Investimentos em Web3: organizações de e-sports e games apostam em segmento

Investimentos em Web3

Investimentos em Web3 são apostas das produtoras LOUD, Los Grandes, Fluxo, MIBR e Xis

Está cada vez mais comum o mercado e negócios de games apostarem ou se aproximarem de startups com foco na chamada Web3. Ou seja, o universo de criptomoedas, blockchain e NFTs.

Investimentos em Web3

Os investimentos em Web3 vêm atraindo as principais organizações de games e e-sports. Prova disso é que na semana passada, a LOUD, uma das principais empresas de e-sports da América Latina levantou R$ 50 milhões. O objetivo agora é impulsionar os negócios da Snackclub, especializada em Web3. Além disso, a startup anunciou também o Evento de Free Fire que ocorre no Discord, plataforma que conecta as comunidades dos games. Segundo o sócio fundador da Snackclub, Bruno Bittencourt:

“Free Fire é um dos games mais jogados no Brasil e, embora ele não faça parte do universo blockchain gaming, nós decidimos criar um evento premiado para que todos possam participar e viver a experiência de monetizar enquanto jogam.”

Rodada de captação para investimentos em Web3

Os investidores que participam da rodada de captação da Snackclub são Animoca, Ascensive Assets, Formless Capital, Jump Crypto, Mechanism e OP Crypto.

Todavia, Jean Ortega, cofundador da LOUD e sócio-gerente do Snackclub, disse ainda que a empresa sempre foi uma organização que prioriza a comunidade. E ainda ressaltou:

“O objetivo é elevar esse compromisso investindo em tecnologia, em plataformas e em parcerias com publishers que trarão o potencial dos jogos blockchain para nossa comunidade. Temos um longo caminho a percorrer, mas sabemos que mudaremos os motivos pelos quais as pessoas decidem entrar para o universo dos games.”

Time MIBR

Também que começou a investir em Web3 foi o time MIBR, em parceria com a Bybit. A corretora de criptomoedas iniciou sua jornada com times de e-sports em 2021 expandindo a sinergia entre as indústrias de games e criptomoedas. Além disso, a Bybit é patrocinadora do time de Fórmula 1, Oracle Red Bull Racing, e de outros times de e-sports do mundo como Navi e Astralis. Vale destacar que esta é a primeira parceria no Brasil com o objetivo de desenvolver conteúdos relacionados ao universo cripto e educação financeira por meio dos canais digitais da organização durante os três anos da parceria.

Para a CEO do MIBR, Roberta Coelho, a Bybit chegou para impulsionar uma nova fase da organização que começou neste ano e posiciona o fã como centro das estratégias da equipe.

“Estou feliz de ter a Bybit como parceira pelos próximos 36 meses. Juntas iremos colocar o MIBR na Web3, entendendo melhor os interesses dos nossos fãs no universo de ativos digitais e entregando experiências.”

Criptomoedas e blockchain

No início deste ano, outra entidade fez um movimento para esse ecossistema. Trata-se da Xis, organização brasileira de e-sports especializada em Fortnite. Ela anunciou parceria de naming rights com a OG, plataforma que integra jogos com o sistema de blockchain, o que permite que os seus usuários ganhem tokens na medida que jogam ou consomem conteúdo. Sendo assim, a organização brasileira, que já havia desenvolvido uma estratégia de fan token, em 2021, passou a se chamar Xis Og Life.

Agências de marketing

Por outro lado, o acordo foi firmado pela Druid e Rumble Gaming, agências de marketing com foco em e-sports. Sobre isso, Luiz Fontes, fundador da Equipe Xis explica:

“Games (ou jogos eletrônicos) são, por definição, essencialmente virtuais. O ecossistema cripto também nasceu no meio virtual. É uma forma de atestar a propriedade de dados ou assets virtuais através de criptografia, de maneira descentralizada e transparente. Esse denominador comum (ambos terem se originado no meio digital), já aproxima os dois conceitos, mas essa aproximação se intensifica ainda mais quando levamos em conta as possibilidades de transações seguras, rápidas e descentralizadas que a blockchain permite.”

Los Grandes e GEMU

Já no mês de março, foi a vez da Los Grandes adquirir a startup GEMU. A meta é faturar R$ 40 milhões em 2022, uma alta de 300% em relação ao ano passado. A GEMU possui um serviço que conecta marca, público e jogadores profissionais. E, segundo Rodrigo, contribuirá para o projeto de expansão da Los Grandes. A transação de compra foi baseada em dinheiro e ações somando R$ 6 milhões no total.

Atenção às oportunidades

O segredo e estratégia desse segmento de negócios é manter os olhos atentos para todas as possibilidades da Web3. Isso inclui: criptogames, NFT´s e blockchains. Rodrigo Terron, que também é conselheiro da 30 Under 30 2021, reforça:

“Com a compra da GEMU, damos o nosso primeiro passo dentro do mercado de startups, com o objetivo de nos tornarmos referência em tecnologia dentro do cenário de games e e-sports. Essa é mais uma movimentação importante para 2022, pois além de abrirmos novos frentes de negócios, também nos aproximamos das tendências da Web3.”

Por fim, Terron acredita que a blockchain veio para mudar o mundo, e não apenas na aquisição de um token, mas sim no conceito como um todo.

“A segurança e a transparência que ela oferece é algo que realmente chegou para fazer a diferença. Sempre digo que vou ficar muito feliz quando começar a assistir um filme e ver que o menino que está jogando vídeo game não é mais visto como alguém que está perdendo tempo. Afinal, essa é minha luta diária: mostrar a profissionalização e o caminho sério que os esportes eletrônicos oferecem, pois existem pessoas que trabalham duro para tudo isso acontecer e que desejam seguir uma carreira séria com esse esforço.”

*Foto: Reprodução

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