Créditos do programa de carro popular: Quase 90% já foram usados

Créditos do programa de carro popular

Créditos do programa de carro popular, em menos de três semanas, fez com que fabricantes pedissem R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões disponibilizados

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) criou um painel que mostra em tempo real a atualização dos recursos usados no programa de incentivo à indústria automotiva. Desde 6 de junho, nove montadoras já solicitaram R$ 420 milhões de créditos tributários. Isso significa 84% dos R$ 500 milhões disponibilizados pelo governo por meio da Medida Provisória 1.175 publicada há duas semanas.

Créditos do programa de carro popular

Além disso, se as fabricantes seguirem pedindo créditos do programa de carro popular nesse ritmo é provável que até o início da próxima semana os R$ 500 milhões se esgotem antes mesmo da abertura das vendas de automóveis e comerciais leves para locadoras, prorrogada em 15 dias.

Contudo, é preciso avaliar bem na hora de financiar um carro, por exemplo, para não correr o risco de se endividar lá na frente, afirma O Solucionador, empresa especializada em negociação bancária.

Quanto cada fabricante solicitou?

Veja abaixo quanto cada fabricante já pediu ao governo:

  • Fiat/Jeep – R$ 170 milhões;
  • Volkswagen – R$ 60 milhões;
  • Renault – R$ 50 milhões;
  • Peugeot/Citroën – R$ 40 milhões;
  • Hyundai – R$ 40 milhões;
  • Chevrolet – R$ 20 milhões;
  • Nissan – R$ 20 milhões;
  • Honda – R$ 10 milhões;
  • Toyota – R$ 10 milhões

Já o governo disponibilizou R$ 1,5 bilhão em créditos tributários à indústria. Desses, R$ 500 milhões são para automóveis e comerciais leves com preços de até R$ 120 mil. Assim que esses recursos acabarem, os descontos não serão mais oferecidos. A expectativa é que o programe dure apenas um mês e contemple 120 mil veículos.

Aumento de visitas às lojas

Além disso, o programa de incentivo impactou no aumento de visitas às lojas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O órgão registrou avanço de 260% no movimento na primeira quinzena de junho.

Quem paga a conta?

Para subsidiar a concessão de créditos tributários às fabricantes, o governo decidiu antecipar a reoneração do imposto sobre o diesel. Sendo assim, em vez de elevar os tributos em R$ 0,35 por litro apenas em 1º de janeiro de 2024, haverá um reajuste de R$ 0,11 por litro em setembro.

Além dos R$ 500 milhões em créditos para automóveis, o programa também disponibiliza R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. Para receber o incentivo, o carro deve atender três critérios:

  • preço (quanto menor, maior o desconto);
  • eficiência energética (quanto mais sustentável, maior o desconto);
  • densidade industrial (quanto maior o volume de peças nacionais, maior o desconto);
  • combustível utilizado (carros flex têm mais desconto do que aqueles apenas a gasolina).

Prazo

Com o início da vigência do novo plano de incentivo à indústria, alguns carros custam menos de R$ 60 mil no Brasil. Todavia, a tendência é que os preços voltem a subir quando o crédito for totalmente consumido.

*Foto: Reprodução/Unsplash (Peter Varga – unsplash.com/pt-br/fotografias/P1atr7HJ8Zs)

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