetilado, interagia mais fortemente com a proteína S.

A partir daí, a equipe de cientistas buscou formas de bloquear a proteína S antes de chegar no ACE2. A proposta foi criar estruturas multivalentes, repletas daquele tipo específico de açúcar e, com isso, enganar o agente infeccioso.

Em tese, isso bloqueia a ligação antes dela ocorrer, já que provoca o efeito reverso. Isso porque o vírus da covid-19 não vai se conectar mais com a célula saudável. Ao contrário, será com a estrutura de açúcares, que parece ter maior afinidade química. Ou seja, é mais “interessante”. Ao se conectar com essa estrutura o vírus não se replica e a infecção não ocorre. Por fim, mesmo sendo promissor, haverá mais estudos comprobatórios.

*Foto: Reprodução

Investimentos em Web3: organizações de e-sports e games apostam em segmento

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Investimentos em Web3 são apostas das produtoras LOUD, Los Grandes, Fluxo, MIBR e Xis

Está cada vez mais comum o mercado e negócios de games apostarem ou se aproximarem de startups com foco na chamada Web3. Ou seja, o universo de criptomoedas, blockchain e NFTs.

Investimentos em Web3

Os investimentos em Web3 vêm atraindo as principais organizações de games e e-sports. Prova disso é que na semana passada, a LOUD, uma das principais empresas de e-sports da América Latina levantou R$ 50 milhões. O objetivo agora é impulsionar os negócios da Snackclub, especializada em Web3. Além disso, a startup anunciou também o Evento de Free Fire que ocorre no Discord, plataforma que conecta as comunidades dos games. Segundo o sócio fundador da Snackclub, Bruno Bittencourt:

“Free Fire é um dos games mais jogados no Brasil e, embora ele não faça parte do universo blockchain gaming, nós decidimos criar um evento premiado para que todos possam participar e viver a experiência de monetizar enquanto jogam.”

Rodada de captação para investimentos em Web3

Os investidores que participam da rodada de captação da Snackclub são Animoca, Ascensive Assets, Formless Capital, Jump Crypto, Mechanism e OP Crypto.

Todavia, Jean Ortega, cofundador da LOUD e sócio-gerente do Snackclub, disse ainda que a empresa sempre foi uma organização que prioriza a comunidade. E ainda ressaltou:

“O objetivo é elevar esse compromisso investindo em tecnologia, em plataformas e em parcerias com publishers que trarão o potencial dos jogos blockchain para nossa comunidade. Temos um longo caminho a percorrer, mas sabemos que mudaremos os motivos pelos quais as pessoas decidem entrar para o universo dos games.”

Time MIBR

Também que começou a investir em Web3 foi o time MIBR, em parceria com a Bybit. A corretora de criptomoedas iniciou sua jornada com times de e-sports em 2021 expandindo a sinergia entre as indústrias de games e criptomoedas. Além disso, a Bybit é patrocinadora do time de Fórmula 1, Oracle Red Bull Racing, e de outros times de e-sports do mundo como Navi e Astralis. Vale destacar que esta é a primeira parceria no Brasil com o objetivo de desenvolver conteúdos relacionados ao universo cripto e educação financeira por meio dos canais digitais da organização durante os três anos da parceria.

Para a CEO do MIBR, Roberta Coelho, a Bybit chegou para impulsionar uma nova fase da organização que começou neste ano e posiciona o fã como centro das estratégias da equipe.

“Estou feliz de ter a Bybit como parceira pelos próximos 36 meses. Juntas iremos colocar o MIBR na Web3, entendendo melhor os interesses dos nossos fãs no universo de ativos digitais e entregando experiências.”

Criptomoedas e blockchain

No início deste ano, outra entidade fez um movimento para esse ecossistema. Trata-se da Xis, organização brasileira de e-sports especializada em Fortnite. Ela anunciou parceria de naming rights com a OG, plataforma que integra jogos com o sistema de blockchain, o que permite que os seus usuários ganhem tokens na medida que jogam ou consomem conteúdo. Sendo assim, a organização brasileira, que já havia desenvolvido uma estratégia de fan token, em 2021, passou a se chamar Xis Og Life.

Agências de marketing

Por outro lado, o acordo foi firmado pela Druid e Rumble Gaming, agências de marketing com foco em e-sports. Sobre isso, Luiz Fontes, fundador da Equipe Xis explica:

“Games (ou jogos eletrônicos) são, por definição, essencialmente virtuais. O ecossistema cripto também nasceu no meio virtual. É uma forma de atestar a propriedade de dados ou assets virtuais através de criptografia, de maneira descentralizada e transparente. Esse denominador comum (ambos terem se originado no meio digital), já aproxima os dois conceitos, mas essa aproximação se intensifica ainda mais quando levamos em conta as possibilidades de transações seguras, rápidas e descentralizadas que a blockchain permite.”

