Setor de tecnologia deve encerrar 2025 com recorde de US$ 75 bilhões, aponta BofA

Setor de tecnologia deve encerrar 2025 com entrada recorde de US$ 75 bilhões, aponta BofA

As ações de tecnologia devem fechar 2025 com um fluxo recorde de US$ 75 bilhões, segundo a nota semanal divulgada pelo Bank of America (BofA) nesta sexta-feira. O relatório indica que, mesmo diante de preocupações sobre avaliações consideradas elevadas, os investidores continuam direcionando recursos ao setor, reforçando o apetite por ativos ligados à inovação.

O movimento ocorre após um ano marcado por altas expressivas, sobretudo até o fim de outubro, quando o Nasdaq — principal índice do segmento — acumulou cerca de 14% de valorização e renovou máximas históricas. Desde então, porém, o cenário mudou, com a renda variável enfrentando correções e uma onda mais forte de aversão ao risco.

Nasdaq devolve parte dos ganhos após bater recordes

A maior parte do desempenho positivo das ações de tecnologia se concentrou ao longo dos dez primeiros meses do ano. Nesse período, papéis de empresas de software, semicondutores, serviços digitais e inteligência artificial impulsionaram o Nasdaq, que registrou avanços constantes até atingir novo recorde no final de outubro.

Após esse pico, o índice iniciou uma fase de queda. Na quinta-feira, o recuo acumulado chegou a 2%, refletindo o aumento da cautela entre investidores. A realização de lucros após a sequência de altas, somada às dúvidas sobre o ritmo de crescimento das big techs, influenciou o movimento.

Apesar dessa virada negativa no curto prazo, os fluxos consolidados de investimento mostram que o interesse estrutural pelo setor permanece sólido. Segundo o BofA, somente na semana encerrada na quarta-feira, fundos ligados à tecnologia receberam US$ 4,4 bilhões.

Setor continua atraindo recursos mesmo durante a volatilidade

De acordo com o BofA, o volume semanal reforça uma tendência observada ao longo de todo o ano: os investidores seguem apostando na resiliência das empresas de tecnologia. Mesmo com revisões de projeções e debates sobre valuations considerados elevados para alguns segmentos, os aportes não perderam força.

A leitura do banco é que o deslocamento de capital para companhias tech permanece um dos principais motores do mercado global. Enquanto outros setores alternam entre entradas e saídas de recursos, a tecnologia mantém um fluxo consistente — e, caso o ritmo continue, deve alcançar o recorde de US$ 75 bilhões em 2025.

Esse resultado, de acordo com a instituição, reflete tanto o interesse por modelos de negócios de alta escala quanto a busca por empresas associadas a inovação, aumento de produtividade e novas fronteiras digitais. Ainda assim, o relatório não traz projeções adicionais nem comenta possíveis cenários para o desempenho dos papéis no próximo ano.

Criptomoedas têm forte saída semanal

Enquanto as ações de tecnologia seguem recebendo aportes, o movimento nos fundos de criptomoedas é o oposto. A nota do BofA indica que, na mesma semana que registrou US$ 4,4 bilhões de entrada no setor de tecnologia, houve saída de US$ 2,2 bilhões dos fundos de cripto, a segunda maior já observada.

O segmento foi fortemente impactado pela recente fuga de risco no mercado global. Na sexta-feira, tanto o bitcoin quanto o ether recuaram para os menores níveis em vários meses, acompanhando a aversão ao risco que pressionou ativos considerados mais voláteis. O relatório não detalha perspectivas para o setor, mas aponta a intensidade da saída como sinal do momento mais desafiador para as criptomoedas.

Investidores migram para Treasuries em busca de segurança

Além dos movimentos em tecnologia e criptomoedas, o balanço semanal do BofA destaca mudanças importantes no mercado de renda fixa. Os Treasuries — títulos do Tesouro dos Estados Unidos — registraram entrada de US$ 8,8 bilhões, o maior volume desde abril.

Segundo o banco, o fluxo robusto foi impulsionado por um ambiente de maior cautela após eventos associados às tarifas anunciadas durante o Dia da Libertação pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que provocaram instabilidades nos mercados globais naquele período.

A procura elevada por Treasuries é interpretada como um movimento típico de investidores em momentos de volatilidade, quando ativos considerados mais seguros passam a oferecer refúgio diante das incertezas em bolsa e em mercados alternativos.

Fluxos globais revelam maior sensibilidade ao risco

A combinação dos dados apresentados pelo BofA na sua análise semanal mostra que o mercado atravessa uma fase de reajustes, com intensificação da busca por proteção e seleção mais criteriosa de ativos. A permanência das entradas em tecnologia indica que o setor continua sendo visto como motor de crescimento, mesmo diante das quedas recentes. Já as criptomoedas, por sua natureza volátil, têm sofrido mais intensamente com a reversão do apetite ao risco.

O aumento da alocação em Treasuries reforça esse cenário. Em linhas gerais, os fluxos apontam que investidores estão redistribuindo recursos para equilibrar exposição, proteger portfólios e manter apostas estratégicas em segmentos considerados de maior potencial no médio prazo.

Fonte: Terra
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