Rover Perseverance grava os sons naturais de Marte

Rover Perseverance

Rover Perseverance tiveram sons editados e reunidos por cientistas, uma espécie de “playlist marciana”

Recentemente, ocorreram gravações de sons naturais de Marte. O feito é do Rover Perseverance. Em seguida, eles foram editados e reunidos por cientistas, numa espécie de “playlist marciana”.

Missão Rover Perseverance

Além disso, a missão do Rover Perseverance colheu material com cinco horas de duração nestes espaços. E o mais espantoso de tudo é que mostra como Marte possui ambientes quietos, com sons naturais de quase 20 decibéis mais baixos do que estes mesmos sons na Terra.

Pouso em 2021

Contudo, vale recordar que o Rover Perseverance pousou em 2021 no interior da cratera Jezero, em Marte, junto ao helicóptero Ingenuity. Desde então, são 18 meses por lá e já conseguiu a acumular várias horas de gravações de sons marcianos, capturados por seu par de microfones.

Entretanto, o “som do silêncio” em Marte surpreendeu os pesquisadores que trabalharam com as gravações. De acordo com Baptiste Chide, um dos membros da equipe que vem analisando as gravações.

“Está tão quieto lá que, em algum ponto, pensamos que o microfone estava quebrado.”

Mas, ele ressalta que a equipe descobriu alguns fenômenos fascinantes nos dados. Isso porque após ouvi-los com o máximo de cuidado, a equipe identificou que os ventos em Marte possuem grande variabilidade. E isso faz com que a atmosfera do planeta vá de condições tranquilas a intensas subitamente.

Cálculo da dispersão da velocidade do som

Por outro lado, com os sons dos disparos a laser, utilizados para analisar rochas, a equipe calculou a dispersão da velocidade do som. Portanto, conseguiram confirmar a teoria de que os sons de altas frequências viajam pela atmosfera marciana mais rapidamente que aqueles de frequências baixas.

Todavia, Chide explicou que, graças às propriedades das moléculas de dióxido de carbono na atmosfera, Marte é o único planeta no Sistema Solar em que este fenômeno acontece em faixas dentro do alcance da audição humana. Além disso, os autores sugerem que, quando o composto é congelado nos polos de Marte durante o inverno, a atmosfera fica menos densa. Por isso, o volume do som pode variar em torno de 20% entre as estações.

O artigo com o descritivo de todas as descobertas da equipe foi publicado na revista Nature.

*Foto: Reprodução

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