Los Grandes e GEMU

Já no mês de março, foi a vez da Los Grandes adquirir a startup GEMU. A meta é faturar R$ 40 milhões em 2022, uma alta de 300% em relação ao ano passado. A GEMU possui um serviço que conecta marca, público e jogadores profissionais. E, segundo Rodrigo, contribuirá para o projeto de expansão da Los Grandes. A transação de compra foi baseada em dinheiro e ações somando R$ 6 milhões no total.

Atenção às oportunidades

O segredo e estratégia desse segmento de negócios é manter os olhos atentos para todas as possibilidades da Web3. Isso inclui: criptogames, NFT´s e blockchains. Rodrigo Terron, que também é conselheiro da 30 Under 30 2021, reforça:

“Com a compra da GEMU, damos o nosso primeiro passo dentro do mercado de startups, com o objetivo de nos tornarmos referência em tecnologia dentro do cenário de games e e-sports. Essa é mais uma movimentação importante para 2022, pois além de abrirmos novos frentes de negócios, também nos aproximamos das tendências da Web3.”

Por fim, Terron acredita que a blockchain veio para mudar o mundo, e não apenas na aquisição de um token, mas sim no conceito como um todo.

“A segurança e a transparência que ela oferece é algo que realmente chegou para fazer a diferença. Sempre digo que vou ficar muito feliz quando começar a assistir um filme e ver que o menino que está jogando vídeo game não é mais visto como alguém que está perdendo tempo. Afinal, essa é minha luta diária: mostrar a profissionalização e o caminho sério que os esportes eletrônicos oferecem, pois existem pessoas que trabalham duro para tudo isso acontecer e que desejam seguir uma carreira séria com esse esforço.”

*Foto: Reprodução

Combate ao desperdício de alimentos: foodtech quer captar R$ 1,3 milhão

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Combate ao desperdício de alimentos é a proposta da Food To Save para expandir negócio para outras regiões do país e elevar sua base de consumidores de produtos próximos à validade

Criada em 2021, A Food To Save é uma foodtech que vende sacolas de alimentos em São Paulo, município do grande ABC e Campinas (SP). E ela anunciou ontem (5),  a abertura de uma rodada de equity crowdfunding para captar R$ 1,3 milhão via CapTable, a maior plataforma de investimentos em startups do Brasil.

Combate ao desperdício de alimentos

Além disso, o combate ao desperdício de alimentos da foodtech conecta restaurantes, padarias e hortifrutis com consumidores. Com isso, eles vendem produtos próximos da validade de vencimento e ainda itens com pequenas imperfeições, mas que estão aptos para consumo.

Eles são vendidos como “sacolas surpresa”. Os descontos podem chegar até 70% do preço cheio. São alimentos produzidos e não vendidos e que demandam consumo imediato. Ou seja, produtos próximos à data de validade e, todos aptos para consumo.

Até hoje, a startup já comercializou aproximadamente 100 mil sacolas, evitando o descarte de 150 toneladas de alimentos, caso vencessem antes de serem consumidos. E também já movimentou R$ 1,8 milhão desde que foi criado e gerou quase R$ 1 milhão em receita aos parceiros. Entre as marcas, estão Rei do Mate, Dengo Chocolates, Pizza Hut, Duckbill e a tradicional padaria paulistana Bella Paulista.

“Estamos sempre atentos às movimentações de mercado e às chamadas janelas de oportunidade. Neste momento, por exemplo, iniciamos a operação em uma nova praça e pretendemos avançar rápido nas principais capitais do país”, diz Fernando Henrique.

Captação de recursos

Segundo Lucas Infante, CEO e cofundador da Food To Save, a captação será essencial para investimentos em tecnologia e também para atingir metas expressivas, como a expansão nacional e de time. Isso tudo visa aumentar o número de estabelecimentos parceiros e clientes engajados no combate ao desperdício de alimentos.

Segundo o COO da startup, Fernando Henrique dos Reis:

“Nós queremos levar hábitos sustentáveis para mais pessoas e, dessa forma, ajudar o meio ambiente e os estabelecimentos a sanar um problema tão comum e que pode levar a enormes prejuízos, que é o desperdício de alimentos.”

Meta do combate ao desperdício de alimentos

Hoje, a meta é chegara à marca de 500 toneladas de alimentos resgatados até o final deste ano e expandir aos negócios para estados vizinhos, como Minas Gerais (MG) e Paraná (PR), afirma Infante

“O perfil de consumo mudou, com a pandemia percebemos que a população está cada vez mais consciente quanto ao desperdício de alimentos.”

Sobre a CapTable

A CapTable, plataforma de investimentos coletivos, criada em 2019, já atraiu quase 6 mil investidores que aportaram R$ 70 milhões em startups, como Alter (fintech), Trashin (cleantech), Hiperdados (proptech/SaaS), Zletric (energy as a service), Finansystech (Open Finance as a Service), payfy (fintech), Easy B2B (B2Baas), Quadrado Express (retailtech), LeCupon (fintech), Weex (fintech/traveltech), Essent Agro (fintech/agrotech), Veriza (fintech), Play Delivery (logitech) e outras.

*Foto: Reprodução